O valor da patologia na pesquisa de metástase do câncer de mama no linfonodo sentinela

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Xavier, Nilton Leite
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: Cerski, Carlos Thadeu Schmidt, Schwartsmann, Gilberto, Menke, Carlos Henrique, Biazús, Jorge Villanova, Cavalheiro, José Antônio Crespo, Rabin, Eliane Goldberg, Spiro, Bernardo Leão, Cericatto, Rodrigo, Bittelbrunn, Ana Cristina da Costa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/163836
Resumo: OBJETIVOS: Estudos recentes relatam que o câncer de mama drena para o primeiro linfonodo da bacia linfática regional, chamado linfonodo sentinela (LNS), e que a biópsia do LNS é uma alternativa segura para o estadiamento das pacientes com câncer de mama. Para isto, é necessário o mapeamento linfático que possibilita identificar o LNS e provar que ele é preditivo do status axilar, baseado no estudo patológico do LNS e comparado com o resultado da dissecção axilar total (LNT). MATERIAIS E MÉTODOS: De abril de 1999 a agosto de 2000, 50 pacientes com câncer de mama foram estadiadas com a biópsia do LNS, seguida de dissecção dos demais linfonodos axilares. Os autores usaram 3 técnicas para o mapeamento do LNS: linfocintilografia com tecnésio-99 m ligado ao dextran 500 e, no transoperatório, a detecção da radioatividade gama com o aparelho manual Gama Probe e, simultaneamente, o corante linfático Bleu Patent V que cora os ductos aferentes até o LNS. O estudo do LNS foi realizado em secções por congelação e depois em material fixado e embebido em parafina pelas técnicas de coloração com hematoxilina e eosina (H&E) e de imuno-histoquímica (IHQ) para citoqueratina. Os não-LNS foram estudados pela H&E RESULTADOS: A idade média das pacientes desta amostra foi 56,4 anos e mediana de 57 anos; a média do maior diâmetro tumoral foi 2,3 cm, com mediana 2,0 cm; a média de LNS dissecado foi 2,2 (limites: 1 a 5) e a média de toda axila foi 20,6 linfonodos, com mediana de 20, excisados por paciente. A H&E identificou 20 (40%) pacientes com metástase no LNS (LNS+) e 30 pacientes livres de metástase no LNS (LNS-). Com a IHQ, estas 30 pacientes mostraram um adicional de 5 com LNS+, em uma conversão de 17% (5 / 30). A taxa aumentada de ocorrência de LNS+ se correlacionou com tumores maiores do que 2,0 cm e a incidência aumentada nos não- LNS ocorreu nos tumores maiores do que 2,0 cm e nas pacientes mais jovens, com idade até 50 anos. A prevalência de LNS+ foi de 42% pela H&E. A sensibilidade do método foi 95,2%, o valor preditivo negativo de 96,6 % e a acuracidade de 98%. CONCLUSÕES: O método se mostrou factível com 2% de falso-negativos, com a H&E, sendo que há um acréscimo de estádio patológico de 17% com a IHQ e a maioria com apenas micrometástase, definida como a presença de tumor com tamanho de até 2 mm. Há previsão de acerto de 98% e isto sugere que a dissecção axilar total, em paciente sem metástase em LNS, deverá brevemente ser abandonada, na dependência da experiência do cirurgião que realiza a biópsia do LNS.
