Comparação entre a ocorrência da infecção por SARS-CoV-2 em profissionais da saúde e não profissionais da saúde no Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Camargo, Lincon
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/253678
Resumo: O surgimento do novo coronavírus teve forte impacto sobre todos os segmentos da sociedade. Desde então, os governantes têm adotado medidas preventivas para conter o avanço da COVID-19. Especial preocupação se tem com os profissionais da saúde, que podem estar diariamente lidando com indivíduos infectados por este novo agravo. O conhecimento sobre os fatores de risco que levam à ocorrência de infecção pelo SARS-CoV-2 a esta classe de trabalhadores se torna imprescindível à melhoria nas medidas de prevenção nos ambientes hospitalares e de atendimento básico. Objetivo: Estimar o efeito dos fatores de risco para testes positivos para SARS-CoV-2 em profissionais da saúde e não profissionais de saúde, no estado do Rio Grande do Sul (RS). Métodos: Para este estudo, foram utilizados dados secundários disponibilizados na plataforma do OpenDataSUS. O banco de dados do ESUS Notifica utilizado para este estudo é formado por 5.620.062 indivíduos moradores do estado do Rio Grande do Sul que realizaram algum tipo de teste para detectar infecção por SARS-CoV-2 entre 15 de fevereiro de 2020 e 05 de setembro de 2021. A análise utilizada foi a regressão logística com as estimativas da razão de chances e intervalos de 95% de confiança. Resultados: Profissionais da área da saúde do sexo feminino representam 74,1% dos casos positivos desta classe do RS. A faixa etária mais atingida foram os profissionais de saúde de 30–39 anos, que representam 35,1%. Os sintomas mais comuns foram tosse (45,9%), dor de garganta (38,4%), febre (30,3%) e cefaleia (28,9%). As comorbidades mais comuns foram doenças cardíacas (2,1%) e doenças respiratórias (1,9%). A chance de um profissional de saúde testar positivo para SARS-CoV-2 é 0,66 vezes a chance de um não professional da saúde testar positivo. A chance de um profissional da saúde do sexo masculino ter resultado positivo para SARS-CoV-2 é 1,20 vezes a chance de profissionais do sexo feminino. Entre relação aos sintomas, a chance de um profissional de saúde ter anosmia e dar resultado positivo para COVID-19 é 4,20 vezes a chance de não ter anosmia e ter resultado positivo. A chance de um profissional de saúde obeso testar positivo para o novo coronavírus é 1,15 vezes a chance de um profissional da saúde não obeso ou sem obesidade informada obeso ter diagnóstico positivo. Conclusão: Em comparação ao restante da população, a ocorrência de infecção pelo novo coronavírus em trabalhadores da área da saúde, no estado do Rio Grande do Sul, mostrou-se menor do que na população em geral. A chance de homens trabalhadores da saúde testarem positivo é maior do que em mulheres, mesmo o gênero feminino representando três quartos destes profissionais no estudo. Os profissionais da saúde que possuem algum tipo de fator de risco (com exceção do fator obesidade) não apresentaram maior ocorrência para a doença quando comparado a outros profissionais da área que não possuem comorbidades ou que não se sabe se tem alguma condição.
