As formações discursivas e imaginárias em A Revolução dos Bichos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/173422 |
Resumo: | A obra de George Orwell A Revolução dos Bichos, publicada pela primeira vez em 1945, consiste numa paródia da Revolução Russa e de seus desdobramentos, cobrindo o período de 1917 até a queda do Stalinismo. Nela, os animais expulsam o tirano dono da Granja do Solar e instauram, sob o comando dos porcos, o Animalismo, sistema no qual todos animais são tidos como iguais. Trata-se, portanto, de uma fábula na qual, através da voz dos animais de uma fazenda na Inglaterra, a história do comunismo soviético é contada. Alguns personagens são baseados diretamente em líderes do Partido Comunista, como Napoleão e Bola-de-Neve, que representam Joseph Stalin e Leon Trotsky, respectivamente. Da mesma forma, há animais que podem ser identificados com segmentos da sociedade; esse é o caso do cavalo Sansão, protótipo da grande massa acrítica e manipulável. A Revolução pode ser, portanto, vista como um ataque e crítica ao fracasso da Revolução Russa. Essa novela será a fonte da qual extrairemos recortes para ilustrar como, através das formações discursivas e formações imaginárias (antecipação, relações de força e relações de sentido), sob a perspectiva da Análise do Discurso Francesa, os porcos hegemônicos, líderes do levante, usam maliciosamente a língua com o objetivo de convencer, dissuadir, enganar, confundir, oprimir, deturpar a realidade e induzir os animais a agirem de forma que eles (os porcos) obtenham vantagens sobre seus ditos “companheiros”. Como resultado, esperamos iluminar facetas a respeito das maneiras como uma classe trabalhadora ingênua e o uso da língua, enquanto instrumento de abuso de poder, podem ser vistos como um perigo para uma sociedade igualitária, livre de opressores e exploradores. |
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Gomes, Graziella SteiglederZandwais, Ana2018-03-15T02:32:14Z2005http://hdl.handle.net/10183/173422001062577A obra de George Orwell A Revolução dos Bichos, publicada pela primeira vez em 1945, consiste numa paródia da Revolução Russa e de seus desdobramentos, cobrindo o período de 1917 até a queda do Stalinismo. Nela, os animais expulsam o tirano dono da Granja do Solar e instauram, sob o comando dos porcos, o Animalismo, sistema no qual todos animais são tidos como iguais. Trata-se, portanto, de uma fábula na qual, através da voz dos animais de uma fazenda na Inglaterra, a história do comunismo soviético é contada. Alguns personagens são baseados diretamente em líderes do Partido Comunista, como Napoleão e Bola-de-Neve, que representam Joseph Stalin e Leon Trotsky, respectivamente. Da mesma forma, há animais que podem ser identificados com segmentos da sociedade; esse é o caso do cavalo Sansão, protótipo da grande massa acrítica e manipulável. A Revolução pode ser, portanto, vista como um ataque e crítica ao fracasso da Revolução Russa. Essa novela será a fonte da qual extrairemos recortes para ilustrar como, através das formações discursivas e formações imaginárias (antecipação, relações de força e relações de sentido), sob a perspectiva da Análise do Discurso Francesa, os porcos hegemônicos, líderes do levante, usam maliciosamente a língua com o objetivo de convencer, dissuadir, enganar, confundir, oprimir, deturpar a realidade e induzir os animais a agirem de forma que eles (os porcos) obtenham vantagens sobre seus ditos “companheiros”. Como resultado, esperamos iluminar facetas a respeito das maneiras como uma classe trabalhadora ingênua e o uso da língua, enquanto instrumento de abuso de poder, podem ser vistos como um perigo para uma sociedade igualitária, livre de opressores e exploradores.George Orwell‟s Animal Farm, first published in 1945, is a parody of the Russian Revolution and its unfoldings, covering the period from 1917 until the fall of Stalinism. In this novel, the animals expel the tyrant owner of Manor Farm and establish, under the command of the pigs, a system called Animalism, in which all animals are treated as equals. Therefore, this is a fable in which, through the voices of animals in a farm in England, the soviet communism is told. Some characters are directly based on leaders of the Communist Party, such as Napoleon and Snowball, who can be identified as Joseph Stalin and Leon Trotsky, respectively. There are also animals that can be identified with segments of society; this is the case of Boxer, a prototype of the manipulable and uncritical mass. Consequently, Animal Farm can be seen both as an attack and criticism of failure of the Russian Revolution. This piece of work is the source from which we will extract examples in order to illustrate, via discursive formations and imaginary formations (antecipation, force relations and meaning relations), under the perspective of the French Analysis Discourse, how the hegemonic pigs, mentors of the uprising, mischievously use language to convince, dissuade, lie, confuse, oppress and misrepresent the reality and induce the animals to act as they (the pigs) wish, this way benefitting from their so-called “comrades”. As a result, we expect to bring to light the ways in which a naive working class and the use of language, as an instrument of abusive power, can be seen as a danger to an egalitarian society, free from oppressors and exploiters.application/pdfporOrwell, George, 1903-1950. A revolução dos bichosAnálise do discursoFormação discursivaFormação imagináriaFrench Discourse AnalysisImaginary formationsDiscursive formationsAnimal FarmAs formações discursivas e imaginárias em A Revolução dos Bichosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasPorto Alegre, BR-RS2005Letras: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001062577.pdf001062577.pdfTexto completoapplication/pdf444744http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173422/1/001062577.pdfdfd6accc00f75550320db71f661556f9MD51TEXT001062577.pdf.txt001062577.pdf.txtExtracted Texttext/plain97407http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173422/2/001062577.pdf.txt1843a26cb0208ff11256d47c421ee7fbMD5210183/1734222022-08-06 04:56:33.36225oai:www.lume.ufrgs.br:10183/173422Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-08-06T07:56:33Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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