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Os autores usaram 3 técnicas para o mapeamento do LNS: linfocintilografia com tecnésio-99 m ligado ao dextran 500 e, no transoperatório, a detecção da radioatividade gama com o aparelho manual Gama Probe e, simultaneamente, o corante linfático Bleu Patent V que cora os ductos aferentes até o LNS. O estudo do LNS foi realizado em secções por congelação e depois em material fixado e embebido em parafina pelas técnicas de coloração com hematoxilina e eosina (H&E) e de imuno-histoquímica (IHQ) para citoqueratina. Os não-LNS foram estudados pela H&E RESULTADOS: A idade média das pacientes desta amostra foi 56,4 anos e mediana de 57 anos; a média do maior diâmetro tumoral foi 2,3 cm, com mediana 2,0 cm; a média de LNS dissecado foi 2,2 (limites: 1 a 5) e a média de toda axila foi 20,6 linfonodos, com mediana de 20, excisados por paciente. A H&E identificou 20 (40%) pacientes com metástase no LNS (LNS+) e 30 pacientes livres de metástase no LNS (LNS-). Com a IHQ, estas 30 pacientes mostraram um adicional de 5 com LNS+, em uma conversão de 17% (5 / 30). A taxa aumentada de ocorrência de LNS+ se correlacionou com tumores maiores do que 2,0 cm e a incidência aumentada nos não- LNS ocorreu nos tumores maiores do que 2,0 cm e nas pacientes mais jovens, com idade até 50 anos. A prevalência de LNS+ foi de 42% pela H&E. A sensibilidade do método foi 95,2%, o valor preditivo negativo de 96,6 % e a acuracidade de 98%. CONCLUSÕES: O método se mostrou factível com 2% de falso-negativos, com a H&E, sendo que há um acréscimo de estádio patológico de 17% com a IHQ e a maioria com apenas micrometástase, definida como a presença de tumor com tamanho de até 2 mm. Há previsão de acerto de 98% e isto sugere que a dissecção axilar total, em paciente sem metástase em LNS, deverá brevemente ser abandonada, na dependência da experiência do cirurgião que realiza a biópsia do LNS.OBJECTIVES: Recent studies have suggested that sentinel lymph nodes (SLN) are the first nodes that receive drainage from breast cancer. Studies also indicate that SLN biopsy is a safe alternative staging procedure for patients with breast cancer. In this sense, it is necessary to carry out lymphatic mapping in order to identify SLNs and prove that they are reliable predictors of axillary lymph node status, based on the pathologic study of SLN and compared with the results of axillary lymph node dissection (LND). MATERIALS AND METHODS: From April 1999 through August 2000, 50 patients with breast cancer were staged with sentinel lymph node biopsy followed by complete axillary dissection. Three techniques for mapping SLN were used: lymphoscintigraphy with Technetium Tc99m-labeled dextran and, during the transoperative period, detection of radioactivity with gamma probe counter and, simultaneously, blue dye for stained lymphatic ducts or nodes. The study of SLN was carried out using frozen sections and using hematoxilyn and eosin staining (H&E) and cytokeratin immunohistochemical staining (IHC). The LN were studied by standard pathologic H&E. RESULTS: These patients had a mean age of 56.4 years for a median of 57 years; the mean tumor size was 2.3 cm in diameter for a median 2.0 cm. An average 2.2 (range: 1-5) SLN were excised per patient; and 20.6 was the average of axillary lymph nodes excised. H&E identified 20 patients (40%) with SLN metastasis (SLN+) and 30 patients (60%) with metastasis-free SLN (SLN-). IHC in these 30 patients showed an additional 5 SLN positive patients. Thus, the IHC patient-SLN-conversion was of 17% (5/30). The increased rate of SLN+ was correlated with tumors greater than 2.0 cm. The increased incidence in nonsentinel nodes occurred with primary tumors greater than 2.0 cm and patients aged 50 years or less. The prevalence of SLN+ was of 42% according to H&E. Sensitivity was of 95.2%, negative predictive value of 96.6%, and accuracy of 98%. CONCLUSIONS: Results indicated that the method is reliable with 2% false-negatives (1/50) when used together with H&E. IHC indicated an upstaging of 17%, most of which were patients with micrometastasis (tumor less than 2 mm). The accuracy of SLN as a predictor of axillary lymph node was 98%. This suggests that axillary lymph node dissection may not be necessary in patients with metastasis free SLN.application/pdfporRevista HCPA. Vol. 21, n. 2 (ago. 2001), p. 151-160Neoplasias da mamaMetástase neoplásicaEstadiamento de tumoresLinfonodosBiópsiaSentinel lymph biopsyBreast cancerPrognostic factorsO valor da patologia na pesquisa de metástase do câncer de mama no linfonodo sentinelaPathological validation of sentinel lymph node metastasis in breast cancer info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000329442.pdf000329442.pdfTexto completoapplication/pdf43218http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163836/1/000329442.pdf31961a06506b2015c3bdaca3703b430bMD51TEXT000329442.pdf.txt000329442.pdf.txtExtracted Texttext/plain32298http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163836/2/000329442.pdf.txt28033b7584730f8a558e58bb325bf6a1MD52THUMBNAIL000329442.pdf.jpg000329442.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1967http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163836/3/000329442.pdf.jpg033ed425db34fadcd51fdb751697b7dbMD5310183/1638362023-07-02 03:41:25.421599oai:www.lume.ufrgs.br:10183/163836Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-07-02T06:41:25Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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