O valor da informação em ensaios clínicos randomizados para análises de custo-efetividade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/36794 |
Resumo: | Um dos ramos estudados pela Avaliação de Tecnologias em Saúde é a Análise de Custo-Efetividade (CEA), a qual fornece evidências para auxiliar na tomada de decisão do responsável por escolher qual a tecnologia, dentre as disponíveis para determinado fim, deve ser adotada. Um dos modelos que podem ser utilizados para coletar informações e fornecer essas evidências é o Ensaio Clínico Randomizado (RCT), que consiste em aleatorizar os pacientes da amostra a ser observada entre as tecnologias a serem comparadas. Além disso, também pode ser utilizada uma metanálise de RCTs para obter essas informações. Assim, coletam-se dados a respeito dos custos desses pacientes e dos resultados da tecnologia na saúde deles, a partir dos quais é procedida a CEA. Entretanto, antes de tomar uma decisão com base nas informações fornecidas por essa amostra, pode ser vantajoso obter mais evidências a partir de mais um RCT, dependendo dos custos dessa nova coleta e dos resultados já obtidos com a amostra inicial. Avaliar essa opção é o foco da técnica do Valor da Informação, a qual determina se uma nova amostra é útil e, em caso afirmativo, indica qual seu tamanho ótimo. Neste trabalho, essa técnica é apresentada e mostra-se como conduzi-la em RCTs realizados com vistas a proceder uma CEA para comparar duas tecnologias, nos casos em que a efetividade e o custo dos pacientes seguem distribuições Bernoulli, Normal ou Log-normal. Para ilustrar sua aplicação, foi utilizada a técnica do Valor da Informação em dados de um estudo realizado em 1999 na Espanha, que comparava 2 combinações de drogas utilizadas por pacientes de HIV assintomático. Devido à falta de algumas informações necessárias para a aplicação da técnica, foram feitas suposições sobre os dados não disponíveis, tendo em vista apenas mostrar como é posto em prática o método. O estudo apontou que a segunda tecnologia era mais cara mas também mais efetiva que a outra; porém, devido ao valor assumido que a sociedade estaria disposta a pagar pelo aumento na qualidade de vida dos pacientes, ainda assim essa seria a tecnologia escolhida para os futuros pacientes. No entanto, após aplicar a técnica do Valor da Informação, verifica-se que o valor da informação que ainda poderia ser coletada é muito maior que seu custo e, portanto, sugerir-se-ia que fosse feito mais um ensaio com 12 pacientes utilizando a primeira cobinação de drogas e 92 pacientes utilizando a segunda, para garantir maior precisão nas estimativas e maior acertividade na tomada de decisão sobre qual tratamento adotar. |
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