Um acontecimento chamado acompanhante de parto : opiniões de profissionais da saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Magalhães, Miriam Fernandes
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/24709
Resumo: O Ministério da Saúde reconhece os benefícios e a ausência de riscos associados à inserção do acompanhante, e recomenda que todos os esforços devem ser realizados para garantir à toda parturiente uma pessoa de sua escolha para encorajá-la e dar-lhe conforto durante o processo do nascimento. O bem-estar da futura mãe deve ser assegurado por meio do livre acesso de uma pessoa de escolha da parturiente, durante o nascimento e em todo período pós-natal conforme preconiza a Lei n. 11.108, sancionada em abril de 2005. Tal lei é resultado de vários esforços da sociedade, especialmente da Rede de Humanização do Nascimento, uma ONG que trata das questões do parto em conjunto com o Ministério da Saúde. A vigência dessa lei, porém, não assegura sua implementação. Dela é iniciado um processo de reorganização dos serviços de saúde e dos profissionais para a experiência dessa prática. A inserção do acompanhante, escolhido pela parturiente é uma intervenção comportamental que mobiliza a opinião de profissionais da saúde e de pessoas escolhidas para desdobramento desta prática. Este trabalho contou com a busca por artigos, na Biblioteca Virtual de Saúde, onde foram encontrados 182 artigos. Utilizando-se a palavra-chave ―acompanhante” relacionada aos descritores ―acompanhante de paciente, enfermagem obstétrica, trabalho de parto e parto humanizado‖ em nova busca, foram selecionados 65 títulos dos quais sete encontravam-se de acordo com os critérios estabelecidos. A metodologia utilizada foi uma aproximação à análise de discurso preconizada por Michel Foucault no que se refere a acontecimento, disciplina, saber, poder, vigilância e cuidado de si e do outro (FOUCAULT, 1979). Daí, concluiu-se que os profissionais da saúde possuem, mesmo apresentando-se, muitas vezes resistentes à entrada do acompanhante de parto, a responsabilidade de produzir saberes, e de inserir este personagem na cena do parto. Isto implica em mudança de valores relacionados à saúde da população e, conseqüentemente, do cuidado que poderá tornar-se mais individualizado uma vez que os usuários dos serviços de saúde estejam mais implicados em suas escolhas.
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