Avaliação in vitro do potencial antioxidante de extratos de Hypericum polyanthemum Klotzsh ex Reichardt aclimatizado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Jéssica de Matos
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/26819
Resumo: O uso de plantas na prevenção e no tratamento de doenças é uma prática corrente e crescente, resultando na aplicação deste recurso pelas indústrias alimentícia e farmacêutica. Entre os benefícios decorrentes do emprego de material vegetal para estes fins está a obtenção de substâncias antioxidantes provenientes do seu metabolismo secundário, relacionadas à prevenção de doenças crônicas como a arteriosclerose, o câncer e algumas doenças degenerativas. Inicialmente, guiando-se pela atividade antidepressiva apresentada por Hypericum perforatum, espécie nativa da América do Norte, Europa e Ásia, espécies nativas do sul do Brasil tem sido estudadas quanto à sua composição química e atividades biológicas, destacando-se os resultados obtidos com H. polyanthemum. Esta planta produz, além de compostos fenólicos intimamente relacionados à atividade antioxidante, benzopiranos e um derivado do floroglucinol, uliginosina B, os quais apresentam atividades farmacológicas comprovadas. Os benefícios trazidos por esta espécie levaram ao desenvolvimento e otimização de protocolos de cultivo. Considerando a importância dos mecanismos antioxidantes na prevenção de doenças, a projeção das plantas medicinais como recurso terapêutico e, em especial, os promissores resultados até o momento obtidos com H. polyanthemum, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a composição fitoquímica e o perfil antioxidante de diferentes extratos desta planta a partir de material vegetal proveniente de protocolo de cultivo. A quantificação de metabólitos por cromatografia líquida de alta eficiência mostrou que os benzopiranos e uliginosina B concentram-se nas frações apolares, enquanto compostos fenólicos como os flavonóides hiperosídeo, quercitrina, isoquercitrina e guaijaverina concentraram-se nas frações acetato de etila e metanólica. Quanto à avaliação em diferentes sistemas antioxidantes, os flavonóides parecem ser os responsáveis pela pronunciada capacidade scavenger de radicais peroxil apresentada pelas frações acetato de etila e metanol na análise do potencial antioxidante total e na proteção à peroxidação lipídica, avaliada pelo doseamento de espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico. A lipofilia inerente às frações n-hexano provavelmente contribuiu para o bom desempenho destas amostras na proteção ao dano lipídico neste mesmo experimento. Os dados levantados com este trabalho revelam o potencial uso de H. polyanthemum como fonte de compostos antioxidantes e reforçam a aplicabilidade e utilidade do emprego de matéria-prima de qualidade proveniente de cultivo controlado. Estes resultados, no entanto, são preliminares e devem ser aprofundados.
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