Avaliação do escore de aderência à dieta estilo mediterrânea e suas associações com composição corporal e densidade mineral óssea em uma amostra de mulheres na pós-menopausa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Carolina Carvalho
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/188621
Resumo: A diminuição da produção de estrogênio durante a transição da menopausa tem sido associada à perda de densidade mineral óssea (DMO) e massa magra, aumentando o risco de osteoporose e fraturas. A dieta mediterrânea vem sendo associada a diversos benefícios à saúde, no entanto, poucos dados estão disponíveis sobre dieta mediterrânea e composição corporal na pós-menopausa. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar a associação entre o escore de aderência à dieta mediterrânea, a composição corporal e a DMO em uma amostra de cento e cinco mulheres pós-menopáusicas aparentemente saudáveis do sul do Brasil (idade 55,2 ± 4,9 anos, índice de massa corporal 27,2 ± 4,6 kg/m²). A DMO, % de gordura corporal e índice de massa magra apendicular (ALMI, kg/m²) foram avaliados por absorciometria de raios-x de energia dupla (DXA), taxa metabólica em repouso por calorimetria indireta, atividade física habitual por pedômetro e a ingestão dietética foi medida por um questionário de freqüência alimentar validado. A pontuação do escore da Dieta Mediterrânea (MDS) foi baseada na ingestão dos seguintes componentes da dieta: vegetais e legumes, frutas, cereais, peixes, álcool, azeite, produtos lácteos e carnes. O escore foi gerado a partir da distribuição em tercis de ingestão (tercil 1=1 ponto, tercil 2=2 pontos, tercil 3=3 pontos), exceto para lácteos e carnes, onde o maior tercil foi considerado 1 e o menor 3. O consumo de vinho sendo zero ou > 20 g de álcool/dia foi codificado como 1 e até 20g de álcool/dia codificado como 3. As participantes foram divididas de acordo com a mediana do MDS (<15 ou ≥ 15). Foram observados maiores valores de DMO da coluna (1,076 ± 0,149 vs. 0,997 ± 0,143 g/cm²; P = 0,007) e ALMI (6,6 ± 0,8 vs. 6,3 ± 0,7 kg/m²; P = 0,039) nas participantes com maior MDS. As mulheres com maior MDS tiveram mais anos de estudo [11 (5-12,7) vs. 6 (5-9 anos); P = 0,022]. Análises de regressão mostraram uma associação positiva e independente do MDS sobre a DMO da coluna (média de diferença 0.088 g/cm2, 95% CI, 0.028 - 0.147; P=0.004) e ALMI (média de diferença 0.296 kg/m2, 95% CI, 0.002 - 0.591; P=0.049); esse modelo foi ajustado para média de passos, uso de terapia de reposição hormonal prévia e história de tabagismo. Em conclusão, os resultados do presente estudo sugerem que a ingestão de um padrão alimentar de dieta estilo mediterrânea pode ser considerado como um fator de estilo de vida associado a melhor massa muscular e DMO e ser utilizado para prevenção primária de osteoporose e fraturas na pós-menopausa.
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spelling Martins, Carolina CarvalhoSpritzer, Poli MaraSilva, Thaís Rasia da2019-02-09T02:34:27Z2018http://hdl.handle.net/10183/188621001083507A diminuição da produção de estrogênio durante a transição da menopausa tem sido associada à perda de densidade mineral óssea (DMO) e massa magra, aumentando o risco de osteoporose e fraturas. A dieta mediterrânea vem sendo associada a diversos benefícios à saúde, no entanto, poucos dados estão disponíveis sobre dieta mediterrânea e composição corporal na pós-menopausa. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar a associação entre o escore de aderência à dieta mediterrânea, a composição corporal e a DMO em uma amostra de cento e cinco mulheres pós-menopáusicas aparentemente saudáveis do sul do Brasil (idade 55,2 ± 4,9 anos, índice de massa corporal 27,2 ± 4,6 kg/m²). A DMO, % de gordura corporal e índice de massa magra apendicular (ALMI, kg/m²) foram avaliados por absorciometria de raios-x de energia dupla (DXA), taxa metabólica em repouso por calorimetria indireta, atividade física habitual por pedômetro e a ingestão dietética foi medida por um questionário de freqüência alimentar validado. A pontuação do escore da Dieta Mediterrânea (MDS) foi baseada na ingestão dos seguintes componentes da dieta: vegetais e legumes, frutas, cereais, peixes, álcool, azeite, produtos lácteos e carnes. O escore foi gerado a partir da distribuição em tercis de ingestão (tercil 1=1 ponto, tercil 2=2 pontos, tercil 3=3 pontos), exceto para lácteos e carnes, onde o maior tercil foi