O Globo Repórter faz jornalismo ambiental?: a natureza brasileira abordada como jornalismo de INFOtenimento nas grandes reportagens
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/88509 |
Resumo: | Este estudo tem como objetivo traçar um perfil de jornalismo ambiental no programa semanal da Rede Globo, Globo Repórter, através da análise de sete grandes reportagens sobre a natureza brasileira, exibidas entre 01 de junho de 2012 e 31 de maio de 2013. Para embasar a análise, este trabalho reflete sobre a responsabilidade social do jornalismo e o papel das fontes nos materiais jornalísticos. Discorre sobre a potencialidade da televisão em desempenhar uma função informativo-educacional, mesmo com a produção de INFOtenimento. Conceitua as grandes reportagens televisivas como espaços para conteúdos aprofundados, abrangentes e reflexivos. Teoriza a respeito do Jornalismo Ambiental, como uma nova forma de fazer jornalismo, com base em uma perspectiva multidisciplinar, capaz de inter-relacionar as várias dimensões da vida e trazer debates pertinentes à sociedade. A presente pesquisa utiliza a metodologia da Análise de Conteúdo proposta por Laurence Bardin e categoriza as unidades de registro de acordo com os critérios de noticiabilidade do jornalismo ambiental ou outros aspectos da prática televisiva. São oito categorias: multidisciplinaridade, diversidade de fontes, visão ecossocial ou ecotecnocrática, profundidade e abrangência, superficialidade, performance, não categorizada e híbrida. A partir da análise, esta pesquisa identificou a categoria multidisciplinaridade em 13% de todo o material; a profundidade e abrangência em 7%; a superficialidade em 19%; os discursos ecológicos em 10%, sendo 4% ecossocial e 6% ecotecnocrático; a não categorizada em 35% e a híbrida em 3%. Diagnosticou também que os programas priorizaram o conhecimento dos especialistas; há uma diversidade de fontes, porém não há uma pluralidade de vozes. Pelos resultados obtidos, o trabalho aponta que não é possível traçar um perfil modular de jornalismo ambiental nos programas analisados. Entende que os programas são reflexivos; mas não estimulam a inquietação do telespectador. O estudo conclui que a natureza está sendo mostrada como um lugar exótico e distante das pessoas, e trabalhada como jornalismo de INFOtenimento. Por fim, propõe que, para as grandes reportagens fazerem jornalismo ambiental - apresentando um caráter mais pedagógico e comprometido socialmente -, é necessária uma remodelação nas formas de produção e um aperfeiçoamento dos profissionais. |
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Valente, Patricia SoldatelliGirardi, Ilza Maria TourinhoDominguez Echenique, Carlos André2014-03-14T01:52:57Z2013http://hdl.handle.net/10183/88509000913038Este estudo tem como objetivo traçar um perfil de jornalismo ambiental no programa semanal da Rede Globo, Globo Repórter, através da análise de sete grandes reportagens sobre a natureza brasileira, exibidas entre 01 de junho de 2012 e 31 de maio de 2013. Para embasar a análise, este trabalho reflete sobre a responsabilidade social do jornalismo e o papel das fontes nos materiais jornalísticos. Discorre sobre a potencialidade da televisão em desempenhar uma função informativo-educacional, mesmo com a produção de INFOtenimento. Conceitua as grandes reportagens televisivas como espaços para conteúdos aprofundados, abrangentes e reflexivos. Teoriza a respeito do Jornalismo Ambiental, como uma nova forma de fazer jornalismo, com base em uma perspectiva multidisciplinar, capaz de inter-relacionar as várias dimensões da vida e trazer debates pertinentes à sociedade. A presente pesquisa utiliza a metodologia da Análise de Conteúdo proposta por Laurence Bardin e categoriza as unidades de registro de acordo com os critérios de noticiabilidade do jornalismo ambiental ou outros aspectos da prática televisiva. São oito categorias: multidisciplinaridade, diversidade de fontes, visão ecossocial ou ecotecnocrática, profundidade e abrangência, superficialidade, performance, não categorizada e híbrida. A partir da análise, esta pesquisa identificou a categoria multidisciplinaridade em 13% de todo o material; a profundidade e abrangência em 7%; a superficialidade em 19%; os discursos ecológicos em 10%, sendo 4% ecossocial e 6% ecotecnocrático; a não categorizada em 35% e a híbrida em 3%. Diagnosticou também que os programas priorizaram o conhecimento dos especialistas; há uma diversidade de fontes, porém