Violência experienciada por mulheres internadas em unidade de saúde mental do município de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fuchs, Laura Lucena
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/193791
Resumo: Objetivo: Identificar os tipos de violência sofridas por mulheres internadas em uma unidade de saúde mental feminina de um hospital materno infantil do município de Porto Alegre/RS. Metodologia: estudo quantitativo transversal, do tipo exploratório e descritivo, realizado a partir da técnica de análise de prontuários. O estudo foi realizado em uma unidade de saúde mental do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV) localizado na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul (RS), pelo motivo da mesma ser referência no combate à violência contra mulheres e crianças, com vínculo do Centro de Referência no Atendimento Infantojuvenil (CRAI) que atende média de 160 casos por mês vindos de Porto Alegre e interior do estado do RS. A população do estudo constituiu-se por 310 prontuários das pacientes internadas durante o período de agosto de 2015 a julho de 2017. A amostra do estudo foi constituída por 141 prontuários de mulheres vítimas de violência internadas na unidade de saúde mental do HMIPV. A coleta de dados foi realizada a partir de instrumento pré-codificado. As informações coletadas foram organizadas em banco de dados e analisadas pelo software SPSS versão 24. Resultados: a análise dos resultados permitiu verificar que as mulheres com história de violência, eram, na maioria, mulheres adultas (73,05%), de cor branca (59,57%), baixa escolaridade (48,93%), sem remuneração salarial (59,57%). No que se refere a internação, a maioria das mulheres (45,39%) internaram por motivo de tentativa, ideação ou risco de se suicidar, (30,49%) internaram por agudização do quadro psiquiátrico. Os serviços que mais realizaram encaminhamentos foram os de referência em emergências de saúde mental (63,83%) de Porto Alegre. Relativo à violência, a que prevaleceu foi a física (60,72%), 51,77% das mulheres sofreram mais de um tipo de violência, 9,23% tinham suspeita de violência. 29,07% foram violentadas por mais de uma pessoa e 29,78% sofreram violência em mais de um momento da vida, por fim o estudo evidenciou que predominou como agressor principal o companheiro (42,55%) e, que a infância (54,61%) foi a fase da vida em que mais experienciaram atos violentos. Considerações: A violência pode ocorrer em muitos momentos da vida, podendo ser realizada por diversos agressores, porém em sua maioria são pessoas conhecidas destas mulheres, ocasionando sofrimentos psíquicos e impacto nas suas vidas. É responsabilidade dos profissionais da saúde serem sensíveis na escuta do cuidado às mulheres para identificar e, assim, possibilitar o enfrentamento de atos violentos.
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A amostra do estudo foi constituída por 141 prontuários de mulheres vítimas de violência internadas na unidade de saúde mental do HMIPV. A coleta de dados foi realizada a partir de instrumento pré-codificado. As informações coletadas foram organizadas em banco de dados e analisadas pelo software SPSS versão 24. Resultados: a análise dos resultados permitiu verificar que as mulheres com história de violência, eram, na maioria, mulheres adultas (73,05%), de cor branca (59,57%), baixa escolaridade (48,93%), sem remuneração salarial (59,57%). No que se refere a internação, a maioria das mulheres (45,39%) internaram por motivo de tentativa, ideação ou risco de se suicidar, (30,49%) internaram por agudização do quadro psiquiátrico. Os serviços que mais realizaram encaminhamentos foram os de referência em emergências de saúde mental (63,83%) de Porto Alegre. 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É responsabilidade dos profissionais da saúde serem sensíveis na escuta do cuidado às mulheres para identificar e, assim, possibilitar o enfrentamento de atos violentos.Objective: Identify the types of violence suffered by women hospitalized in a female mental health unit at a maternal and child hospital in the municipality of Porto Alegre. Methodology: cross-sectional quantitative, exploratory and descriptive study, using analyses of the patient’s medical records. The study was carried in a mental health unit of the Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV), located in Porto Alegre, Rio Grande do Sul (RS). Since this hospital is a reference for in combating violence against women and children, with link of the Reference Center in the Child and Youth Care (CRAI) which serves an average of 160 cases per month coming from Porto Alegre RS interior of the state. The study population consisted of 310 medical records of patients admitted during the period August 2015 to July 2017. The study sample consisted of 141 medical records of women victims of violence admitted to the mental health unit of HMIPV. Data collection was performed using a precoded instrument. The data collected was organized in a database and analyzed on the SPSS software, version 24. Results: the results’ analysis showed that women with a history of violence were mostly adult women (73.05%), white (59.57%), low level of schooling (48.93%), without salary remuneration (59.57%). With regard to hospitalization, the majority of women (45.39%) hospitalized for attempted, idealized or at risk suicide, (30.49%) hospitalized due to worsening of the psychiatric situation. The services that had more medical referrals were the reference in mental health emergencies (63.83%) of Porto Alegre. Relative to violence, physical violence prevailed (60.72%), 51.77% of women suffered more than one type of violence, 9.23% were suspected of violence. 29.07% were raped by more than one person and 29.78% suffered violence in more than one moment of life. Finally, the study showed that the companion predominated as the main aggressor (42.55%) and that childhood ( 54.61%) was the phase of life in which they most experienced violent acts. Final considerations: Violence can occur at many moments in life and can be carried out by several aggressors, but most are known to these women, causing psychic suffering and impact on their lives. It is the responsibility of health professionals to be sensitive in listening to care for women to identify and thus enable them to cope with violent acts.application/pdfporViolência contra a mulherViolência domésticaViolência de gêneroSaúde mentalViolence Against WomenNursingMental HealthGender-Based ViolenceDomestic ViolenceViolência experienciada por mulheres internadas em unidade de saúde mental do município de Porto AlegreViolence experienced by women admitted to a Mental health unit in the municipality of porto alegre info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2018Enfermagemgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001092019.pdf.txt001092019.pdf.txtExtracted Texttext/plain97391http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193791/2/001092019.pdf.txt229e09673c0acb9c785474a159f2427bMD52ORIGINAL001092019.pdfTexto completoapplication/pdf1728311http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193791/1/001092019.pdf9db918d948e635807a3e8778f87f4ad9MD5110183/1937912019-05-05 02:33:12.79287oai:www.lume.ufrgs.br:10183/193791Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-05-05T05:33:12Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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