Juventudes trans-viadas e suas performances de afeto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/29263 |
Resumo: | Este estudo analisa como as performances de afeto de grupos de jovens freqüentadores de dois espaços públicos da cidade de Porto Alegre, a saber, Arco da Redenção e trecho entre o Centro Comercial Nova Olaria e o supermercado Zaffari na Rua Lima e Silva, afetam o tempo-espaço e as pessoas circundantes onde estão inseridos. Analisa também em que medida há interpelação no comportamento dos circulantes do bairro em relação aos jovens que performatizam comportamentos vistos como dissidentes, ‘desviantes’ ‘estranhos’, ‘anômalos’ e extravagantes, e quais os efeitos desta zona de atrito. Através de observações, conversas, apontamentos em diário de campo e registro de imagens, buscou-se traçar uma relação da performance como uma linguagem cênica utilizada por movimentos de contracultura e o movimento de nomadismos juvenis que acontece em tais espaços. O aporte teórico para as reflexões estão em Silva (2008), obra inspiradora deste estudo.Tentando entender e definir melhor a juventude me deparei com o livro Culturas da Rebeldia – A Juventude em Questão de Paulo Sérgio do Carmo, ao colocar o jovem como centro de toda uma reflexão forneceu interessantes acréscimos a meus conhecimentos. Michel Foucault com a sua obra básica, História da Sexualidade me permitiu elaborar pensamentos a respeito da construção de gênero na nossa sociedade, e especialmente a pedagogia desta sexualidade, tema interessantíssimo focado por Guacira Louro no livro O Corpo Educado, no qual junto com outros mestres reflete sobre afinal como e por que se ensina o que se ensina sobre sexualidade. Como foco de meu interesse elegi o caráter performático dos momentos de troca de afeto, carinho, amor entre os jovens observados no circuito já referendado. Foram escolhidos pelo figurino, ousadia da ação e abertura que me deram para troca de idéias sobre o que acontece no espaço-tempo entre o entardecer e a noite de domingo que percorre o trajeto do Arco da Redenção e o deslocamento, o nomadismo juvenil que ocupa algumas ruas da Cidade Baixa, para aportar, com uma resistência ruidosa na frente do shopping Nova Olaria e na quadra que o separa do Supermercado Zaffari. Eles querem ser vistos. Querem ocupar o espaço que julgam por direito seu e, por conseguinte de sua forma de ser e se expressar. |
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