Estudo do efeito tipo-antidepressivo de n-acetilcisteína no aumento de imobilidade induzido por interferon-alfa no teste de suspensão pela cauda em camundongos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Saldanha, Vanessa Pereira
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/55608
Resumo: Interferon α (IFN-α) tem sido usado em pacientes com alguns tipos de câncer ou doenças virais crônicas, como hepatite C. A terapia com essa citocina para hepatite C, apesar de eficaz, tem importantes efeitos adversos, sendo que depressão pode acometer mais da metade dos pacientes. O desenvolvimento da depressão em pacientes submetidos à imunoterapia parece estar relacionado com a ativação da enzima indolaminina 2,3-dioxigenase IDO pelo IFN-α, o que, em última análise, interfere nos sistemas serotoninérgico e glutamatérgico. A N-acetilcisteína (NAC) tem sido indicada como adjuvante na terapia com IFN-α por, aparentemente, melhorar a ação antiviral. NAC também age no SNC, e evidências sugerem possível atividade antidepressiva. Objetivo: Avaliar a atividade antidepressiva de NAC num modelo animal preditivo de atividade antidepressiva com alteração de comportamento induzida por IFN-α. Material e Métodos: Foi usado o modelo de suspensão pela cauda. Camundongos (BAlbc) (N=8-13) foram tratados com IFN-α (2400U/kg), com ou sem administração prévia de NAC (25mg/kg) ou imipramina (20mg/kg). Tempo de imobilidade analisado por ANOVA. Resultados: O tratamento agudo com IFN-α aumentou significativamente (p<0,05) o tempo de imobilidade, efeito prevenido pela administração aguda de NAC, mas não de imipramina. Conclusão: Corroborando as observações clínicas, IFN-α induziu em camundongos comportamento correlato de depressão no modelo de suspensão pela cauda. Neste modelo NAC mostrou ação tipo-antidepressiva. Um estudo mais abrangente, com várias doses e modelos experimentais, é necessário para validar estes dados preliminares. Considerando o efeito positivo de antioxidante na atividade antiviral e os efeitos adversos dos antidepressivos, justifica-se a continuidade deste estudo.
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