considerado 1 e o menor 3. O consumo de vinho sendo zero ou > 20 g de álcool/dia foi codificado como 1 e até 20g de álcool/dia codificado como 3. As participantes foram divididas de acordo com a mediana do MDS (<15 ou ≥ 15). Foram observados maiores valores de DMO da coluna (1,076 ± 0,149 vs. 0,997 ± 0,143 g/cm²; P = 0,007) e ALMI (6,6 ± 0,8 vs. 6,3 ± 0,7 kg/m²; P = 0,039) nas participantes com maior MDS. As mulheres com maior MDS tiveram mais anos de estudo [11 (5-12,7) vs. 6 (5-9 anos); P = 0,022]. Análises de regressão mostraram uma associação positiva e independente do MDS sobre a DMO da coluna (média de diferença 0.088 g/cm2, 95% CI, 0.028 - 0.147; P=0.004) e ALMI (média de diferença 0.296 kg/m2, 95% CI, 0.002 - 0.591; P=0.049); esse modelo foi ajustado para média de passos, uso de terapia de reposição hormonal prévia e história de tabagismo. Em conclusão, os resultados do presente estudo sugerem que a ingestão de um padrão alimentar de dieta estilo mediterrânea pode ser considerado como um fator de estilo de vida associado a melhor massa muscular e DMO e ser utilizado para prevenção primária de osteoporose e fraturas na pós-menopausa.Declines in estrogen production during post menopause have been associated with loss in bone mineral density (BMD) and lean mass, increasing the risk for osteoporosis and fractures. Mediterranean diet (MD) has been associated with several health benefits, however, few data are available about the impact of Mediterranean diet on BMD and body composition in postmenopausal women. Therefore, the aim of this study was to investigate the association between MD score, body composition, and BMD in a sample of one hundred five postmenopausal women from Southern Brazil (age 55.2 ± 4, 9 years, body mass index 27.2 ± 4.6 kg/m²). BMD, % body fat, and appendicular lean mass index (ALMI, kg/m²) were assessed by dual-energy x-ray absorptiometry, resting metabolic rate by indirect calorimetry, habitual physical activity by pedometer, and dietary intake assessed by a validated food frequency questionnaire. Scoring of MD was based on the intake of the following dietary components: vegetables and fruits, fruits, cereals, fish, alcohol, olive oil, dairy products and meats. The score was generated from the distribution of tertiles of intake (tertil 1 = 1 point, tertil 2 = 2 points, tertil 3 = 3 points), except for dairy and meats, where the highest tertile was considered 1 and the lowest 3. Wine consumption being zero or> 20 g alcohol / day was coded as 1 and up to 20 g alcohol / day coded as 3. Participants were stratified according to median MDS (<15 or ≥ 15). Higher values of lumbar BMD (1.076 ± 0.149 vs. 0.997 ± 0.143 g/cm², P = 0.007) and ALMI (6.6 ± 0.8 vs. 6.3 ± 0.7 kg/m², P = 0.039) in participants with higher MDS. Women with higher adherence to MD had more years at school [11 (5 – 12.7) vs. 6 (5 – 9) years; P=0.022]. The regression analysis showed a positive and independent association of MDS on the lumbar BMD (mean difference 0.088 g / cm2, 95% CI, 0.028 - 0.147, P = 0.004) and ALMI (mean difference 0.296 kg / m2, 95% CI, 0.002 - 0.591, P = 0.049); this model was adjusted by the mean of steps by day, previous hormone therapy and previous smoking. In conclusion, the present results suggest that the MD pattern may be regarded as a positive lifestyle factor associated with muscle mass and BMD and could be used for prevention of osteoporosis in the post menopause.application/pdfporDieta mediterrâneaPós-menopausaComposição corporalDensidade ósseaPost-menopauseBody compositionMediterranean dietAvaliação do escore de aderência à dieta estilo mediterrânea e suas associações com composição corporal e densidade mineral óssea em uma amostra de mulheres na pós-menopausainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2018Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001083507.pdf.txt001083507.pdf.txtExtracted Texttext/plain64082http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188621/2/001083507.pdf.txt5101b8f06efd63d34f681c10e43a6f20MD52ORIGINAL001083507.pdfTexto completoapplication/pdf1197092http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188621/1/001083507.pdf296c603e35e83492838b87d771331a7fMD5110183/1886212021-05-07 04:56:52.808327oai:www.lume.ufrgs.br:10183/188621Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-05-07T07:56:52Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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