Pós-verdade para quem? : fatos produzidos por uma ciência racista
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/235116 |
Resumo: | Este ensaio busca trazer reflexões sobre a construção do sistema de verdades no qual se fundamenta a Ciência Moderna e Contemporânea e, mais especificamente, como o ensino de ciências, que sempre foi pautado numa lógica científica branca que nega o conhecimento produzido por corpos negros, posiciona-se nessa discussão negacionista do “outro”. Argumentamos que, no que concerne à própria estruturação da argumentação científica e de seu status quo, a Ciência Hegemônica — eurocêntrica e branca — é, por si só, um estado de pós-verdade para pessoas negras e suas epistemologias. As atuais preocupações da comunidade branca de ensino e divulgação de ciências, em relação ao negacionismo científico e à construção de narrativas que negam as produções da ciência branca, desconsideram que esse sempre foi o comportamento que tiveram com as epistemologias negras e os conhecimentos "estrangeiros". Ao longo do texto, trazemos exemplos de conhecimentos que são tidos como fatos objetivos e, no entanto, são fatos produzidos por uma comunidade racista e segue sendo reproduzida na educação em ciências, contribuindo com a perpetuação do racismo antinegro em nossa sociedade. |
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Rosa, Katemari Diogo daAlves-Brito, AlanPinheiro, Bárbara Carine Soares2022-02-12T04:53:56Z20201677-2334http://hdl.handle.net/10183/235116001132644Este ensaio busca trazer reflexões sobre a construção do sistema de verdades no qual se fundamenta a Ciência Moderna e Contemporânea e, mais especificamente, como o ensino de ciências, que sempre foi pautado numa lógica científica branca que nega o conhecimento produzido por corpos negros, posiciona-se nessa discussão negacionista do “outro”. Argumentamos que, no que concerne à própria estruturação da argumentação científica e de seu status quo, a Ciência Hegemônica — eurocêntrica e branca — é, por si só, um estado de pós-verdade para pessoas negras e suas epistemologias. As atuais preocupações da comunidade branca de ensino e divulgação de ciências, em relação ao negacionismo científico e à construção de narrativas que negam as produções da ciência branca, desconsideram que esse sempre foi o comportamento que tiveram com as epistemologias negras e os conhecimentos "estrangeiros". Ao longo do texto, trazemos exemplos de conhecimentos que são tidos como fatos objetivos e, no entanto, são fatos produzidos por uma comunidade racista e segue sendo reproduzida na educação em ciências, contribuindo com a perpetuação do racismo antinegro em nossa sociedade.In this essay, we reflect on the construction of this system of truths on which modern and contemporary science is grounded. Specifically, we discuss how science teaching, always guided by a white scientific logic that denies knowledge produced by Black bodies, positions itself in this negationist discussion of ―otherness‖. We argue, as far as the structuring of scientific argumentation and its status quo is concerned, Hegemonic Science – Eurocentric and white – is, in itself, a post-truth state for Black people and our epistemologies. The current concerns from the white science education community, in relation to scientific negativism and the construction of narratives that deny the production of white science, disregard that this has always been the behavior they had with Black epistemologies and "foreign" knowledge. Throughout the text, we bring examples of knowledge that are taken as objective facts are, in reality, produced facts created by a racist community. These produced facts continue to be reproduced in science education, contributing to perpetuate racism in our society.application/pdfporCaderno brasileiro de ensino de física. Florianópolis. Vol. 37, n. 3 (dez. 2020), p. 1440-1468Educação científicaPós-verdadeEpistemologiaRacismoScience educationPost-truthDecolonialityScientific racismPós-verdade para quem? : fatos produzidos por uma ciência racistainfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001132644.pdf.txt001132644.pdf.txtExtracted Texttext/plain83327http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235116/2/001132644.pdf.txtf3cc055b81f1cfe212581e34f0f65d47MD52ORIGINAL001132644.pdfTexto completoapplication/pdf1148241http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235116/1/001132644.pdff2461421b6004eb2037b04597b30e796MD5110183/2351162023-05-14 03:25:06.029395oai:www.lume.ufrgs.br:10183/235116Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-05-14T06:25:06Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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