Nova direita ou vinho velho em odres novos? : a trajetória conservadora no Brasil do último século
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/230805 |
Resumo: | A vitória eleitoral de Jair Bolsonaro surpreendeu o mundo em 2018 não apenas por ser um candidato desconhecido de um partido pequeno, mas pelo que disse sobre mulheres, afrodescendentes, homossexuais e por seu antiquado anticomunismo da Guerra Fria. A eleição foi o resultado de uma aliança entre militares pragmáticos, neoliberais e conservadores religiosos. No entanto, não foi uma surpresa no mundo acadêmico. Este artigo tem como objetivo mostrar como, desde a terceira década do século XX, autoritários e conservadores tem participado da cena política brasileira, presentes tanto no Congresso Nacional quanto nas elites. A hipótese é que um novo governo de extrema direita não constitui uma ruptura política, mas resulta de uma longa trajetória. O contexto cultural na eleição de Bolsonaro é discutido usando dados do World Values Survey e análises do pensamento político do último século. Conclui-se que, com a tradição conservadora do Brasil baseada na religião e em valores políticos autoritários, o Bolsonaro pode ser avaliado como mais do mesmo e não como uma ruptura. |
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González, Rodrigo StumpfBaquero, MarcelloGrohmann, Luis Gustavo Mello2021-10-15T04:27:18Z20211982-5269http://hdl.handle.net/10183/230805001131348A vitória eleitoral de Jair Bolsonaro surpreendeu o mundo em 2018 não apenas por ser um candidato desconhecido de um partido pequeno, mas pelo que disse sobre mulheres, afrodescendentes, homossexuais e por seu antiquado anticomunismo da Guerra Fria. A eleição foi o resultado de uma aliança entre militares pragmáticos, neoliberais e conservadores religiosos. No entanto, não foi uma surpresa no mundo acadêmico. Este artigo tem como objetivo mostrar como, desde a terceira década do século XX, autoritários e conservadores tem participado da cena política brasileira, presentes tanto no Congresso Nacional quanto nas elites. A hipótese é que um novo governo de extrema direita não constitui uma ruptura política, mas resulta de uma longa trajetória. O contexto cultural na eleição de Bolsonaro é discutido usando dados do World Values Survey e análises do pensamento político do último século. Conclui-se que, com a tradição conservadora do Brasil baseada na religião e em valores políticos autoritários, o Bolsonaro pode ser avaliado como mais do mesmo e não como uma ruptura.The electoral victory of Jair Bolsonaro surprised the world in 2018 not just because he was an unknown candidate from a small party but because of what he said about women, African descendants, homosexuals, and his outdated anticommunism from the Cold War. It was the result of an alliance between pragmatic military, neoliberals and religious conservatives. But this is not a surprise in the academic world. This article aims to show how, since the third decade in the 20th century, authoritarians and conservatives are part of the political scene in Brazil, present both in the National Congress and in the elites. The hypothesis is that a new far right government is not a political break but results from a long trajectory. The cultural background in the election of Bolsonaro is discussed using data from World Values Survey and analyses of political thought in the last century. It is concluded that, with Brazil’s conservative tradition based in religion and authoritarian political values, Bolsonaro can be evaluated as more of the same and not as a rupture.application/pdfporRevista debates : revista de ciências sociais. Porto Alegre, RS. Vol. 15, n. 2 (maio/ago. 2021), p. [9]-44Bolsonaro, Jair, 1955-Direita (Ciência política)Ciência políticaConservadorismoBrasil : Aspectos políticosPolitical cultureConservatismAuthoritarianismBrazilNova direita ou vinho velho em odres novos? : a trajetória conservadora no Brasil do último séculoNew right or old wine in new bottles? : the conservative trajectory in Brazil in the last centuryinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001131348.pdf.txt001131348.pdf.txtExtracted Texttext/plain94280http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230805/2/001131348.pdf.txt8f0e14921eaaad485bee397def7107fbMD52ORIGINAL001131348.pdfTexto completoapplication/pdf412338http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230805/1/001131348.pdf160f7d2c4734b89928981c42d0dfbce1MD5110183/2308052022-02-22 05:07:47.250064oai:www.lume.ufrgs.br:10183/230805Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2022-02-22T08:07:47Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A vitória eleitoral de Jair Bolsonaro surpreendeu o mundo em 2018 não apenas por ser um candidato desconhecido de um partido pequeno, mas pelo que disse sobre mulheres, afrodescendentes, homossexuais e por seu antiquado anticomunismo da Guerra Fria. A eleição foi o resultado de uma aliança entre militares pragmáticos, neoliberais e conservadores religiosos. No entanto, não foi uma surpresa no mundo acadêmico. Este artigo tem como objetivo mostrar como, desde a terceira década do século XX, autoritários e conservadores tem participado da cena política brasileira, presentes tanto no Congresso Nacional quanto nas elites. A hipótese é que um novo governo de extrema direita não constitui uma ruptura política, mas resulta de uma longa trajetória. O contexto cultural na eleição de Bolsonaro é discutido usando dados do World Values Survey e análises do pensamento político do último século. Conclui-se que, com a tradição conservadora do Brasil baseada na religião e em valores políticos autoritários, o Bolsonaro pode ser avaliado como mais do mesmo e não como uma ruptura. |
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