Espirocercose em cães : revisão de literatura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/249996 |
Resumo: | A espirocercose é uma doença parasitária de canídeos causada pelo nematódeo Spirocerca lupi, que apresenta curso longo, insidioso, progressivo e fatal. O objetivo do trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica sistemática sobre o gênero Spirocerca descrevendo os aspectos epidemiológicos, ciclo biológico, patogenia, sinais clínicos, diagnóstico e tratamento. O ciclo de Spirocerca é heteróxeno, e necessita da passagem por besouros coprófagos para se tornar infectante. Os hospedeiros paratênicos participam do ciclo carreando o parasito encistado nas vísceras. Apresenta distribuição mundial, com prevalência em climas tropicais e subtropicais. A ocorrência da espirocercose em cães domésticos no Brasil, no período de 2010-2021, foi descrita em Brasília/DF, Belo Horizonte/MG, Recife/PE, São Paulo/SP, embora tenha sido relatada em outros estados, em anos anteriores. O animal infectado poderá apresentar sialorreia, êmese, apatia, perda de peso, disfagia, tosse e fraqueza. O parasito causa aneurismas aórticos e nodulações na região do esôfago. Os nódulos podem progredir para neoplasias. Osteopatia hipertrófica de ossos longos e espondilite de vértebras são frequentemente relatados associados às neoplasias induzidas por S. lupi. O diagnóstico requer o uso de exames complementares. A endoscopia é técnica mais eficaz para o diagnóstico da espirocercose. O tratamento de nódulos benignos pode ser realizado com avermectinas ou milbemicinas. Na maioria dos casos de sarcomas o tratamento requer procedimento cirúrgico e quimioterapia, com prognóstico reservado. A profilaxia é escassa e difícil. No Brasil a doença apresenta poucos relatos. Entretanto, não está claro se a doença é subdiagnosticada ou apresenta real baixa ocorrência. |
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Teixeira, Giovana BrumMattos, Mary Jane Tweedie de2022-10-19T04:47:58Z2021http://hdl.handle.net/10183/249996001151699A espirocercose é uma doença parasitária de canídeos causada pelo nematódeo Spirocerca lupi, que apresenta curso longo, insidioso, progressivo e fatal. O objetivo do trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica sistemática sobre o gênero Spirocerca descrevendo os aspectos epidemiológicos, ciclo biológico, patogenia, sinais clínicos, diagnóstico e tratamento. O ciclo de Spirocerca é heteróxeno, e necessita da passagem por besouros coprófagos para se tornar infectante. Os hospedeiros paratênicos participam do ciclo carreando o parasito encistado nas vísceras. Apresenta distribuição mundial, com prevalência em climas tropicais e subtropicais. A ocorrência da espirocercose em cães domésticos no Brasil, no período de 2010-2021, foi descrita em Brasília/DF, Belo Horizonte/MG, Recife/PE, São Paulo/SP, embora tenha sido relatada em outros estados, em anos anteriores. O animal infectado poderá apresentar sialorreia, êmese, apatia, perda de peso, disfagia, tosse e fraqueza. O parasito causa aneurismas aórticos e nodulações na região do esôfago. Os nódulos podem progredir para neoplasias. Osteopatia hipertrófica de ossos longos e espondilite de vértebras são frequentemente relatados associados às neoplasias induzidas por S. lupi. O diagnóstico requer o uso de exames complementares. A endoscopia é técnica mais eficaz para o diagnóstico da espirocercose. O tratamento de nódulos benignos pode ser realizado com avermectinas ou milbemicinas. Na maioria dos casos de sarcomas o tratamento requer procedimento cirúrgico e quimioterapia, com prognóstico reservado. A profilaxia é escassa e difícil. No Brasil a doença apresenta poucos relatos. Entretanto, não está claro se a doença é subdiagnosticada ou apresenta real baixa ocorrência.Spirocerciasis is a parasitic disease of canids caused by the nematode Spirocerca lupi, which has a long, insidious, progressive and fatal course. The objective of this work was to carry out a systematic literature review on the genus Spirocerca describing the epidemiological aspects, biological cycle, pathogenesis, clinical signs, diagnosis and treatment. The Spirocerca cycle is heteroxene, and it needs to pass through coprophagous beetles to become infective. The paratenic hosts participate in the cycle by carrying the encysted parasite in the viscera. It has a worldwide distribution, with prevalence in tropical and subtropical climates. The occurrence of spirocerciasis in domestic dogs in Brazil, in the period 2010-2021, was described in Brasília/DF, Belo Horizonte/MG, Recife/PE, São Paulo/SP, although it has been reported in other states in previous years. The infected animal may have drooling, vomiting, apathy, weight loss, dysphagia, cough and weakness. The parasite causes aortic aneurysms and nodules in the esophageal region. Nodules can progress to neoplasms. Hypertrophic osteopathy of long bones and spondylitis of the vertebrae are frequently reported associated with S. lupi induced neoplasms. The diagnosis requires the use of complementary tests. Endoscopy is the most effective technique for diagnosing spirocerciasis. Treatment of benign nodules can be performed with avermectins or milbemycins. In most cases of sarcomas, treatment requires surgery and chemotherapy, with a poor prognosis. Prophylaxis is scarce and difficult. In Brazil, the disease has few reports. However, it is not clear whether the disease is underdiagnosed or has a real low occurrence.application/pdfporSpirocerca lupiEspirocercoseDistribuição geográficaCãesParasitic diseaseNeoplasmCanidsLiterature reviewEspirocercose em cães : revisão de literaturainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2021/2Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001151699.pdf.txt001151699.pdf.txtExtracted Texttext/plain64594http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/249996/2/001151699.pdf.txt33f3e71dd7de696745b2896374c93de6MD52ORIGINAL001151699.pdfTexto completoapplication/pdf775084http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/249996/1/001151699.pdf60e1679546b51887564f66bcd3afe15cMD5110183/2499962022-10-20 04:43:48.495957oai:www.lume.ufrgs.br:10183/249996Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-10-20T07:43:48Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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