Caracterização dos Lamprófiros espessartíticos da região de Vila Nova do Sul, RS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/55821 |
Resumo: | Na região do Cerro Tupanci, ao norte do município de Vila Nova do Sul, no estado do Rio Grande do Sul, foram investigados dois diques lamprofíricos com características texturais e composicionais distintas. O corpo principal tem espessura métrica com direção N-NE e foi classificado como uma brecha-tufisítica lamprofírica, sendo intrusiva nas rochas andesíticas da Formação Hilário. A rocha apresenta textura particulada (vulcanoclástica), caracterizada pela presença de fragmentos acidentais de rochas andesíticas (encaixantes) e cognatos de espessartitos de diferentes tamanhos, envoltos por uma matriz tufácea. Texturalmente, a rocha possui fragmentos esferoidais juvenis, indicando alta fluidização do sistema. Além deste corpo, ocorre um dique de menores proporções de um lamprófiro espessartítico intrusivo nos granitóides do Supercomplexo Cambaí. A rocha possui textura panidiomórfica, representada pela dominância de fenocristais euédricos de anfibólio, mostrando textura de fluxo, numa matriz composta basicamente por micrólitos de plagioclásio. Geoquimicamente os lamprófiros da região do Cerro Tupanci apresentam um trend de composição subalcalina, com características de séries cálcio-alcalinas alto K. Esta característica pode ser observada pelos valores K2O maiores que (Na2O-2) e se manteve na análise dos elementos traços e imóveis. São saturados em SiO2, mostrando que ao longo da diferenciação os elementos Sr, Rb e Ba mostram um caráter incompatível, enquanto os elementos Zr, Nb,Y,Cr, Ni e Co mostram caráter compatível. Os padrões de distribuição dos elementos traços e terras raras, quando normalizados para o padrão OIB, observa-se um leve enriquecimento em LILEs e uma leve depleção em HFSE, além de fortes anomalias negativas de Nb e positivas de Pb. Quando normalizados para o padrão condrítico, observa-se um moderado enriquecimento dos ETRL em relação aos ETRP, além da ausência de anomalia de Eu, feições indicativas de magmas shoshoníticos ou cálcioalcalinos alto-K. Em relação aos espessartitos de Lavras do Sul observa-se que estes apresentam valores mais elevados de TiO2, Al2O3, P2O5 e álcalis, e mais baixos de FeOt, MgO, MnO, e CaO. As razões K2O/Na2O também são mais elevadas, sendo próximas da unidade, característica típica de rochas shoshoníticas. Esta constatação também é observada em relação aos elementos traços onde os teores para as rochas de Lavras de Sul mostram-se invariavelmente mais elevados e mais coerentes com a afinidade shoshonítica proposta para o seu magmatismo. Dados obtidos em MEV atestam a importância metalogenética destas rochas, presença de sulfetos, ouro e platina disseminados na matriz. A características geológicas, petrográficas e geoquímicas observadas nos lamprófiros da região de Vila Nova Sul, permitem sugerir a sua vinculação aos terrenos vulcânicos neoproterozóicos do Rio Grande do Sul. |
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Buckowski, NataliaSommer, Carlos AugustoLima, Evandro Fernandes de2012-09-29T01:35:36Z2011http://hdl.handle.net/10183/55821000858639Na região do Cerro Tupanci, ao norte do município de Vila Nova do Sul, no estado do Rio Grande do Sul, foram investigados dois diques lamprofíricos com características texturais e composicionais distintas. O corpo principal tem espessura métrica com direção N-NE e foi classificado como uma brecha-tufisítica lamprofírica, sendo intrusiva nas rochas andesíticas da Formação Hilário. A rocha apresenta textura particulada (vulcanoclástica), caracterizada pela presença de fragmentos acidentais de rochas andesíticas (encaixantes) e cognatos de espessartitos de diferentes tamanhos, envoltos por uma matriz tufácea. Texturalmente, a rocha possui fragmentos esferoidais juvenis, indicando alta fluidização do sistema. Além deste corpo, ocorre um dique de menores proporções de um lamprófiro espessartítico intrusivo nos granitóides do Supercomplexo Cambaí. A rocha possui textura panidiomórfica, representada pela dominância de fenocristais euédricos de anfibólio, mostrando textura de fluxo, numa matriz composta