Reconstrução tridimensional de formas de leito de maré no Proterozóico, Formação Morro do Chapéu, supergrupo Espinhaço, Bahia

• Autor(a) principal: Ayala, Gabriel Menezes de
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/245527
• topic: Geologia costeira; Dunas; Afloramento arenítico; Formação Morro do Chapéu; Proterozoico; Tides, virtual outcrop models; Climbing dunes; Simple macroforms; Compound macroforms; Sand ridges; Sand sheets; Proterozoic

Marés são variações periódicas no nível do mar que resultam da interação da dinâmica orbital da Terra e da Lua. Os depósitos de maré apresentam características distintivas, como drapes de lama nos foresets, abundantes superfícies de reativação e padrões de paleocorrente bidirecionais. Há exemplos bem caracterizados da morfologia e morfodinâmica de formas de leito em ambientes modernos dominados por marés e de depósitos do Fanerozoico, porém, há uma lacuna no entendimento das marés no Proterozoico. Tal fato é devido ao registro sedimentar incompleto e a dificuldade de encontrar exemplos bem preservados deste Éon. O presente trabalho tem como objetivo principal o estudo das formas de leito de maré no Proterozoico, tendo como objeto de estudo os depósitos da Formação Morro do Chapéu, na Bahia. O estudo foi feito a partir da fotointerpretação de modelos virtuais de afloramento de dois blocos de rocha ornamental que registram esses depósitos. Neles foram identificados cinco elementos arquiteturais, definidos por sua geometria interna e externa: dunas cavalgantes acrescionárias, dunas cavalgantes erosivas, macroformas simples, macroformas compostas e cordões arenosos de maré. Essa associação de elementos arquiteturais remete a um lençol de areia com um padrão de paleocorrente dominante para NW, marcando um predomínio da maré vazante em relação à enchente. A escala e morfologia das formas de leito indicam que não havia grande diferença em relação às geradas em ambiente modernos, apesar das diferenças da dinâmica orbital entre Terra e Lua.