Avaliação da capacidade de formação de biofilme por cepas de Salmonella enteritidis e S. heidelberg isoladas de fontes avícolas em placas de poliestireno frente a diferentes temperaturas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/207325 |
Resumo: | A presença de Salmonella spp. nos plantéis avícolas gera implicâncias econômicas e em saúde pública, uma vez que é um importante agente causador de doenças transmitidas por alimentos, especialmente através do consumo da carne de frango e de ovos contaminados. Os sistemas atuais de produção de alimentos de origem animal oferecem condições ideais para a formação dos biofilmes, que funcionam como pontos de contaminação de microrganismos patogênicos. Os biofilmes contribuem com o aparecimento de surtos de infecções alimentares envolvendo Salmonella spp. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de biofilme por cepas de Salmonella pertencentes a dois sorovares frequentemente isolados de produtos avícolas, frente a diferentes temperaturas de incubação para simular as condições às quais normalmente são submetidos os produtos de origem avícola desde o campo até o momento do consumo. Foram avaliadas 70 cepas de S. Enteritidis e 49 de S. Heidelberg quanto a sua capacidade de produzir biofilme em placas de poliestireno incubadas a 37ºC. A classificação foi realizada com base nas leituras da densidade óptica dos isolados, diferenciando-os em quatro classificações: não produtores, fracamente, moderadamente ou fortemente produtores de biofilmes. As cepas classificadas como não produtoras ou como fortemente produtoras a 37ºC foram selecionadas para avaliação do seu comportamento a 3ºC e a 15ºC. 88,2% das cepas foram capazes de produzir biofilme quando testadas em temperatura de ótimo crescimento (37°C), mas apenas 10,1% se aderiram fortemente à superfície. 84,3% das cepas de S. Enteritidis e 93,9% de S. Heidelberg foram capazes de produzir biofilme a 37ºC. Entretanto, apenas S. Enteritidis se aderiu fortemente à placa de poliestireno. Quando testadas a 15ºC e a 3ºC, algumas cepas reduziram sua capacidade de adesão, enquanto outras adquiriram esta habilidade. O número de cepas fortemente produtoras de biofilme diminuiu, mas a quantidade de isolados capaz de se aderir aumentou nestas temperaturas. Os resultados demonstram que as cepas de Salmonella spp. podem aderir de forma eficaz às superfícies de poliestireno, e que a capacidade de formação de biofilme tende a variar conforme o sorovar. Entretanto, as variações entre os isolados indicam que a formação de biofilmes é cepa-dependente. A temperatura de incubação também influenciou na formação de biofilmes. Desta forma, o controle da temperatura a que são submetidos os produtos de origem avícola é essencial desde o matadouro-frigorífico até a residência do consumidor. É importante que haja um controle sanitário rígido em toda a cadeia avícola, assim como a garantia de processos de higienização eficazes na indústria de alimentos, a fim de se prevenir o aparecimento de Salmonella spp. e a sua manutenção no ambiente. |
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Souza, Sara Neves deMoraes, Hamilton Luiz de SouzaBorges, Karen Apellanis2020-05-20T03:43:07Z2015http://hdl.handle.net/10183/207325000973492A presença de Salmonella spp. nos plantéis avícolas gera implicâncias econômicas e em saúde pública, uma vez que é um importante agente causador de doenças transmitidas por alimentos, especialmente através do consumo da carne de frango e de ovos contaminados. Os sistemas atuais de produção de alimentos de origem animal oferecem condições ideais para a formação dos biofilmes, que funcionam como pontos de contaminação de microrganismos patogênicos. Os biofilmes contribuem com o aparecimento de surtos de infecções alimentares envolvendo Salmonella spp. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de biofilme por cepas de Salmonella pertencentes a dois sorovares frequentemente isolados de produtos avícolas, frente a diferentes temperaturas de incubação para simular as condições às quais normalmente são submetidos os produtos de origem avícola desde o campo até o momento do consumo. Foram avaliadas 70 cepas de S. Enteritidis e 49 de S. Heidelberg quanto a sua capacidade de produzir biofilme em placas de poliestireno incubadas a 37ºC. A classificação foi realizada com base nas leituras da densidade óptica dos isolados, diferenciando-os em quatro classificações: não produtores, fracamente, moderadamente ou fortemente produtores de biofilmes. As cepas classificadas como não produtoras ou como fortemente produtoras a 37ºC foram selecionadas para avaliação do seu comportamento a 3ºC e a 15ºC. 88,2% das cepas foram capazes de produzir biofilme quando testadas em temperatura de ótimo crescimento (37°C), mas apenas 10,1% se aderiram fortemente à superfície. 