não há uma pluralidade de vozes. Pelos resultados obtidos, o trabalho aponta que não é possível traçar um perfil modular de jornalismo ambiental nos programas analisados. Entende que os programas são reflexivos; mas não estimulam a inquietação do telespectador. O estudo conclui que a natureza está sendo mostrada como um lugar exótico e distante das pessoas, e trabalhada como jornalismo de INFOtenimento. Por fim, propõe que, para as grandes reportagens fazerem jornalismo ambiental - apresentando um caráter mais pedagógico e comprometido socialmente -, é necessária uma remodelação nas formas de produção e um aperfeiçoamento dos profissionais.This study aims to trace a profile of environmental journalism in Rede Globo’s weekly program, Globo Repórter, by analyzing seven major reportages about Brazilian nature, that were displayed between June 1st, 2012 and May 31st, 2013. In order to support the analysis, this paper reflects over the social responsibility of journalism and on the role of sources in journalistic material. It discusses about television potential to play an informative and educational role, even with the production of infotainment. It conceptualizes major reportages on TV as spaces of deepness, coverage and reflection of contents. It also theorizes about Environmental Journalism as a new way of making news, based on a multidisciplinary perspective, that will be able to connect various dimensions of life and that will bring relevant debates to the society. The present research uses the methodology of content analysis proposed by Laurence Bardin and it categorizes the registration units according to environmental journalism’s newsworthiness criteria or other aspects of television practices. There are eight categories: multidisciplinary, variety of sources, ecossocial or ecotecnocrática vision, deepness and coverage, superficiality, performance, non-categorized and hybrid. From the analysis, this research identified the category multidisciplinary in 13% of all material; deepness and coverage in 7%; superficiality in 19%, ecological speeches in 10%, being 4% to ecossocialista and 6% to ecotecnocrática; non-categorized in 35% and hybrid in 3%. Also, it has diagnosed that the programs have prioritized the knowledge of experts; there is a variety of sources; but there isn’t a plurality of voices. By the obtained results, the paper points that it isn’t possible to trace a modular profile of environmental journalism in the analyzed programs. It understands that the programs are reflective; otherwise they don’t stimulate viewer’s unrest. The study concludes the nature has being shown as an exotic place and distant from the people, and also it has been worked as a journalism of infotainment. Lastly, it proposes that is necessary a redesign on the ways of making news and an improvement of the professionals in case of the major reportages intend to do environmental journalism, presenting a pedagogic character and social commitment.application/pdfapplication/zipporJornalismo ambientalGlobo Repórter (Programa de televisão)Environmental journalismTelejournalismMajor reportageGlobo repórterContent analysisO Globo Repórter faz jornalismo ambiental?: a natureza brasileira abordada como jornalismo de INFOtenimento nas grandes reportagensinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Biblioteconomia e ComunicaçãoPorto Alegre, BR-RS2013Comunicação Social: Habilitação em Jornalismograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000913038.pdf.txt000913038.pdf.txtExtracted Texttext/plain204766http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/88509/3/000913038.pdf.txtcb5ac57ea53c80ece61397d79594dd2dMD53ORIGINAL000913038.pdf000913038.pdfTexto completoapplication/pdf1116392http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/88509/1/000913038.pdf66f7f4ee751ea3649626b2d88b578a9bMD51000913038.zip000913038.zipVídeoapplication/zip4755886459http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/88509/2/000913038.zip9a016734c9ccec85f5923576783c38e8MD52THUMBNAIL000913038.pdf.jpg000913038.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1004http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/88509/4/000913038.pdf.jpgbb051ed6b4de38539083c2a7394ae541MD5410183/885092018-10-18 08:22:58.159oai:www.lume.ufrgs.br:10183/88509Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-18T11:22:58Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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