Cetáceos da cadeia Vitória-Trindade e águas adjacentes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/230442 |
Resumo: | A Cadeia Vitória-Trindade (CVT) demarca a transição entre a biota marinha tropical e subtropical no Oceano Atlântico Sul Ocidental (ASO). As características do relevo oceânico, associadas aos montes submarinos, propiciam habitats adequados para os diversos níveis tróficos, incluindo predadores de topo como os cetáceos. O presente trabalho traz resultados do primeiro esforço continuado direcionado à busca ativa de cetáceos sobre a CVT e em águas adjacentes. Foram realizados sete cruzeiros de pesquisa entre os anos de 2011 e 2015, e três eventos de permanência na Estação Científica da Ilha da Trindade (ECIT). Foram registradas pelo menos 17 espécies de cetáceos, sendo 6 da infraordem Mysticeti e 11 da infraordem Odontoceti. Sobre a CVT, foram obtidos registros atípicos, como Steno bredanensis em águas profundas, Balaenoptera bonaerensis se alimentando durante os meses de verão e o registro mais oriental de Stenella attenuata no ASO. Cinco espécies foram avistadas utilizando os arredores da Ilha da Trindade (IT), sendo duas como destino reprodutivo (Megaptera novaeangliae e Balaenoptera borealis) acompanhadas de filhotes recém-nascidos. Foi confirmada a presença de Tursiops truncatus nos arredores da Ilha da Trindade em todas as estações do ano, corroborando a existência de uma população residente em águas oceânicas da IT. A CVT parece influenciar os padrões gerais de distribuição dos cetáceos no ASO, propiciando alta produtividade em águas primordialmente oligotróficas, áreas mais rasas em meio a águas profundas e atuando como uma barreira para espécies de distribuição mais tropical. Ainda, as novas unidades de conservação marinhas implementadas sobre a CVT não parecem ser capazes de contribuir para a conservação dos cetáceos. A eliminação de possíveis habitats críticos das áreas de proteção e a falta de regulação e de restrição às atividades antrópicas de maior impacto ignoram as ameaças ide A eliminação de possíveis habitats críticos das áreas de proteção e a falta de regulação e de restrição às atividades antrópicas de maior impacto ignoram as ameaças identificáveis e que mantêm as espécies vulneráveis. |
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