Biossegurança e democracia : entre um espaço dialógico e novos fundamentalismos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/20140 |
Resumo: | A problemática envolvendo as biotecnologias e as políticas de biossegurança se apresenta bastante controversa. Por um lado, indícios de um fato consumado: a soja geneticamente modificada espalha-se a cada ano, fazendo pouco caso do congestionamento da questão nas instâncias até então legitimadas como decisórias. De outro, a evolução das discussões acerca da temática, de modo que a balança, antes de atingir um ponto de equilíbrio, o desejável consenso democrático, oscila entre posturas extremas. Mas esta situação de “prós” e “contras” os OGMs não cobre a complexidade da polêmica. Propõe-se que uma tal realidade seja interpretada à luz de um processo de transformação das sociedades, bem como da própria democracia, o qual, ao corroer de dentro para fora o modus operandi do Estado moderno, desperta nos indivíduos e suas organizações a necessidade de uma renovação institucional. Mas, afinal, quais as causas destas mudanças e de que modo sinalizam para uma alteração dos sistemas democráticos existentes? Como as inovações biotecnológicas e as políticas de biossegurança se inserem neste novo contexto de solidariedade social? E, particularmente, no caso brasileiro, quais os limites e possibilidades que as disputas envolvendo as sementes modificadas e as biotecnologias em geral colocam a este modelo de democracia proposto? Conclui-se que a atual polêmica em torno da biotecnologia no Brasil tem cristalizado formas fundamentalistas do agir político, provocado congestionamentos e acentuado as desigualdades de poderes e condições materiais na sociedade. |
id |
UFRGS-2_ad27d08d06f0adbc0e66a8aabc0575f5 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/20140 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Silveira, Cristiane Amaro daAlmeida, Jalcione Pereira de2010-04-16T09:13:12Z20050102-6992http://hdl.handle.net/10183/20140000515155A problemática envolvendo as biotecnologias e as políticas de biossegurança se apresenta bastante controversa. Por um lado, indícios de um fato consumado: a soja geneticamente modificada espalha-se a cada ano, fazendo pouco caso do congestionamento da questão nas instâncias até então legitimadas como decisórias. De outro, a evolução das discussões acerca da temática, de modo que a balança, antes de atingir um ponto de equilíbrio, o desejável consenso democrático, oscila entre posturas extremas. Mas esta situação de “prós” e “contras” os OGMs não cobre a complexidade da polêmica. Propõe-se que uma tal realidade seja interpretada à luz de um processo de transformação das sociedades, bem como da própria democracia, o qual, ao corroer de dentro para fora o modus operandi do Estado moderno, desperta nos indivíduos e suas organizações a necessidade de uma renovação institucional. Mas, afinal, quais as causas destas mudanças e de que modo sinalizam para uma alteração dos sistemas democráticos existentes? Como as inovações biotecnológicas e as políticas de biossegurança se inserem neste novo contexto de solidariedade social? E, particularmente, no caso brasileiro, quais os limites e possibilidades que as disputas envolvendo as sementes modificadas e as biotecnologias em geral colocam a este modelo de democracia proposto? Conclui-se que a atual polêmica em torno da biotecnologia no Brasil tem cristalizado formas fundamentalistas do agir político, provocado congestionamentos e acentuado as desigualdades de poderes e condições materiais na sociedade.application/pdfporSociedade e estado. Brasília. Vol. 20, n. 1 (jan./abr. 2005), p. 73-102Sociologia ruralBiotecnologiaBiossegurançaBiossegurança e democracia : entre um espaço dialógico e novos fundamentalismosinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000515155.pdf000515155.pdfTexto completoapplication/pdf83044http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/20140/1/000515155.pdffc4da4b470fcf705cb3b290b50ba681fMD51TEXT000515155.pdf.txt000515155.pdf.txtExtracted Texttext/plain70140http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/20140/2/000515155.pdf.txtbf6e4fe792e6491ea8a3f918b76d5ff4MD52THUMBNAIL000515155.pdf.jpg000515155.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1598http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/20140/3/000515155.pdf.jpg8e21f6b2cd4f8d9158769290114aba84MD5310183/201402018-10-18 07:23:00.398oai:www.lume.ufrgs.br:10183/20140Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-18T10:23Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Biossegurança e democracia : entre um espaço dialógico e novos fundamentalismos |
title |
Biossegurança e democracia : entre um espaço dialógico e novos fundamentalismos |
spellingShingle |
Biossegurança e democracia : entre um espaço dialógico e novos fundamentalismos Silveira, Cristiane Amaro da Sociologia rural Biotecnologia Biossegurança |
title_short |
Biossegurança e democracia : entre um espaço dialógico e novos fundamentalismos |
title_full |
Biossegurança e democracia : entre um espaço dialógico e novos fundamentalismos |
title_fullStr |
Biossegurança e democracia : entre um espaço dialógico e novos fundamentalismos |
title_full_unstemmed |
Biossegurança e democracia : entre um espaço dialógico e novos fundamentalismos |
title_sort |
Biossegurança e democracia : entre um espaço dialógico e novos fundamentalismos |
author |
Silveira, Cristiane Amaro da |
author_facet |
Silveira, Cristiane Amaro da Almeida, Jalcione Pereira de |
author_role |
author |
author2 |
Almeida, Jalcione Pereira de |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silveira, Cristiane Amaro da Almeida, Jalcione Pereira de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Sociologia rural Biotecnologia Biossegurança |
topic |
Sociologia rural Biotecnologia Biossegurança |
description |
A problemática envolvendo as biotecnologias e as políticas de biossegurança se apresenta bastante controversa. Por um lado, indícios de um fato consumado: a soja geneticamente modificada espalha-se a cada ano, fazendo pouco caso do congestionamento da questão nas instâncias até então legitimadas como decisórias. De outro, a evolução das discussões acerca da temática, de modo que a balança, antes de atingir um ponto de equilíbrio, o desejável consenso democrático, oscila entre posturas extremas. Mas esta situação de “prós” e “contras” os OGMs não cobre a complexidade da polêmica. Propõe-se que uma tal realidade seja interpretada à luz de um processo de transformação das sociedades, bem como da própria democracia, o qual, ao corroer de dentro para fora o modus operandi do Estado moderno, desperta nos indivíduos e suas organizações a necessidade de uma renovação institucional. Mas, afinal, quais as causas destas mudanças e de que modo sinalizam para uma alteração dos sistemas democráticos existentes? Como as inovações biotecnológicas e as políticas de biossegurança se inserem neste novo contexto de solidariedade social? E, particularmente, no caso brasileiro, quais os limites e possibilidades que as disputas envolvendo as sementes modificadas e as biotecnologias em geral colocam a este modelo de democracia proposto? Conclui-se que a atual polêmica em torno da biotecnologia no Brasil tem cristalizado formas fundamentalistas do agir político, provocado congestionamentos e acentuado as desigualdades de poderes e condições materiais na sociedade. |
publishDate |
2005 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2005 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2010-04-16T09:13:12Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/20140 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
0102-6992 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000515155 |
identifier_str_mv |
0102-6992 000515155 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/20140 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Sociedade e estado. Brasília. Vol. 20, n. 1 (jan./abr. 2005), p. 73-102 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/20140/1/000515155.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/20140/2/000515155.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/20140/3/000515155.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
fc4da4b470fcf705cb3b290b50ba681f bf6e4fe792e6491ea8a3f918b76d5ff4 8e21f6b2cd4f8d9158769290114aba84 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1798487082782425088 |