Definições oficiais para esportes de aventura e esportes radicais no Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/229916 |
Resumo: | De estudos monográficos sobre os detalhes da rotina de adeptos de práticas aventura que ganhavam visibilidade nas décadas de 1970 e 1980, passando pelo debate terminológico para a adoção de uma expressão que as congregasse na década de 1990; mais recentemente observam-se estudos comparativos entre modalidades e com foco em diferentes marcadores sociais da diferença, que problematizam a desigualdade nas condições de acesso e prática, e suas diferentes dimensões políticas. No Brasil, neste ínterim, uma Comissão de Esporte de Aventura do extinto Ministério do Esporte foi criada, embora não tenha logrado articulação para manter as atividades por mais de um ano. OBJETIVO: Este artigo tem como objetivo analisar a constituição e supressão das ações da Comissão de Esportes de Aventura do Ministério do Esporte, em especial a elaboração das definições oficiais para esportes de aventura e esportes radicais. MÉTODOS: Análise documental das fontes acerca da elaboração das primeiras políticas públicas brasileiras para práticas de aventura encontradas especialmente no Diário Oficial da União e websites oficiais de entidades membros da Comissão, tais como Conselho Nacional de Educação Física e Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte e entrevistas em profundidade com agentes do campo. RESULTADOS: Devido a desacordo de algumas instituições de administração esportiva com os órgãos de turismo sobre a regulamentação das práticas de aventura, o Ministério do Esporte criou, em 2006, a Comissão de Esportes de Aventura (CEAV), a pedido de seus representantes de entidades esportivas. A CEAV teve como objetivo geral a elaboração de uma padronização dos conceitos e técnicas utilizados por confederações, federações e associações já existentes no Brasil. A intenção era elaborar as mais completas normas de segurança e sustentabilidade. No entanto, a comissão encerrou atividades apenas na primeira fase do processo e seus objetivos não foram alcançados. CONCLUSÃO: Uma série de motivos desarticulou a CEAV, entre eles a reorganização do organograma do Ministério e saída do cargo dos principais agentes a apoiarem a iniciativa, além da dificuldade interna de consenso entre agentes muito diversos. |
id |
UFRGS-2_be11988f0153afc690a53ffbc3cab021 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/229916 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Bandeira, Marília MartinsAmaral, Silvia Cristina Franco2021-09-17T04:27:23Z20202318-51042318-5090http://hdl.handle.net/10183/229916001131331De estudos monográficos sobre os detalhes da rotina de adeptos de práticas aventura que ganhavam visibilidade nas décadas de 1970 e 1980, passando pelo debate terminológico para a adoção de uma expressão que as congregasse na década de 1990; mais recentemente observam-se estudos comparativos entre modalidades e com foco em diferentes marcadores sociais da diferença, que problematizam a desigualdade nas condições de acesso e prática, e suas diferentes dimensões políticas. No Brasil, neste ínterim, uma Comissão de Esporte de Aventura do extinto Ministério do Esporte foi criada, embora não tenha logrado articulação para manter as atividades por mais de um ano. OBJETIVO: Este artigo tem como objetivo analisar a constituição e supressão das ações da Comissão de Esportes de Aventura do Ministério do Esporte, em especial a elaboração das definições oficiais para esportes de aventura e esportes radicais. MÉTODOS: Análise documental das fontes acerca da elaboração das primeiras políticas públicas brasileiras para práticas de aventura encontradas especialmente no Diário Oficial da União e websites oficiais de entidades membros da Comissão, tais como Conselho Nacional de Educação Física e Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte e entrevistas em profundidade com agentes do campo. RESULTADOS: Devido a desacordo de algumas instituições de administração esportiva com os órgãos de turismo sobre a regulamentação das práticas de aventura, o Ministério do Esporte criou, em 2006, a Comissão de Esportes de Aventura (CEAV), a pedido de seus representantes de entidades esportivas. A CEAV teve como objetivo geral a elaboração de uma padronização dos conceitos e técnicas utilizados por confederações, federações e associações já existentes no Brasil. A intenção era elaborar as mais completas normas de segurança e sustentabilidade. No entanto, a comissão encerrou atividades apenas na primeira fase do processo e seus objetivos não foram alcançados. CONCLUSÃO: Uma série de motivos desarticulou a CEAV, entre eles a reorganização do organograma do Ministério e saída do cargo dos principais agentes a apoiarem a iniciativa, além da dificuldade interna de consenso entre agentes muito diversos.From monographic studies on the details of the routine of each adventure activity that gained visibility in the 1970s and 1980s, through the terminological debate on the adoption of an expression that brought them together in the 1990s, more recently, comparative studies between sports have been observed focusing on different social markers of difference and inequality in access and practice conditions and their different political dimensions. In the meantime, the Adventure Sports Commission of the now defunct Ministry of Sports of Brazil was created, although it has not been able to maintain the activities for over a year. OBJECTIVE: This article aims to analyze the constitution and suppression of the actions of the Adventure Sports Commission of the Brazilian Ministry of Sport. METHODS: Document analysis of sources on the elaboration of Brazilian public policies for adventure practices found in the Official Gazette and official websites of the National Council of Physical Education and the Brazilian College of Sport Sciences and in-depth interviews with field agents. RESULTS: Due to disagreement with the tourism authorities on the regulation of adventure sports, the Ministry of Sport created, in 2006, the Adventure Sports Commission (CEAV), at the request of representatives of sports associations. CEAV aimed to develop a standardization of the concepts and techniques used by