Pornografia e atos de fala : o debate entre Judith Butler e Catharine MacKinnon

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bercht, Gabriela
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/156949
Resumo: Os debates em torno da pornografia estiveram desde os anos 60 bastante ligados às questões de censura e liberalização do consumo e da produção de materiais considerados pornográficos, dividindo-se entre a opinião de liberais e conservadores. No final dos anos 70 e no início da década de 1980, muitas feministas passaram a defender a censura e a proibição das representações pornográficas, sob o argumento de que elas promoviam a objetificação da figura feminina e impulsionavam, desta forma, a violência contra a mulher em seus diversos níveis. Neste momento, passou a ocorrer uma progressiva polarização do debate feminista sobre a pornografia em torno de algumas figuras. Catharine MacKinnon e Judith Butler são expoentes de correntes opostas no que diz respeito a tal debate. Ambas as autoras, no entanto, constroem suas argumentações, contra e a favor da regulamentação da pornografia, com base na teoria dos atos de fala, elaborada por John Austin. Em essência, a teoria dos atos de fala, tal como pensada inicialmente por Austin, possui como objetivo pensar a linguagem não mais apenas como representação da realidade, mas como uma forma de ação. Apresentamos aqui, então, uma investigação sobre o papel que a teoria dos atos de fala, de John Austin, cumpre nos trabalhos de Judith Butler e Catharine MacKinnon para justificar determinado posicionamento sobre a regulamentação da pornografia. Nossa análise centra-se nos textos Only Words (1993), de Catharine MacKinnon e Excitable speech: a politics of the performative (1997), de Judith Butler.
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