Cosmética para o SocioBioCotidiano: uma análise da emergência da cadeia de cosméticos ecológicos a partir da flora nativa dos biomas Pampa e Mata Atlântica Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Bettina Rubin de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/240086
Resumo: Este artigo analisa a emergência de uma cadeia de cosméticos ecológicos da flora nativa voltados à inserção da sociobiodiversidade no cotidiano das pessoas e sua estruturação a partir de redes socioambientais na Mata Atlântica Sul e Pampa. Os procedimentos metodológicos constaram da realização de dez entrevistas com atores de diferentes elos e regiões da Cadeia Produtiva Solidária das Frutas Nativas (CPSFN). A análise constou da: a) caracterização do histórico da CPSFN b) caracterização da estrutura do setor cosmético com base na análise de cadeias da sociobiodiversidade (Ramos, 2019); c) identificação das potencialidades e limitações do setor de cosméticos para a CPSFN, com base na percepção dos entrevistados e no levantamento da flora nativa utilizada e dos produtos potenciais. A CPSFN foi estruturada a partir do setor alimentício tendo como principal produto as polpas de frutas nativas. Desde 2019, vem incorporando o setor cosmético nas regiões dos Campos de Cima da Serra, Missões/Noroeste, Litoral e Metropolitana, por meio da produção de hidrolatos, óleos essenciais e óleos vegetais, a partir de 21 espécies da flora nativa. A região Metropolitana atua nos elos do processamento secundário, mercados e consumo. A cadeia de cosmética ecológica, nascida a partir da CPSFN, conta com empreendimentos rurais e urbanos, assim como ambientes tecnológicos e organizacionais apoiados por ONGs, universidades, órgãos do meio ambiente e planos nacionais para espécies ameaçadas de extinção, articulados em redes. O ambiente tecnológico e os elos do mercado e consumo demandam ações de fortalecimento a partir de melhorias de infraestrutura e da qualidade técnica dos produtos para o aumento de escala de produção. Trata-se de uma cadeia emergente que inaugura o setor da cosmética ecológica, baseada nos princípios da agroecologia e economia solidária, com potencial de conservação da biodiversidade pelo uso, combate à pobreza e mitigação das mudanças climáticas nos Biomas Mata Atlântica Sul e Pampa.
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A CPSFN foi estruturada a partir do setor alimentício tendo como principal produto as polpas de frutas nativas. Desde 2019, vem incorporando o setor cosmético nas regiões dos Campos de Cima da Serra, Missões/Noroeste, Litoral e Metropolitana, por meio da produção de hidrolatos, óleos essenciais e óleos vegetais, a partir de 21 espécies da flora nativa. A região Metropolitana atua nos elos do processamento secundário, mercados e consumo. A cadeia de cosmética ecológica, nascida a partir da CPSFN, conta com empreendimentos rurais e urbanos, assim como ambientes tecnológicos e organizacionais apoiados por ONGs, universidades, órgãos do meio ambiente e planos nacionais para espécies ameaçadas de extinção, articulados em redes. O ambiente tecnológico e os elos do mercado e consumo demandam ações de fortalecimento a partir de melhorias de infraestrutura e da qualidade técnica dos produtos para o aumento de escala de produção. Trata-se de uma cadeia emergente que inaugura o setor da cosmética ecológica, baseada nos princípios da agroecologia e economia solidária, com potencial de conservação da biodiversidade pelo uso, combate à pobreza e mitigação das mudanças climáticas nos Biomas Mata Atlântica Sul e Pampa.This article analyzes the ecological cosmetics chain emergence, from native flora environments to insert sociobiodiversity into people's daily lives, and its structuring in Southern Atlantic Forest and Pampa, Brazil. The methodological procedures consisted in conducting interviews with actors from different links and regions of the Native Fruits Solidary Production Chain (NFSPC). The analysis consisted in: a) characterize the history about the NFSPC b) characterize the cosmetic sector structure, based on the analysis for sociobiodiversity chains (Ramos, 2019); c) identify the cosmetics sector potentials and limitations, based on the interviewed people´s perceptions and on the botanical survey and potential products. The NFSPC was structured in the food sector with native fruits as its main product. Since 2019, it has been incorporating the cosmetic sector at “fields up above the mountains”, northwest, coast and metropolitan regions, through the production of hydrolates, essential oils and vegetable oils, from 21 native flora species. The metropolitan region operates in the secondary processing, markets and consumption links. The ecological cosmetics chain, born from the NFSPC, has rural and urban enterprises, as well as technological and organizational environments supported by NGOs, universities, public environmental agencies and national plans for endangered species, articulated in networks. The technological environment and the links between the market and consumption demand strengthening actions based on improvements to infrastructure and to the technical quality of products, increasing the production scale. It is an emerging chain that inaugurates the ecological cosmetics sector, based on the agroecology principles, solidarity economy, fighting against poverty and climate change mitigation at Southern Atlantic Forest and Pampa Biomes.application/pdfporSociobiodiversidadeCosméticosCadeia produtivaNatural CosmeticsConservation throughCosmética para o SocioBioCotidiano: uma análise da emergência da cadeia de cosméticos ecológicos a partir da flora nativa dos biomas Pampa e Mata Atlântica Sul, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPorto Alegre, BR-RS2022Ciências Biológicas: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001141934.pdf.txt001141934.pdf.txtExtracted Texttext/plain188761http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/240086/2/001141934.pdf.txtd1e869dcf4f38f24f02ec142632a190aMD52ORIGINAL001141934.pdfTexto completoapplication/pdf8246250http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/240086/1/001141934.pdfff5a9a0701380b5fe6a5a5f5c5975f04MD5110183/2400862022-06-11 05:01:08.548494oai:www.lume.ufrgs.br:10183/240086Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-06-11T08:01:08Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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