Colangite eosinofílica fibrosante em um gato : relato de caso

• Autor(a) principal: Barth, Júlia Camargo
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/271829
• topic: Patologia veterinaria; Colangite; Eosinofilia; Insuficiência hepática; Gatos; Cholangiohepatitis; Eosinophils; Feline; Hepatobiliary system

Colangite é caracterizada pela inflamação do trato biliar, que pode se estender ao parênquima hepático, e é uma das principais causas de insuficiência hepática em gatos. Essas doenças são classificadas de acordo com as características histopatológicas e o infiltrado inflamatório predominante. O objetivo deste trabalho é caracterizar os achados clínicos e patológicos de um caso de colangite eosinofílica em um gato. O paciente era uma fêmea, de 10 anos de idade, com histórico de emagrecimento progressivo, anorexia e mucosas ictéricas. As alterações clínicas observadas foram escore de condição corporal baixo, hipotermia leve e icterícia generalizada. Os achados ultrassonográficos foram condizentes com um quadro de colangio-hepatite associada a uma pancreatite, nos exames bioquímicos, o animal apresentava elevação acentuada das enzimas hepatobiliares (ALT, FA e GGT). No exame de necropsia, o gato apresentava acentuada icterícia de mucosa e subcutâneo, fígado com discreto aumento e difusamente alaranjado. O ducto biliar comum estava espessado, branco, firme ao toque e totalmente obstruído. A vesícula biliar estava aumentada e com conteúdo biliar espessado. Microscopicamente, obliterando o ducto cístico, havia acentuada proliferação de tecido conjuntivo fibroso e, em meio à fibrose, havia acentuada proliferação dos ductos biliares associada a acentuado infiltrado inflamatório multifocal com predomínio de eosinófilos, além de linfócitos e raros plasmócitos e macrófagos. Embora benigna em humanos, a colangite eosinofílica no felino desse caso está associada à obstrução total do colédoco pelo espessamento da parede devido à inflamação eosinofílica e proliferação de tecido conjuntivo fibroso, o que contribui para o agravamento do quadro clínico do paciente.