Prega cutânea tricipital como preditor prognóstico na insuficiência cardíaca ambulatorial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zuchinali, Priccila
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Souza, Gabriela Corrêa, Alves, Fernanda Donner, D'Almeida, Karina Sanches Machado, Goldraich, Livia Adams, Clausell, Nadine Oliveira, Rohde, Luis Eduardo Paim
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/116776
Resumo: Fundamento: A maioria dos estudos relatando o paradoxo da obesidade utiliza índice de massa corporal (IMC) para classificar obesidade. Dados avaliando o valor prognóstico de outras medidas indiretas de composição corporal são pouco explorados na insuficiência cardíaca (IC). Objetivo: Avaliar a associação entre IMC e outras medidas de composição corporal indiretas com risco de morte por todas as causas na IC. Métodos: Parâmetros antropométricos de composição corporal foram avaliados em 344 pacientes ambulatoriais com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) ≤ 50%, de uma coorte prospectiva seguida durante 30 ± 8,2 meses. A sobrevida foi avaliada por curvas de Kaplan-Meier e análise de regressão de risco proporcional de Cox. Resultados: Os pacientes eram predominantemente do sexo masculino, de etiologia não-isquêmica e com disfunção sistólica do VE moderada a grave (FEVE média de 32 ± 9%). Prega cutânea tricipital (PCT) foi o único parâmetro antropométrico associado com prognóstico, com valores significativamente menores nos pacientes que morreram (p = 0,047). Uma PCT ≥ 20 mm estava presente em 9% dos pacientes que morreram e em 22% dos vivos (p = 0,027). Na análise univariada, creatinina sérica, FEVE e classe funcional foram associadas ao risco de morte. Na regressão de Cox, PCT ≥ 20 mm foi o preditor independente mais forte de mortalidade por qualquer causa (hazard ratio: 0,36; IC 95%: 0,13-0,97; p = 0,03). Conclusão: Embora IMC seja o parâmetro antropométrico mais utilizado na prática clínica, nossos resultados sugerem que PCT pode ser um melhor preditor de mortalidade em pacientes ambulatoriais com IC. (Arq Bras Cardiol. 2013;101(5):434- 441)
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Resultados: Os pacientes eram predominantemente do sexo masculino, de etiologia não-isquêmica e com disfunção sistólica do VE moderada a grave (FEVE média de 32 ± 9%). Prega cutânea tricipital (PCT) foi o único parâmetro antropométrico associado com prognóstico, com valores significativamente menores nos pacientes que morreram (p = 0,047). Uma PCT ≥ 20 mm estava presente em 9% dos pacientes que morreram e em 22% dos vivos (p = 0,027). Na análise univariada, creatinina sérica, FEVE e classe funcional foram associadas ao risco de morte. Na regressão de Cox, PCT ≥ 20 mm foi o preditor independente mais forte de mortalidade por qualquer causa (hazard ratio: 0,36; IC 95%: 0,13-0,97; p = 0,03). Conclusão: Embora IMC seja o parâmetro antropométrico mais utilizado na prática clínica, nossos resultados sugerem que PCT pode ser um melhor preditor de mortalidade em pacientes ambulatoriais com IC. (Arq Bras Cardiol. 2013;101(5):434- 441)Background: Most reports regarding the obesity paradox have focused on body mass index (BMI) to classify obesity and the prognostic values of other indirect measurements of body composition remain poorly examined in heart failure (HF). Objective: To evaluate the association between BMI and other indirect, but easily accessible, body composition measurements associated with the risk of all-cause mortality in HF. Methods: Anthropometric parameters of body composition were assessed in 344 outpatients with a left ventricular ejection fraction (LVEF) of ≤50% from a prospective HF cohort that was followed-up for 30 ± 8.2 months. Survival was evaluated using the Kaplan–Meier method and Cox proportional hazard regression analysis. Results: HF patients were predominantly male, of non-ischemic etiology, and had moderate to severe LV systolic dysfunction (mean LVEF = 32 ± 9%). Triceps skinfold (TSF) was the only anthropometric index that was associated with HF prognosis and had significantly lower values in patients who died (p = 0.047). A TSF ≥ 20 mm was present in 9% of patients that died and 22% of those who survived (p = 0.027). Univariate analysis showed that serum creatinine level, LVEF, and NYHA class were associated with the risk of death, while Cox proportional hazard regression analysis showed that TSF ≥ 20 was a strong independent predictor of all-cause mortality (hazard ratio = 0.36; 95% confidence interval = 0.13–0.97, p = 0.03). Conclusion: Although BMI is the most widely used anthropometric parameter in clinical practice, our results suggested that TSF is a better predictive marker of mortality in HF outpatients. (Arq Bras Cardiol. 2013;101(5):434-441)application/pdfporArquivos brasileiros de cardiologia. São Paulo. Vol. 101, n. 5 (nov. 2013), p. 434-441.Insuficiência cardíacaMortalidadeÍndice de massa corporalHeart failureBody mass indexMortalityBody compositionPrega cutânea tricipital como preditor prognóstico na insuficiência cardíaca ambulatorialTriceps skinfold as a prognostic predictor in outpatient heart failure info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000942986.pdf000942986.pdfTexto completoapplication/pdf864053http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/116776/1/000942986.pdf139af399cef1e98ab6ae53f1d056c61dMD51TEXT000942986.pdf.txt000942986.pdf.txtExtracted Texttext/plain35805http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/116776/2/000942986.pdf.txt0b4cddf7a9b749c85cd1fd97bfea2945MD52THUMBNAIL000942986.pdf.jpg000942986.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1985http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/116776/3/000942986.pdf.jpgeeee2beb7e26e469ed1991684b120533MD5310183/1167762021-03-09 04:42:32.656454oai:www.lume.ufrgs.br:10183/116776Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-03-09T07:42:32Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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