A autoetnografia como método criativo : experimentações com a esclerose múltipla
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/216263 |
Resumo: | A esclerose múltipla é uma doença neurológica pouco conhecida. Crô-nica e sem cura, ela causa fraqueza, fadiga e uma ampla gama de sinto-mas motores, sensoriais e visuais. Descobri o que era esclerose múltipla e ser uma doente crônica ao ser diagnosticada com a doença em 2014 e passar a lidar com o cuidado médico. Essa aprendizagem ocorreu in-telectual, mas também física e emocionalmente, pois apesar de dese-jar entender o que acontecia para tomar decisões sobre tratamentos, meus conhecimentos e desejos eram ignorados. Este artigo foca nessas experiências e nas implicações de ser uma paciente ativa. O que acon-tece quando paciente e médica discordam sobre o melhor tratamento? Como profissionais da saúde lidam com conhecimentos provenientes de outras áreas? Qual é o impacto das estruturas mediadoras da so-ciedade nas experiências de uma doença crônica? Para refletir sobre essas dinâmicas, passarei pelos diários que escrevi e pelas imagens – fotos, raios-X, ressonâncias e imagens de laboratório – que produzi du-rante os primeiros tratamentos. Meu objetivo é examinar o impacto da equipe e dos aparatos médicos na experiência de uma doença crônica. |
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Gama, Fabiene De Moraes Vasconcelos2020-12-09T04:12:46Z20200102-4302http://hdl.handle.net/10183/216263001119024A esclerose múltipla é uma doença neurológica pouco conhecida. Crô-nica e sem cura, ela causa fraqueza, fadiga e uma ampla gama de sinto-mas motores, sensoriais e visuais. Descobri o que era esclerose múltipla e ser uma doente crônica ao ser diagnosticada com a doença em 2014 e passar a lidar com o cuidado médico. Essa aprendizagem ocorreu in-telectual, mas também física e emocionalmente, pois apesar de dese-jar entender o que acontecia para tomar decisões sobre tratamentos, meus conhecimentos e desejos eram ignorados. Este artigo foca nessas experiências e nas implicações de ser uma paciente ativa. O que acon-tece quando paciente e médica discordam sobre o melhor tratamento? Como profissionais da saúde lidam com conhecimentos provenientes de outras áreas? Qual é o impacto das estruturas mediadoras da so-ciedade nas experiências de uma doença crônica? Para refletir sobre essas dinâmicas, passarei pelos diários que escrevi e pelas imagens – fotos, raios-X, ressonâncias e imagens de laboratório – que produzi du-rante os primeiros tratamentos. Meu objetivo é examinar o impacto da equipe e dos aparatos médicos na experiência de uma doença crônica.Multiple sclerosis is a little-known neurological disease. Chronic and with no cure, it causes weakness, fatigue and a wide range of motor, sensory, and visual symptoms. I found out what multiple sclerosis is and what is to be chronically ill when I was diagnosed with the dis-ease in 2014 and started to deal with treatments. This learning took place intellectually, but also physically and emotionally. Despite of my intention to understand what was going on and make decisions about treatments, my knowledge and desires were ignored. This ar-ticle focuses on those experiences and the implications of being an active patient. What happens when the patient and the doctor dis-agree about the best treatment? How do health professionals deal with knowledge from other areas? What is the impact of society’s mediating structures on the experiences of a chronic disease? To re-flect on these dynamics, I will go through the diaries I wrote and the images – photos, X-rays, resonances, and lab images – that I pro-duced during the first treatments. My goal is to examine the impact of medical staff and devices on the experience of a chronic disease.application/pdfporAnuário antropológico. Brasília, DF. Vol. 45, n. 2 (maio/ago. 2020), p. 188-208AntropologiaEtnografiaEsclerose múltiplaAutoethnographyImagesPatientMultiple sclerosisCareA autoetnografia como método criativo : experimentações com a esclerose múltiplaAutoethnography as a creative method : experimentations with multiple sclerosisinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001119024.pdf.txt001119024.pdf.txtExtracted Texttext/plain66148http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/216263/2/001119024.pdf.txt92bcf919bc1a3dc3cc83a77cc7d7bf8bMD52ORIGINAL001119024.pdfTexto completoapplication/pdf3009732http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/216263/1/001119024.pdf5a9f4d13de20b02dc8c041eb3ae94073MD5110183/2162632022-02-22 04:50:43.27475oai:www.lume.ufrgs.br:10183/216263Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-02-22T07:50:43Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A esclerose múltipla é uma doença neurológica pouco conhecida. Crô-nica e sem cura, ela causa fraqueza, fadiga e uma ampla gama de sinto-mas motores, sensoriais e visuais. Descobri o que era esclerose múltipla e ser uma doente crônica ao ser diagnosticada com a doença em 2014 e passar a lidar com o cuidado médico. Essa aprendizagem ocorreu in-telectual, mas também física e emocionalmente, pois apesar de dese-jar entender o que acontecia para tomar decisões sobre tratamentos, meus conhecimentos e desejos eram ignorados. Este artigo foca nessas experiências e nas implicações de ser uma paciente ativa. O que acon-tece quando paciente e médica discordam sobre o melhor tratamento? Como profissionais da saúde lidam com conhecimentos provenientes de outras áreas? Qual é o impacto das estruturas mediadoras da so-ciedade nas experiências de uma doença crônica? Para refletir sobre essas dinâmicas, passarei pelos diários que escrevi e pelas imagens – fotos, raios-X, ressonâncias e imagens de laboratório – que produzi du-rante os primeiros tratamentos. Meu objetivo é examinar o impacto da equipe e dos aparatos médicos na experiência de uma doença crônica. |
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