Perfil nutricional e ingestão dietética dos pacientes com câncer de esôfago submetidos à esofagectomia acompanhados no ambulatório de nutrição cirúrgica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre - HCPA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Vanessa da Silva
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/24605
Resumo: Introdução: O câncer de esôfago é uma neoplasia de grande impacto. A esofagectomia é o tratamento padrão para pacientes com tumor ressecável e condições clínicas, mas apresenta potencial risco nutricional. A maioria só é capaz de ingerir uma dieta normal após 1 ano. Objetivo: Avaliar o perfil nutricional e a ingestão dietética dos pacientes com câncer de esôfago submetidos à esofagectomia acompanhados no ambulatório de Nutrição Cirúrgica do HCPA. Métodos: Estudo transversal, avaliando 16 pacientes com até 1 ano de esofagectomia pelo IMC, perda de peso (PP), circunferência do braço (CB) e muscular do braço (CMB), dobra cutânea tricipital (DCT), proteínas séricas (albumina, transferrina e hemoglobina), porcentual de adequação de calorias e nutrientes utilizando recordatório alimentar de 24h, sintomas gastrintestinais, características socioeconômicas e clínicas. Resultados: Dos avaliados, 75% eram do sexo masculino, com idade média de 56,94 anos (±10,05), 68,75% provenientes da Grande Porto Alegre, 37,5% aposentados, 56,25% com classificação econômica C. O carcinoma epidermóide ocorreu em 56,25%, 25% realizaram quimioterapia ou radioterapia, 18,75% apresentaram fístula esofágica e em 87,5% a alimentação era por via oral exclusiva. Em 68,75%, a PP ocorreu do diagnóstico do câncer ao pós-operatório precoce. Dos 13 pacientes com PP em até 6 meses, em 69,23% essa perda foi severa. Segundo o IMC, CMB, albumina e transferrina, grande parte dos pacientes era eutrófico. A DCT e a hemoglobina foram os parâmetros que mais identificaram desnutrição. A maioria apresentou adequação da ingestão. No entanto, o tempo de esofagectomia foi negativamente correlacionado à ingestão calórica (r=-0,679; p=0,004), protéica (r=-0,660; p=0,005), lipídica (r=-0,718; p=0,002), de fósforo (r=-0,586; p=0,017) e selênio (r=-0,504; p=0,046). A disfagia foi o sintoma mais referido, sendo a média de sintomas negativamente correlacionada à ingestão calórica (r=-0,526; p=0,036) e de selênio (r=-0,587; p=0,017). Conclusão: Os esofagectomizados apresentaram expressiva PP. O uso exclusivo do IMC e dos demais parâmetros, exceto DCT e hemoglobina, indicaram prevalência baixa de desnutrição. A associação de sintomas gastrintestinais e o maior tempo de esofagectomia contribuíram significativamente para a menor adequação da ingestão. Os resultados reiteram a necessidade de acompanhamento nutricional no médio e longo prazo, e apontam para a importância do desenvolvimento de estratégias a fim de melhorar a ingestão e manter/recuperar o estado nutricional.
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