Frequência de distribuição de leite materno e fatores associados para pacientes de unidade de internação neonatal em hospital público
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/183848 |
Resumo: | A prematuridade e as complicações durante o parto são condições que levam os recém-nascidos (RNs) à internação em unidade de terapia intensiva (UTI). RNs nessas condições beneficiam-se do aleitamento materno, seja pelo leite oferecido pela própria mãe, seja por meio de mamadeiras ou copinhos, seja via nutrição enteral. A utilização do leite materno (LM) nesses locais é cada vez mais encorajada, mas, muitas vezes, apesar de seus inúmeros benefícios, é impraticável, devido à rotina do serviço e às condições do RN e da mãe. Por isso, é relevante o trabalho realizado em Banco de Leite Humano (BLH) junto às UTIs, pois tem como missão a promoção e o incentivo do aleitamento materno. O custo também é uma questão importante envolvida, principalmente em instituições públicas. A utilização de LM promove menor tempo de internação e menores gastos com alimentação. Este estudo objetivou verificar a relação entre o período de hospitalização de RNs internados em uma UTI neonatal de um hospital público federal e a frequência da distribuição do LM ofertado em suas dietas diárias. Trata-se de um estudo transversal com dados secundários, que avaliou RNs admitidos na UTI neonatal entre março e junho de 2016. Os critérios para internação nesta ala são bebês com peso inferior a 2000 gramas, a idade gestacional ao nascer, e/ou a ocorrência de diferentes patologias do período neonatal. A base de dados contemplou RNs internados na UTI desse hospital que receberam LM parcial ou exclusivamente. Para a estimação do custo com as fórmulas infantis fornecidas no período de internação dos RNs na UTI, foi utilizado o valor médio de compra dessas fórmulas em redes de farmácias populares. Para descrição dos dados, foram utilizadas média, desvio-padrão e frequências absolutas e relativas. Para análise dos dados, foram utilizados o teste qui-quadrado e a correlação de Spearman. Foram avaliados 246 RNs, sendo 54% do sexo masculino e 46% do sexo feminino. Mais da metade (63%) recebia o LM por via oral. Quanto menor a frequência de recebimento do LM, maior o tempo de internação (p<0,001). Contudo, entre os bebês que receberam LM por sonda enteral, observou-se uma relação direta entre tempo de internação e frequência de distribuição do leite materno (p<0,001). Quanto à via de administração do LM e ao período de internação, de acordo com o tipo de aleitamento materno, verificou-se que a prevalência deste sob forma exclusiva foi maior entre os RNs em uso de sonda enteral. Em relação ao tempo de internação, aqueles que receberam o aleitamento materno parcial (AMP), independentemente da via de administração, permaneceram menos tempo hospitalizados. A maturidade e o peso ao nascer, além das condições clínicas decorrentes, podem interferir na prescrição da alimentação láctea do RNs, fazendo com que se beneficiem com o AMP, o que foi corroborado por este estudo. No entanto, faz-se necessário estimular a ordenha pela nutriz para manter a lactação e visar o aleitamento materno exclusivo no momento da alta hospital. |
id |
UFRGS-2_aca739837567bd3b9f36d9810a13b169 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/183848 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Oldenburg, LuizaStrasburg, Virgílio José2018-10-20T03:16:43Z2016http://hdl.handle.net/10183/183848001012547A prematuridade e as complicações durante o parto são condições que levam os recém-nascidos (RNs) à internação em unidade de terapia intensiva (UTI). RNs nessas condições beneficiam-se do aleitamento materno, seja pelo leite oferecido pela própria mãe, seja por meio de mamadeiras ou copinhos, seja via nutrição enteral. A utilização do leite materno (LM) nesses locais é cada vez mais encorajada, mas, muitas vezes, apesar de seus inúmeros benefícios, é impraticável, devido à rotina do serviço e às condições do RN e da mãe. Por isso, é relevante o trabalho realizado em Banco de Leite Humano (BLH) junto às UTIs, pois tem como missão a promoção e o incentivo do aleitamento materno. O custo também é uma questão importante envolvida, principalmente em instituições públicas. A utilização de LM promove menor tempo de internação e menores gastos com alimentação. Este estudo objetivou verificar a relação entre o período de hospitalização de RNs internados em uma UTI neonatal de um hospital público federal e a frequência da distribuição do LM ofertado em suas dietas diárias. Trata-se de um estudo transversal com dados secundários, que avaliou RNs admitidos na UTI neonatal entre março e junho de 2016. Os critérios para internação nesta ala são bebês com peso inferior a 2000 gramas, a idade gestacional ao nascer, e/ou a ocorrência de diferentes patologias do período neonatal. A base de dados contemplou RNs internados na UTI desse hospital que receberam LM parcial ou exclusivamente. Para a estimação do custo com as fórmulas infantis fornecidas no período de internação dos RNs na UTI, foi utilizado o valor médio de compra dessas fórmulas em redes de farmácias populares. Para descrição dos dados, foram utilizadas média, desvio-padrão e frequências absolutas e relativas. Para análise dos dados, foram utilizados o teste qui-quadrado e a correlação de Spearman. Foram avaliados 246 RNs, sendo 54% do sexo masculino e 46% do