basicamente por micrólitos de plagioclásio. Geoquimicamente os lamprófiros da região do Cerro Tupanci apresentam um trend de composição subalcalina, com características de séries cálcio-alcalinas alto K. Esta característica pode ser observada pelos valores K2O maiores que (Na2O-2) e se manteve na análise dos elementos traços e imóveis. São saturados em SiO2, mostrando que ao longo da diferenciação os elementos Sr, Rb e Ba mostram um caráter incompatível, enquanto os elementos Zr, Nb,Y,Cr, Ni e Co mostram caráter compatível. Os padrões de distribuição dos elementos traços e terras raras, quando normalizados para o padrão OIB, observa-se um leve enriquecimento em LILEs e uma leve depleção em HFSE, além de fortes anomalias negativas de Nb e positivas de Pb. Quando normalizados para o padrão condrítico, observa-se um moderado enriquecimento dos ETRL em relação aos ETRP, além da ausência de anomalia de Eu, feições indicativas de magmas shoshoníticos ou cálcioalcalinos alto-K. Em relação aos espessartitos de Lavras do Sul observa-se que estes apresentam valores mais elevados de TiO2, Al2O3, P2O5 e álcalis, e mais baixos de FeOt, MgO, MnO, e CaO. As razões K2O/Na2O também são mais elevadas, sendo próximas da unidade, característica típica de rochas shoshoníticas. Esta constatação também é observada em relação aos elementos traços onde os teores para as rochas de Lavras de Sul mostram-se invariavelmente mais elevados e mais coerentes com a afinidade shoshonítica proposta para o seu magmatismo. Dados obtidos em MEV atestam a importância metalogenética destas rochas, presença de sulfetos, ouro e platina disseminados na matriz. A características geológicas, petrográficas e geoquímicas observadas nos lamprófiros da região de Vila Nova Sul, permitem sugerir a sua vinculação aos terrenos vulcânicos neoproterozóicos do Rio Grande do Sul.In Cerro Tupanci region, north of Vila Nova do Sul city, in Rio Grande do Sul state, were investigated two lamprophyric dykes with different textural and composiocional features. The main body has metric thickness with N-NE direction and was classified as lamprophyric tuffisitic breccia, being intrusive in andesitic rocks of Hilário Formation. The rock presents particulate texture (volcanoclastic), characterized by accidental fragments presence of andesitic rocks (country rock) and cognate of spessartites varying sizes, surrounded by tuface matrix.Texturally, the rock has spheroidal juvenile fragments, indicating high fluidization of system. Beyond this body, occurs a spessartitic lamprophyre dyke of smaller proportions intusive in Cambaí Supercomplex granitoids. The rock has panidiomorphic texture, represented by dominance of euhedral phenocrysts of amphibole, showing flow texture, in a matrix composed basically by plagioclase microliths. Geochemically the lamprophyres of Cerro Tupanci region presents a trend of subalkaline composition, with characteristics of calc-alkaline high-K series. This feature can be observed by K2O values major than (Na2O-2) and remained in the analysis of trace and immobile elements. They are saturated in SiO2, showing that along the differentiation of elements Sr, Rb and Ba show a incompatible character, while elements as Zr, Nb, Y, Ni e Co show a compatible character. The distribution patterns of trace elements and rare earth elements, when normalized to OIB pattern, there is a slight enrichment in LILEs and a slight depletion in HFSE, and strong Nb negative and Pb positive anomalies. When normalized to the chondrite standard, there is a moderate enrichment of LREE relative to HREE, and the absence of Eu anomaly, indicative features of shoshonitic or calc-alkaline high-K magma. Regarding Lavras do Sul spessartites there is a increase of values of TiO2, Al2O3, P2O5 and alkalis, and lower content of FeOt, MgO, MnO and CaO. The K2O/Na2O ratio are also higher, being close to unity, typical feature of shoshonitic rocks. This finding is also observed for trace elements where their levels to the rocks of Lavras do Sul are invariably higher and more consistent with shoshonitic affinity proposal for your magmatism. Data obtained by SEM show the metallogenic importance of these rocks, presence of sulfides, gold