Política e resistência, substantivos femininos: um olhar sobre o jornal feminista Correio da Mulher

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bampi, Mariana Pimentel
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/181702
Resumo: O presente trabalho se propõe a pesquisar o Correio da Mulher, único jornal alternativo feminista do Rio Grande do Sul, que circulou nas bancas em dezembro de 1980 e março de 1981. Não há trabalhos anteriores sobre o periódico. O corpus é constituído pela totalidade de textos (74) publicados no jornal, entre a edição 1 (29 textos) e 2 (45 textos). O estudo se baseia nos conceitos de imprensa alternativa (Kucinski) e cultura da mídia (Santaella e Kellner), além de se amparar nos estudos de jornalismo. Usando os entendimentos destes e de outros teóricos, buscamos situar relações entre o período histórico vivido pelo impresso - em plena época de reabertura política -, feminismo e como o jornal se posicionava diante da relação da mulher na sociedade a partir de seus textos, especificamente de suas reportagens, e o papel social do jornalismo em uma era de opressão às minorias e efervescência política. A abordagem metodológica cruzou a Análise de Conteúdo, de Bardin, e a história oral de Meihy. Os 74 textos foram analisados e categorizados conforme seus respectivos eixos. Em consonância, foram combinados os relatos de três jornalistas que atuaram no Correio da Mulher: Bete Portugal, Janete Jobim e Wlacyra Lisboa, entrevistadas individualmente. Identificamos a forte presença de temáticas como política e direitos das mulheres na forma, principalmente, de reportagens jornalísticas. A vida curta do jornal, de apenas duas edições, resulta de conflitos entre a direção e equipe da publicação, mas não constitui exceção entre os alternativos da época, marcados, em sua maioria, pela efemeridade.
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