confederations, federations and associations already existing in Brazil. The intention was to disseminate these concepts in events that sought to standardize safety and sustainability standards. However, the commission closed its activities unofficially and its objectives were not achieved. CONCLUSION: A number of reasons disrupted CEAVV, among them the reorganization of the Ministry’s organization chart and the departure of the main agents to support the initiative, as well as the internal difficulty of consensus among very diverse agents.application/pdfporCaderno de Educação Física e Esporte. Marechal Cândido Rondon. Vol. 18, no.3 (2020), p. 29-35Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, PR,. Vol. 18, no.3 (2020), p. 29-35Esporte de aventuraTurismoLazerLeisureSportTourismAdventure practicesDefinições oficiais para esportes de aventura e esportes radicais no BrasilOfficial definitions for adventure sports and radical sports in Brazil info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001131331.pdf.txt001131331.pdf.txtExtracted Texttext/plain48941http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/229916/2/001131331.pdf.txt6c9301a5e480520b2014d61a8c55b63cMD52ORIGINAL001131331.pdfTexto completoapplication/pdf444683http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/229916/1/001131331.pdf33bbeaf9f364fe29f038ae0154ce6ac0MD5110183/2299162021-10-02 04:42:46.039811oai:www.lume.ufrgs.br:10183/229916Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-10-02T07:42:46Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Definições oficiais para esportes de aventura e esportes radicais no Brasil |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Official definitions for adventure sports and radical sports in Brazil |
title |
Definições oficiais para esportes de aventura e esportes radicais no Brasil |
spellingShingle |
Definições oficiais para esportes de aventura e esportes radicais no Brasil Bandeira, Marília Martins Esporte de aventura Turismo Lazer Leisure Sport Tourism Adventure practices |
title_short |
Definições oficiais para esportes de aventura e esportes radicais no Brasil |
title_full |
Definições oficiais para esportes de aventura e esportes radicais no Brasil |
title_fullStr |
Definições oficiais para esportes de aventura e esportes radicais no Brasil |
title_full_unstemmed |
Definições oficiais para esportes de aventura e esportes radicais no Brasil |
title_sort |
Definições oficiais para esportes de aventura e esportes radicais no Brasil |
author |
Bandeira, Marília Martins |
author_facet |
Bandeira, Marília Martins Amaral, Silvia Cristina Franco |
author_role |
author |
author2 |
Amaral, Silvia Cristina Franco |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bandeira, Marília Martins Amaral, Silvia Cristina Franco |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Esporte de aventura Turismo Lazer |
topic |
Esporte de aventura Turismo Lazer Leisure Sport Tourism Adventure practices |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Leisure Sport Tourism Adventure practices |
description |
De estudos monográficos sobre os detalhes da rotina de adeptos de práticas aventura que ganhavam visibilidade nas décadas de 1970 e 1980, passando pelo debate terminológico para a adoção de uma expressão que as congregasse na década de 1990; mais recentemente observam-se estudos comparativos entre modalidades e com foco em diferentes marcadores sociais da diferença, que problematizam a desigualdade nas condições de acesso e prática, e suas diferentes dimensões políticas. No Brasil, neste ínterim, uma Comissão de Esporte de Aventura do extinto Ministério do Esporte foi criada, embora não tenha logrado articulação para manter as atividades por mais de um ano. OBJETIVO: Este artigo tem como objetivo analisar a constituição e supressão das ações da Comissão de Esportes de Aventura do Ministério do Esporte, em especial a elaboração das definições oficiais para esportes de aventura e esportes radicais. MÉTODOS: Análise documental das fontes acerca da elaboração das primeiras políticas públicas brasileiras para práticas de aventura encontradas especialmente no Diário Oficial da União e websites oficiais de entidades membros da Comissão, tais como Conselho Nacional de Educação Física e Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte e entrevistas em profundidade com agentes do campo. RESULTADOS: Devido a desacordo de algumas instituições de administração esportiva com os órgãos de turismo sobre a regulamentação das práticas de aventura, o Ministério do Esporte criou, em 2006, a Comissão de Esportes de Aventura (CEAV), a pedido de seus representantes de entidades esportivas. A CEAV teve como objetivo geral a elaboração de uma padronização dos conceitos e técnicas utilizados por confederações, federações e associações já existentes no Brasil. A intenção era elaborar as mais completas normas de segurança e sustentabilidade. No entanto, a comissão encerrou atividades apenas na primeira fase do processo e seus objetivos não foram alcançados. CONCLUSÃO: Uma série de motivos desarticulou a CEAV, entre eles a reorganização do organograma do Ministério e saída do cargo dos principais agentes a apoiarem a iniciativa, além da dificuldade interna de consenso entre agentes muito diversos. |
publishDate |
2020 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-09-17T04:27:23Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/229916 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
2318-5104 2318-5090 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001131331 |
identifier_str_mv |
2318-5104 2318-5090 001131331 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/229916 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Caderno de Educação Física e Esporte. Marechal Cândido Rondon. Vol. 18, no.3 (2020), p. 29-35 Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, PR,. Vol. 18, no.3 (2020), p. 29-35 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/229916/2/001131331.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/229916/1/001131331.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
6c9301a5e480520b2014d61a8c55b63c 33bbeaf9f364fe29f038ae0154ce6ac0 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1815447767154163712 |