and platinum disseminated in the matrix. The geological, petrographic and geochemical features observed in lamprophyres of Vila Nova do Sul region, allow to suggest your link to neproterozoic volcanic terrain of Rio Grande do Sul.application/pdfporMineralogiaVila Nova do Sul (RS)LamprophyresSpressartitesTuffisitic brecciaMineralizationsCaracterização dos Lamprófiros espessartíticos da região de Vila Nova do Sul, RSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2011Geologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000858639.pdf000858639.pdfTexto completoapplication/pdf8134609http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/55821/1/000858639.pdf82f4f34400b9e7b371d9656a76ecbf5eMD51TEXT000858639.pdf.txt000858639.pdf.txtExtracted Texttext/plain117807http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/55821/2/000858639.pdf.txte9bee03ceb97d6aaf3ea97542174946fMD52THUMBNAIL000858639.pdf.jpg000858639.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1152http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/55821/3/000858639.pdf.jpg4d6a78c2913ca24a40c0372a6104c8a3MD5310183/558212018-10-15 09:20:23.405oai:www.lume.ufrgs.br:10183/55821Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-15T12:20:23Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Na região do Cerro Tupanci, ao norte do município de Vila Nova do Sul, no estado do Rio Grande do Sul, foram investigados dois diques lamprofíricos com características texturais e composicionais distintas. O corpo principal tem espessura métrica com direção N-NE e foi classificado como uma brecha-tufisítica lamprofírica, sendo intrusiva nas rochas andesíticas da Formação Hilário. A rocha apresenta textura particulada (vulcanoclástica), caracterizada pela presença de fragmentos acidentais de rochas andesíticas (encaixantes) e cognatos de espessartitos de diferentes tamanhos, envoltos por uma matriz tufácea. Texturalmente, a rocha possui fragmentos esferoidais juvenis, indicando alta fluidização do sistema. Além deste corpo, ocorre um dique de menores proporções de um lamprófiro espessartítico intrusivo nos granitóides do Supercomplexo Cambaí. A rocha possui textura panidiomórfica, representada pela dominância de fenocristais euédricos de anfibólio, mostrando textura de fluxo, numa matriz composta basicamente por micrólitos de plagioclásio. Geoquimicamente os lamprófiros da região do Cerro Tupanci apresentam um trend de composição subalcalina, com características de séries cálcio-alcalinas alto K. Esta característica pode ser observada pelos valores K2O maiores que (Na2O-2) e se manteve na análise dos elementos traços e imóveis. São saturados em SiO2, mostrando que ao longo da diferenciação os elementos Sr, Rb e Ba mostram um caráter incompatível, enquanto os elementos Zr, Nb,Y,Cr, Ni e Co mostram caráter compatível. Os padrões de distribuição dos elementos traços e terras raras, quando normalizados para o padrão OIB, observa-se um leve enriquecimento em LILEs e uma leve depleção em HFSE, além de fortes anomalias negativas de Nb e positivas de Pb. Quando normalizados para o padrão condrítico, observa-se um moderado enriquecimento dos ETRL em relação aos ETRP, além da ausência de anomalia de Eu, feições indicativas de magmas shoshoníticos ou cálcioalcalinos alto-K. Em relação aos espessartitos de Lavras do Sul observa-se que estes apresentam valores mais elevados de TiO2, Al2O3, P2O5 e álcalis, e mais baixos de FeOt, MgO, MnO, e CaO. As razões K2O/Na2O também são mais elevadas, sendo próximas da unidade, característica típica de rochas shoshoníticas. Esta constatação também é observada em relação aos elementos traços onde os teores para as rochas de Lavras de Sul mostram-se invariavelmente mais elevados e mais coerentes com a afinidade shoshonítica proposta para o seu magmatismo. Dados obtidos em MEV atestam a importância metalogenética destas rochas, presença de sulfetos, ouro e platina disseminados na matriz. A características geológicas, petrográficas e geoquímicas observadas nos lamprófiros da região de Vila Nova Sul, permitem sugerir a sua vinculação aos terrenos vulcânicos neoproterozóicos do Rio Grande do Sul. |
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