sexo feminino. Mais da metade (63%) recebia o LM por via oral. Quanto menor a frequência de recebimento do LM, maior o tempo de internação (p<0,001). Contudo, entre os bebês que receberam LM por sonda enteral, observou-se uma relação direta entre tempo de internação e frequência de distribuição do leite materno (p<0,001). Quanto à via de administração do LM e ao período de internação, de acordo com o tipo de aleitamento materno, verificou-se que a prevalência deste sob forma exclusiva foi maior entre os RNs em uso de sonda enteral. Em relação ao tempo de internação, aqueles que receberam o aleitamento materno parcial (AMP), independentemente da via de administração, permaneceram menos tempo hospitalizados. A maturidade e o peso ao nascer, além das condições clínicas decorrentes, podem interferir na prescrição da alimentação láctea do RNs, fazendo com que se beneficiem com o AMP, o que foi corroborado por este estudo. No entanto, faz-se necessário estimular a ordenha pela nutriz para manter a lactação e visar o aleitamento materno exclusivo no momento da alta hospital.Prematurity and complications during labor are conditions that lead newborns (NB) to be admitted in the intensive care unit (ICU). Babies in these conditions benefit from breastfeeding, whether it is the milk offered by their own mother, through bottles or cups, or via enteral nutrition. The use of breast milk (BM) in these places is more and more encouraged, but many times, in spite of its benefits, its use is impractical, due to the work routine and the conditions of the mother and the baby. For this reason, it is extremely relevant the work carried out in Human Milk Banks (HMB) within ICUs, since their mission is to promote and encourage breastfeeding. Cost is another important issue involved, especially in public institutions. The use of BM promotes lower time of hospitalization and lower food expenses. This study aimed at verifying the relation between the period of hospitalization of NB admitted into a neonatal ICU of a federal public hospital and the frequency of distribution of BM offered in their daily diet. This is a transversal study with secondary data that evaluated NB admitted in the neonatal ICU between March and June of 2016. The criteria for admission in this ward are babies who weigh less than 2000 grams, their gestational age in the moment they are born, and/or the occurrence of different pathologies of the neonatal period. The database included NBs admitted in the ICU of this hospital who received BM partially or exclusively. To estimate the cost with infant formula provided during the period of admission of the NBs in the ICU, the mean value of purchase was used considering the price in popular pharmacy chains. For data description were used means, standard deviation, and absolute and relative frequencies. For the analysis of the data were used chi-square test and Spearman’s correlation. The study evaluated 246 babies, being 54% male and 46% female. More than half (63%) received BM orally. The lower the frequency of received BM, the higher the time of admission (p<0.001). However, among the babies who received BM through enteric tube, it was observed a direct relation between time of admission and frequency of distribution of breast milk (p<0.001). As for the technical way of BM administration and the period of admission, according to the type of breastfeeding, it was noticed that the prevalence of such in an exclusive way was higher among NBs using enteral tube. In relation to the time of admission, those who received partial breastfeeding (PBF), regardless of the technical way of administration, stayed less time in the hospital. Maturity and birth weight, besides the resulting clinical conditions may interfere in the prescription of milk feeding of NBs, making them benefit from the PBF, which was corroborated by this study. However, it is necessary to encourage milking by the mother in order to maintain the lactation and to aim exclusive breastfeeding in the moment of hospital discharge.application/pdfporAleitamento maternoHospitalizaçãoNutrição enteralBreastfeedingEnteral nutritionBottleHospital admission.Frequência de distribuição de leite materno e fatores associados para pacientes de unidade de internação neonatal em hospital públicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2016Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001012547.pdfTexto completoapplication/pdf497639http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183848/1/001012547.pdffa738e26d8f7b384fb573f532b8d1c21MD51TEXT001012547.pdf.txt001012547.pdf.txtExtracted Texttext/plain86335http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183848/2/001012547.pdf.txt0db86c4c338e03961fde353f65323e1bMD52THUMBNAIL001012547.pdf.jpg001012547.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg971http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183848/3/001012547.pdf.jpg14cb407b8526b81f266db505a21ac5c1MD5310183/1838482019-05-11 02:38:06.398556oai:www.lume.ufrgs.br:10183/183848Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-05-11T05:38:06Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Frequência de distribuição de leite materno e fatores associados para pacientes de unidade de internação neonatal em hospital público |
title |
Frequência de distribuição de leite materno e fatores associados para pacientes de unidade de internação neonatal em hospital público |
