Fatores de risco para perda auditiva em recém-nascidos internados em unidade neonatal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dorigon, Alessandra
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/274029
Resumo: A triagem auditiva neonatal é essencial para a identificação precoce de perda auditiva, a qual atinge de 1 a 6 recém-nascidos para cada 1.000 nascidos vivos, e de 10 a 50 para cada 1.000 neonatos internados em unidade de terapia intensiva neonatal. Os objetivos deste trabalho foram detectar os principais fatores de risco associados à perda auditiva em amostra oriunda da Unidade de Neonatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, bem como reconhecer aspectos positivos e pontos a serem melhorados na triagem. Foi realizado um estudo transversal, retrospectivo, com bebês nascidos no ano de 2021 e que estiveram internados na Unidade de Neonatologia, avaliando os resultados das triagens auditivas neonatais realizadas de rotina na alta dos pacientes. Os dados foram examinados no software Statistical Package for Social Science, considerando estatisticamente significativos resultados com p < 0,05. O projeto não incluiu intervenções adicionais e foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição. Foram analisados 414 pacientes, dos quais 35 tiveram falha na triagem auditiva inicial e, dentre estes, 8 tiveram perda de seguimento e 6 foram diagnosticados com deficiência auditiva (totalizando uma taxa de perda auditiva de 14,7 para cada 1.000 bebês). Os pacientes com perda auditiva tiveram Apgar no 1º e no 5º minuto significativamente menor (4/7 versus 8/9, com p = 0,008), maior frequência de ventilação mecânica por mais de 5 dias (33% versus 6%, com p = 0,047) e de lesão ou malformação de sistema nervoso central (67% versus 8%, com p < 0,001). Além disso, em recém-nascidos submetidos aos exames combinados de EOAE (emissões otoacústicas evocadas) e PEATE-A (potencial evocado auditivo de tronco encefálico, modo automático), uma idade mais precoce de realização da triagem auditiva esteve associada a uma maior probabilidade de falso-positivo (p = 0,02). Concluiu-se que o protocolo de triagem auditiva neonatal utilizado neste hospital está em consonância com padrões nacionais e internacionais, porém a perda de seguimento ainda é um desafio. Os fatores de risco encontrados são embasados pela literatura, bem como a proporção de falsos-positivos, que é compatível com resultados de outros estudos.
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Os dados foram examinados no software Statistical Package for Social Science, considerando estatisticamente significativos resultados com p < 0,05. O projeto não incluiu intervenções adicionais e foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição. Foram analisados 414 pacientes, dos quais 35 tiveram falha na triagem auditiva inicial e, dentre estes, 8 tiveram perda de seguimento e 6 foram diagnosticados com deficiência auditiva (totalizando uma taxa de perda auditiva de 14,7 para cada 1.000 bebês). Os pacientes com perda auditiva tiveram Apgar no 1º e no 5º minuto significativamente menor (4/7 versus 8/9, com p = 0,008), maior frequência de ventilação mecânica por mais de 5 dias (33% versus 6%, com p = 0,047) e de lesão ou malformação de sistema nervoso central (67% versus 8%, com p < 0,001). Além disso, em recém-nascidos submetidos aos exames combinados de EOAE (emissões otoacústicas evocadas) e PEATE-A (potencial evocado auditivo de tronco encefálico, modo automático), uma idade mais precoce de realização da triagem auditiva esteve associada a uma maior probabilidade de falso-positivo (p = 0,02). Concluiu-se que o protocolo de triagem auditiva neonatal utilizado neste hospital está em consonância com padrões nacionais e internacionais, porém a perda de seguimento ainda é um desafio. Os fatores de risco encontrados são embasados pela literatura, bem como a proporção de falsos-positivos, que é compatível com resultados de outros estudos.Newborn hearing screening is an essential system for early diagnosis of hearing loss, which affects 1 to 6 newborns for every 1,000 live births, and 10 to 50 per 1,000 newborns admitted to a neonatal intensive care unit. This study’s objectives were to detect the main risk factors associated with hearing loss in a sample from the neonatal care unit of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre, as well as to point out positive features and points to be improved in the hearing screening performed at this hospital. A cross-sectional, retrospective study was carried out with data from babies born in 2021 who were admitted to the Neonatal Unit, evaluating the results of the neonatal hearing screening, which is routinely conducted prior to discharge to home. Data were analyzed with the software program Statistical Package for Social Science and a p-level < 0.05 was considered to be statistically significant. The project did not include additional interventions and was approved by the institution’s research ethics committee. Among the 414 patients in our study, 35 failed the initial hearing screening, out of whom 8 were lost to follow-up and 6 were diagnosed with hearing loss (corresponding to a hearing loss rate of 14.7 per 1,000 babies). Patients with hearing loss had significantly lower Apgar scores at the 1st and 5th minutes (4/7 versus 8/9, p = 0.008), a higher frequency of mechanical ventilation for more than 5 days (33% versus 6%, p = 0.047) and injury or malformation of the central nervous system (67% versus 8%, p < 0.001). Furthermore, in newborns submitted to the combined use of evoked otoacoustic emissions (EOAE) and automated auditory brainstem response (AABR) screening tests, an earlier age at screening was associated with a greater probability of false-positive results (p = 0.02). In conclusion, this hospital’s protocol is in line with national and international standards, but loss to follow-up is still a challenge. The risk factors which were associated with hearing loss in this analysis are supported by the literature. So is the amount of false-positive results, which is similar to findings from other studies.application/pdfporFatores de riscoPerda auditivaRecém-nascidoTriagem neonatalUnidades de terapia intensiva neonatalRisk factorsHearing lossNewbornNewborn screeningNeonatal intensive care unitFatores de risco para perda auditiva em recém-nascidos internados em unidade neonatalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisHospital de Clínicas de Porto AlegrePorto Alegre, BR-RS2024especializaçãoPrograma de Residência Médica em Pediatriainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001197519.pdf.txt001197519.pdf.txtExtracted Texttext/plain104135http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/274029/2/001197519.pdf.txt120ca1474a645e386454458ed366b759MD52ORIGINAL001197519.pdfTexto completoapplication/pdf843574http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/274029/1/001197519.pdf40e0f44c0a17b9ca8bc58e47bc458e5aMD5110183/2740292024-03-23 04:59:53.4572oai:www.lume.ufrgs.br:10183/274029Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-03-23T07:59:53Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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