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O banco de dados do ESUS Notifica utilizado para este estudo é formado por 5.620.062 indivíduos moradores do estado do Rio Grande do Sul que realizaram algum tipo de teste para detectar infecção por SARS-CoV-2 entre 15 de fevereiro de 2020 e 05 de setembro de 2021. A análise utilizada foi a regressão logística com as estimativas da razão de chances e intervalos de 95% de confiança. Resultados: Profissionais da área da saúde do sexo feminino representam 74,1% dos casos positivos desta classe do RS. A faixa etária mais atingida foram os profissionais de saúde de 30–39 anos, que representam 35,1%. Os sintomas mais comuns foram tosse (45,9%), dor de garganta (38,4%), febre (30,3%) e cefaleia (28,9%). As comorbidades mais comuns foram doenças cardíacas (2,1%) e doenças respiratórias (1,9%). A chance de um profissional de saúde testar positivo para SARS-CoV-2 é 0,66 vezes a chance de um não professional da saúde testar positivo. A chance de um profissional da saúde do sexo masculino ter resultado positivo para SARS-CoV-2 é 1,20 vezes a chance de profissionais do sexo feminino. Entre relação aos sintomas, a chance de um profissional de saúde ter anosmia e dar resultado positivo para COVID-19 é 4,20 vezes a chance de não ter anosmia e ter resultado positivo. A chance de um profissional de saúde obeso testar positivo para o novo coronavírus é 1,15 vezes a chance de um profissional da saúde não obeso ou sem obesidade informada obeso ter diagnóstico positivo. Conclusão: Em comparação ao restante da população, a ocorrência de infecção pelo novo coronavírus em trabalhadores da área da saúde, no estado do Rio Grande do Sul, mostrou-se menor do que na população em geral. A chance de homens trabalhadores da saúde testarem positivo é maior do que em mulheres, mesmo o gênero feminino representando três quartos destes profissionais no estudo. Os profissionais da saúde que possuem algum tipo de fator de risco (com exceção do fator obesidade) não apresentaram maior ocorrência para a doença quando comparado a outros profissionais da área que não possuem comorbidades ou que não se sabe se tem alguma condição.The emergence of the new coronavirus had a strong impact on all segments of society. Since then, government officials have adopted preventive measures to contain the advance of COVID-19. Special concern is had with health professionals, who may be daily dealing with patients infected by this new disease. Knowledge about the risk factors that lead to the occurrence of SARS-CoV-2 infection in this class of workers becomes essential to improve preventive measures in hospital and primary care environments. Objective: To estimate the effect of risk factors for positive test for SARS-CoV-2 in health professionals and non-health professionals in the state of Rio Grande do Sul (RS). Methods: For this study, secondary data available on the OpenDataSUS platform were used. The ESUS Notifica database used for this study consists of 5,620,062 subjects living in the state of Rio Grande do Sul who underwent some type of test to detect SARS-CoV-2 infection between February 15, 2020 and September 5, 2021. The analysis used was logistic regression with odds ratio estimates and 95% confidence intervals. Results: Female health professionals represent 74.1% of positive cases in this class in RS. The most affected age group were health professionals aged 30–39 years, representing 35.1%. The most common symptoms were cough (45.9%), sore throat (38.4%), fever (30.3%) and headache (28.9%). The most common comorbidities were heart disease (2.1%) and respiratory disease (1.9%). The odds that a healthcare provider will test positive for SARS-CoV-2 is 0.66 times the odds that a noncaregiver will test positive. The odds of a male healthcare professional testing positive for SARS-CoV-2 is 1.20 times the odds of a female healthcare professional. Regarding symptoms, the odds of a health professional having anosmia and giving a positive result for COVID-19 is 4.20 times the odds of not having anosmia and having a positive result. The odds of an obese healthcare professional testing positive for the new coronavirus is 1.15 times the odds of an obese non-obese or non-obese healthcare professional having a positive diagnosis. Conclusion: Compared to the rest of the population, the occurrence of new coronavirus infection in healthcare workers in the state of Rio Grande do Sul was lower than in the general population. The odds of male health workers testing positive is greater than that of women, even though females represent three quarters of these professionals in the study. Health professionals who have some type of risk factor (except for the obesity factor) did not show a higher occurrence of the disease when compared to other professionals in the area who do not have comorbidities or who do not know if they have any condition.application/pdfporProfissionais da saúdeSARS-CoV-2Regressão logísticaHealth professionalsLogistic regressionCOVID-19Comparação entre a ocorrência da infecção por SARS-CoV-2 em profissionais da saúde e não profissionais da saúde no Rio Grande do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Matemática e EstatísticaPorto Alegre, BR-RS2021Estatística: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001137218.pdf.txt001137218.pdf.txtExtracted Texttext/plain88931http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/253678/2/001137218.pdf.txt0000e99116610efe6d35269995d75f28MD52ORIGINAL001137218.pdfTexto completoapplication/pdf628617http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/253678/1/001137218.pdfa096fbf1c9465176f328d74b82211d8cMD5110183/2536782023-01-15 06:07:15.062937oai:www.lume.ufrgs.br:10183/253678Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-01-15T08:07:15Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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