Avaliação experimental dos efeitos combinados de corrosão e fadiga em vigas de concreto armado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Stein, Kássio Joe
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/159597
Resumo: O modal rodoviário exerce grande influência na economia brasileira. A malha rodoviária é responsável por mais da metade da movimentação anual de cargas e passageiros em território nacional. A execução de novas obras de arte especiais, ou pontes e viadutos, é seguidamente alvo de campanha eleitoral, porém a manutenção e conservação das OAEs já construídas têm ficado em segundo plano. Muitas dessas estruturas já se encontram perto do final ou além da sua vida útil de projeto. Efeitos individuais de fadiga e corrosão causam danos agressivos aos materiais que compõe o concreto armado. No entanto, quando se verifica a ocorrência associada dessas manifestações patológicas, podem ocorrer prejuízos ainda maiores a estrutura como um todo. O desgaste de um material sob a ação conjunta de corrosão e cargas cíclicas é definido como corrosão-fadiga. Esse trabalho tem como objetivo avaliar a perda de resistência mecânica de vigas de concreto armado, submetidas a efeitos de fadiga e corrosão desassociados ou/e em conjunto, visando uma comparação entre os resultados. Ao todo foram moldadas oito vigas. Duas delas serviram como testemunho, ou seja, são vigas sãs sem qualquer manifestação patológica. Duas vigas foram submetidas a ensaios de corrosão acelerada. Outras duas foram submetidas a ensaios de fadiga e as vigas restantes foram então submetidas a ensaios de corrosão e fadiga. Foi observado que as vigas fatigadas apresentaram um comportamento semelhante aos testemunhos, apesar de apresentar um deslocamento vertical mais acentuado. Quando se comparam as vigas testemunhos com as corroídas, percebe-se uma baixa redução da carga de ruptura e aumento do deslocamento vertical de 27% nas vigas com perda de massa de 14% e de 40% nas vigas com perda de massa de 9%. No entanto, quando combinados os dois efeitos, a capacidade portante das vigas diminuiu mais que 50%, o que indica um efeito sinérgico muito influente e que não pode ser desconsiderado.
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