Das relações intertextuais ou do habitar da voz do outro em textos de autoria

• Autor(a) principal: Marasca, Débora Priscila
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/199970
• topic: Intertextualidade; Mídia; Interação; Texto; Intertextuality; Netflix; Media; Interaction; Text

Este trabalho tem por objetivo investigar junto a estudantes do ensino fundamental através da construção de produções textuais da tipologia narrativa a presença de elementos intertextuais a partir dos conteúdos disponibilizados pela plataforma da provedora de serviços Netflix. O trabalho divide-se em três partes: a primeira versa sobre o desenvolvimento das mídias, principalmente em se tratando da televisão que, na contemporaneidade ainda é apontada como aparelho eletrônico mais utilizado, independente do público-alvo, a segunda disserta sobre o conceito de intertextualidade e a última expõe os dados referentes à configuração do estudo e os resultados obtidos. A pesquisa é desenvolvida em uma abordagem qualitativa, segundo a estratégia de estudo de caso. A coleta de dados foi efetuada em duas turmas de nono ano de uma escola da esfera pública estadual. Os instrumentos de pesquisa utilizados foram um questionário e a análise da presença de elementos intertextuais a partir dos textos narrativos escritos. O estudo mostra, por fim, que muitos dos estudantes utilizam o conhecimento internalizado para a escrita de textos, principalmente em se tratando da tipologia narrativa, assim sendo, recorrem à memória para recordar aquilo que já visualizaram, ouviram, e isto fica claro em se tratando da verificação da quantidade de sujeitos questionados que assistem ao conteúdo disponibilizado pela Netflix e o utilizam ou afirmam utilizar como embasamento, fonte de inspiração para o desenvolvimento de produções textuais. Portanto, o estudo evidencia a presença da voz do outro nos textos de autoria dos sujeitos da pesquisa, afinal, não há escrita compreendida de forma isolada e sim, a partir do diálogo com outras anteriormente produzidas.