Análise da saúde mental em estudantes do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

• Autor(a) principal: Santos, Guilherme Wieczorek Pinto dos
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/198486
• topic: Informática médica; Saúde mental; Qualidade de vida; Ciência da computação; Depression; UFRGS; Stress; Anxiety

Depressão, ansiedade e estresse são sintomas altamente incapacitantes, com uma incidência recorde em nossa sociedade. Estudantes universitários são, particularmente, uma população sob risco: são, em sua maioria, jovens passando por diversas mudanças que ocorrem devido ao início da vida adulta e fazendo a transição para um ambiente competitivo e desafiador, o da universidade. Nesse trabalho, propõe-se o estudo dos sintomas de depressão, ansiedade e estresse de estudantes dos cursos de Ciência da Computação e Engenharia de Computação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi efetuada uma coleta de dados de 113 estudantes de graduação do Instituto de Informática da UFRGS. Os alunos responderam a três questionários: à ferramenta de rastreio DASS-21, a um questionário de fatores sociais e de risco e a outro sobre o ambiente acadêmico do INF e da Escola de Engenharia. Os dados obtidos foram analisados considerando a ausência (escore Normal no DASS) ou presença (demais classificações) de sintomas de depressão, ansiedade e estresse. Os fatores sociais e de risco tiveram sua associação validada por meio do Teste Qui-Quadrado e do Teste Exato de Fisher, considerando um nível de significância inferior a 0,05. As razões de possibilidades foram calculadas para cada resposta dos fatores significantes a fim de determinar as variáveis mais correlacionadas. A prevalência de sintomas brandos a muito graves encontrados foi de 77% para depressão e 56,6% para ansiedade e estresse. Os resultados indicam uma alta associação da qualidade do sono (p = 0,003 para depressão e p = 0,000 para ansiedade e estresse) e da frequência de episódios de depressão (p = 0,000) com os três sintomas; da qualidade dos relacionamentos familiares (p = 0,010) e de considerar a desistência do curso (p = 0,002) com depressão; do sexo (p = 0,013) e da identidade de gênero (p = 0,001) com ansiedade; e de ter procurado auxílio (p = 0,000 e p = 0,007, respectivamente) ou fazer acompanhamento psicológico (p = 0,001 e p = 0,010, respectivamente) com ansiedade e depressão. 84,1% dos estudantes considera que o Instituto de Informática não está oferecendo suporte a estudantes que passam por episódios desses sintomas e 91,2% acredita que existam fatores no INF associados a esses episódios. Os resultados desse estudo indicam a alta prevalência dos sintomas e indicam a necessidade de ações que possibilitem um acompanhamento maior da saúde mental dos estudantes, a fim de melhorar sua qualidade de vida.