84,3% das cepas de S. Enteritidis e 93,9% de S. Heidelberg foram capazes de produzir biofilme a 37ºC. Entretanto, apenas S. Enteritidis se aderiu fortemente à placa de poliestireno. Quando testadas a 15ºC e a 3ºC, algumas cepas reduziram sua capacidade de adesão, enquanto outras adquiriram esta habilidade. O número de cepas fortemente produtoras de biofilme diminuiu, mas a quantidade de isolados capaz de se aderir aumentou nestas temperaturas. Os resultados demonstram que as cepas de Salmonella spp. podem aderir de forma eficaz às superfícies de poliestireno, e que a capacidade de formação de biofilme tende a variar conforme o sorovar. Entretanto, as variações entre os isolados indicam que a formação de biofilmes é cepa-dependente. A temperatura de incubação também influenciou na formação de biofilmes. Desta forma, o controle da temperatura a que são submetidos os produtos de origem avícola é essencial desde o matadouro-frigorífico até a residência do consumidor. É importante que haja um controle sanitário rígido em toda a cadeia avícola, assim como a garantia de processos de higienização eficazes na indústria de alimentos, a fim de se prevenir o aparecimento de Salmonella spp. e a sua manutenção no ambiente.The presence of Salmonella spp. in poultry flocks generates economic and public health implications, since it is an important causative agent of foodborne diseases, especially through consumption of poultry meat and contaminated eggs. Current systems of animal food production provides ideal conditions for biofilms formation, which act as contamination points of pathogenic microorganisms. Biofilms contribute to the foodborne outbreaks involving Salmonella spp. The aim of this study was to evaluate the biofilm production by Salmonella spp. strains belonging to two frequently isolated serotypes from poultry products, in different incubation temperatures, to simulate the conditions to which the poultry source products are usually subjected from the field to the moment of consumption. We evaluated 70 S. Enteritidis and S. 49 Heidelberg strains isolated from poultry sources and its ability to produce biofilm on polystyrene plates incubated at 37°C. The classification was based on optical density of the isolated, differentiating them into four classifications: non-producing, weak, moderate or strong producers of biofilms. Strains classified as not producer or as strong producers at 37°C were selected for assessment of its behavior to 3°C and 15°C. 88.2% of the strains were able to produce biofilm when tested in optimal growth temperature (37°C), but only 10.1% strongly adhered to the surface. 84.3% of S. Enteritidis and 93.9% of S. Heidelberg strains were able to produce biofilm at 37°C. However, only S. Enteritidis was strongly adhered to the polystyrene plate. When tested at 15°C and 3°C, some strains reduced their adhesion capacity, while others have acquired this ability. The number of strongly producing strains of biofilm decreased, but the amount of isolates able to adhering increased. The results showed Salmonella spp. strains can effectively adhere to polystyrene surfaces and the biofilm formation capacity tends to vary according to the serotype. Meanwhile, variations between isolates indicate that the biofilms formation is strain-dependent. The incubation temperature also influenced the biofilms formation. Thus, temperature control at which the poultry derived products are subjected is essential since the slaughter plant to the consumer's residence. A strict sanitary control throughout the poultry chain is important, as well as ensuring efficient cleaning processes in the food industry, in order to prevent the occurrence of Salmonella spp. and their environment maintenance.application/pdfporAviculturaSaúde públicaPoliestirenoBiofilmeSalmonella : Alimentos de origem animalSalmonellaAdhesionPolystyreneBiofilmAvaliação da capacidade de formação de biofilme por cepas de Salmonella enteritidis e S. heidelberg isoladas de fontes avícolas em placas de poliestireno frente a diferentes temperaturasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2015/1Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000973492.pdf.txt000973492.pdf.txtExtracted Texttext/plain52945http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/207325/2/000973492.pdf.txt48fe5072eb52bfee79bb768c2b55896eMD52ORIGINAL000973492.pdfTexto completoapplication/pdf628641http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/207325/1/000973492.pdf7a2657bfc866881a11db172dedd5ac10MD5110183/2073252020-05-21 03:43:35.196061oai:www.lume.ufrgs.br:10183/207325Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2020-05-21T06:43:35Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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