Prevalência de transtornos mentais entre jovens LGBT de Porto Alegre e São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendonça, Tauana Terra de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/220385
Resumo: Introdução: A adolescência é um período crítico para o desenvolvimento de transtornos mentais. Jovens que se identificam enquanto Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT) apresentam risco aumentado para estes transtornos quando comparados a seus pares heterossexuais. Acredita-se que o estresse de minorias tenha papel fundamental nestes desfechos. Objetivo: Estimar a prevalência de transtornos mentais entre jovens LGBT nas cidades de Porto Alegre e São Paulo. Método: Recorte transversal da segunda onda do Brazilian High Risk Cohort for Mental Conditions, que ocorreu entre 2017 e 2019. Para as análises, foram considerados apenas os indivíduos que responderam todas as perguntas sobre orientação sexual e identidade de gênero (n=1.475). O diagnóstico de transtornos mentais foi obtido através do Development and Well-being Assessment (DAWBA). Para avaliar a sexualidade, três perguntas oriundas do questionário confidencial foram utilizadas. Os dados foram submetidos a análises descritivas e inferenciais utilizando software para análises estatísticas R. A associação entre as variáveis independentes e transtornos mentais foi verificada por meio do teste Qui-Quadrado de Pearson, adotando um nível de significância de 5%. Resultados: Os jovens LGB apresentaram prevalência de 45,50% para pelo menos um transtorno mental, mostrando-se significativamente mais elevada do que a prevalência entre os heterossexuais (26,42%; χ2=30,93; p<0,001). Considerando os grupos de transtornos, os jovens LGB apresentaram prevalência significativamente maior para os transtornos de ansiedade e depressivos. Conclusão: Os resultados encontrados evidenciam a necessidade de elaboração e implementação de políticas públicas específicas para estes grupos, visando o alívio do sofrimento e adoecimento relacionados a orientação sexual. Além da luta constante contra a LGBTfobia em todos os âmbitos sociais.
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