Percepções sobre natureza expressas por agricultores assentados da reforma agrária na região de Bagé (RS)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Belem, Régis da Cunha
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/156979
Resumo: No Rio Grande do Sul – estado mais meridional do Brasil –, o processo de reforma agrária foi constituído a partir da migração de agricultores sem-terra (público demandante da política), originários de uma região cuja formação social é marcada pela agricultura familiar, para áreas historicamente ocupadas por latifúndios, no Pampa, adquiridas pelo Estado. Passadas três décadas do estabelecimento dos primeiros assentamentos de reforma agrária na região de Bagé – processo que hoje abrange em torno de duas mil famílias – e no bojo do debate público sobre os resultados da reforma agrária, tem-se indagado sobre os sucessos e fracassos da experiência, particularmente no que se refere à eficácia em termos de produção agropecuária. Animais, cultivos e práticas agrícolas que compunham o saber-fazer desses camponeses na metade norte do estado não puderam simplesmente reproduzir-se no novo ambiente encontrado nas áreas de assentamento, na metade sul do estado. A pesquisa realizada conduziu o foco para as percepções destes agricultores e agricultoras sobre o novo ambiente natural sobre o qual (re)estruturaram suas vidas, distinto daquele de sua origem. Para tanto, a pesquisa a campo, realizada junto a lideranças de agricultores assentados, procurou conhecer suas interpretações sobre sua relação com a natureza a partir do estabelecimento de novas formas de produzir e viver.
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