A bailarina do espelho : construções de gênero em aulas de balé infantil

• Autor(a) principal: Rocha, Grace Fernandes da
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/178525
• topic: Bailarinas clássicas; Balé; Crianças; Mulheres

A pesquisa explora as relações entre a aula de balé clássico infantil e os estudos de gênero, como este ensino atua na vida das crianças e de que maneira isto pode estar repercutindo na sociedade em que vivemos. O objetivo consiste em investigar como as questões de gênero são trabalhadas no balé infantil. Os instrumentos da produção de dados incluem observações baseadas em uma pauta semiestruturada. Essa pauta abrange tópicos que versam sobre o estereótipo da bailarina, a descrição do ambiente e das pessoas que o envolvem e da estrutura da aula, ressaltando falas e comportamentos que emergem deste espaço. O público alvo é composto de turmas de balé infantil entre 4 e 5 anos, investigando três escolas tradicionais no ensino da modalidade em Porto Alegre. A partir destas observações, analisaram-se eixos como a arquitetura e o ambiente, a técnica, a disciplina ou indisciplinas, e a relação com gênero. Intenta-se com esta pesquisa problematizar e pensar as relações existentes nos discursos do balé infantil e o mundo atual. Por fim, não se observou ensinamentos explícitos voltados à educação das apropriadas a mulher nas aulas de baby class, mas acredita que esses ceanrsaicntaemrísetnictaoss se dão de uma maneira indireta na cultura e, portanto, o balé os reforça. Numa época contemporânea, na qual a heterogeneidade impera nos gostos, nos modos de vestir e ser, isso acaba por se refletir entre os praticantes. Assim, talvez os gêneros possam ser múltiplos mesmo numa aula de um estilo dito conservador onde se representem papeis a partir de personagens.