spellingShingle |
Frequência de distribuição de leite materno e fatores associados para pacientes de unidade de internação neonatal em hospital público Oldenburg, Luiza Aleitamento materno Hospitalização Nutrição enteral Breastfeeding Enteral nutrition Bottle Hospital admission. |
title_short |
Frequência de distribuição de leite materno e fatores associados para pacientes de unidade de internação neonatal em hospital público |
title_full |
Frequência de distribuição de leite materno e fatores associados para pacientes de unidade de internação neonatal em hospital público |
title_fullStr |
Frequência de distribuição de leite materno e fatores associados para pacientes de unidade de internação neonatal em hospital público |
title_full_unstemmed |
Frequência de distribuição de leite materno e fatores associados para pacientes de unidade de internação neonatal em hospital público |
title_sort |
Frequência de distribuição de leite materno e fatores associados para pacientes de unidade de internação neonatal em hospital público |
author |
Oldenburg, Luiza |
author_facet |
Oldenburg, Luiza |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Oldenburg, Luiza |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Strasburg, Virgílio José |
contributor_str_mv |
Strasburg, Virgílio José |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Aleitamento materno Hospitalização Nutrição enteral |
topic |
Aleitamento materno Hospitalização Nutrição enteral Breastfeeding Enteral nutrition Bottle Hospital admission. |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Breastfeeding Enteral nutrition Bottle Hospital admission. |
description |
A prematuridade e as complicações durante o parto são condições que levam os recém-nascidos (RNs) à internação em unidade de terapia intensiva (UTI). RNs nessas condições beneficiam-se do aleitamento materno, seja pelo leite oferecido pela própria mãe, seja por meio de mamadeiras ou copinhos, seja via nutrição enteral. A utilização do leite materno (LM) nesses locais é cada vez mais encorajada, mas, muitas vezes, apesar de seus inúmeros benefícios, é impraticável, devido à rotina do serviço e às condições do RN e da mãe. Por isso, é relevante o trabalho realizado em Banco de Leite Humano (BLH) junto às UTIs, pois tem como missão a promoção e o incentivo do aleitamento materno. O custo também é uma questão importante envolvida, principalmente em instituições públicas. A utilização de LM promove menor tempo de internação e menores gastos com alimentação. Este estudo objetivou verificar a relação entre o período de hospitalização de RNs internados em uma UTI neonatal de um hospital público federal e a frequência da distribuição do LM ofertado em suas dietas diárias. Trata-se de um estudo transversal com dados secundários, que avaliou RNs admitidos na UTI neonatal entre março e junho de 2016. Os critérios para internação nesta ala são bebês com peso inferior a 2000 gramas, a idade gestacional ao nascer, e/ou a ocorrência de diferentes patologias do período neonatal. A base de dados contemplou RNs internados na UTI desse hospital que receberam LM parcial ou exclusivamente. Para a estimação do custo com as fórmulas infantis fornecidas no período de internação dos RNs na UTI, foi utilizado o valor médio de compra dessas fórmulas em redes de farmácias populares. Para descrição dos dados, foram utilizadas média, desvio-padrão e frequências absolutas e relativas. Para análise dos dados, foram utilizados o teste qui-quadrado e a correlação de Spearman. Foram avaliados 246 RNs, sendo 54% do sexo masculino e 46% do sexo feminino. Mais da metade (63%) recebia o LM por via oral. Quanto menor a frequência de recebimento do LM, maior o tempo de internação (p<0,001). Contudo, entre os bebês que receberam LM por sonda enteral, observou-se uma relação direta entre tempo de internação e frequência de distribuição do leite materno (p<0,001). Quanto à via de administração do LM e ao período de internação, de acordo com o tipo de aleitamento materno, verificou-se que a prevalência deste sob forma exclusiva foi maior entre os RNs em uso de sonda enteral. Em relação ao tempo de internação, aqueles que receberam o aleitamento materno parcial (AMP), independentemente da via de administração, permaneceram menos tempo hospitalizados. A maturidade e o peso ao nascer, além das condições clínicas decorrentes, podem interferir na prescrição da alimentação láctea do RNs, fazendo com que se beneficiem com o AMP, o que foi corroborado por este estudo. No entanto, faz-se necessário estimular a ordenha pela nutriz para manter a lactação e visar o aleitamento materno exclusivo no momento da alta hospital. |
publishDate |
2016 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-10-20T03:16:43Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/183848 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001012547 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/183848 |
identifier_str_mv |
001012547 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183848/1/001012547.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183848/2/001012547.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183848/3/001012547.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
fa738e26d8f7b384fb573f532b8d1c21 0db86c4c338e03961fde353f65323e1b 14cb407b8526b81f266db505a21ac5c1 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1815447229013426176 |