Linfoma felino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araujo, Gabriela Garcia
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/22927
Resumo: Linfoma é a neoplasia hematopoiética mais comum dos gatos correspondendo a 90% desses tumores. Correspondendo entre 30 a 50% de todos os tumores malignos encontrado na espécie. Os animais adultos a idosos são mais afetados; porém, existem relatos de linfoma em animais com menos de um ano. Gatos de raças orientais apresentam maiores risco de desenvolver a neoplasia. Relatos mostram uma proporção macho:fêmea de 1,5:1, enquanto outros autores observam risco duplicado nos machos. Em gatos, a imunodeficiência viral felina e a leucemia viral felina (FIV ou e FeLV, respectivamente) são consideradas fatores predisponentes ao linfoma. Recentemente, constatou-se que os carcinógenos químicos presentes na fumaça do cigarro constituem-se em fatores de risco para o desenvolvimento de linfomas em gatos. A classificação mais utilizada na prática é a que divide o linfoma de acordo com o sítio anatômico em multicêntrico, alimentar, mediastinal ou extranodal. As outras classificações, a Revised European American Lymphoma Classification, Kiel e National Cancer Institute Working Formulation, classificam o linfoma canino de acordo com a histologia e demonstram que nos gatos, mais da metade dos linfomas é de alto grau e 1/3 do total é do tipo imunoblástico. A imunofenotipagem apresenta valor prognóstico, assim como o grau histológico, o estágio clínico da doença, o sítio anatômico acometido, presença ou ausência de síndromes paraneoplásicas entre outros fatores. As síndromes paraneoplásicas são menos comuns na espécie felina. Os sinais clínicos estão intimamente ligados com a forma anatômica do linfoma nos gatos. O diagnóstico é realizado através do exame físico, exames complementares, testes para FIV e FeLV, raio X, ultra-sonografia e principalmente através de BAAF, confirmando, sempre que possível, por exames histopatológicos. O tratamento recomendado é a quimioterapia sistêmica, onde os protocolos baseados em doxorrubicina em associação com vincristina, ciclofosfamida e prednisona têm demonstrado os maiores sucessos no tratamento. Em alguns casos de massas solitárias pode-se usar radioterapia e/ou cirurgia. Novas técnicas vem sendo estudadas e testadas como imunoterapia e anticorpos monoclonais. Gatos que não recebem nenhum tipo de tratamento sucumbem à doença em um período de cerca de 4 semanas. Geralmente, em casos em que se utiliza de quimioterapia de combinação, os períodos de remissão e sobrevivência médios relatados são de 4 e 6 meses respectivamente. Isso é afetado pela taxa de remissão relativamente baixa na espécie (50 a 70%); contudo, uma proporção significativa de gatos que atingem a remissão completa sofre remissão durável e sobrevivência prolongada, com relatos de mais de 2 anos. Devido a isso, são necessárias pesquisas em relação a terapias de resgate para reinduzir a remissão.
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