Sucesso clínico e radiográfico de pulpectomias em molares decíduos no Curso de Odontologia da UFRGS : análise preliminar de 12 meses de acompanhamento
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/142890 |
Resumo: | O presente estudo observacional longitudinal objetivou estimar a taxa de sucesso das pulpectomias realizadas pelos alunos de graduação da Faculdade de Odontologia da UFRGS (FO-UFRGS) após 12 meses de acompanhamento e relacionar características clínicas e radiográficas. A amostra constituiu-se de 40 crianças (entre 4 e 11 anos de idade) portadoras de molares decíduos com indicação de pulpectomia pelos alunos da Clínica Infanto-Juvenil. Imagens radiográficas foram obtidas ao final da pulpectomia, 3, 6 e 12 meses após. Um examinador treinado registrou a presença ou ausência de rarefação na área interradicular no exame inicial. Durante os tempos de acompanhamento, o examinador registrou se a lesão regrediu, manteve-se ou progrediu. Os exames clínicos contemplaram a presença de sinais de processo agudo (fístula, edema e mobilidade), bem como a qualidade do selamento restaurador. Para determinar as taxas de sucesso radiográfico e clínico foram geradas curvas de sobrevida com o estimador Kaplan-Meyer. Dos 21 dentes avaliados, 7 (33,3%) demonstraram regressão da lesão radiográfica, 5 (23,8%) mantiveram-se inalterados e 9 (42,9%) demonstraram progressão. O sucesso radiográfico após 12 meses foi de 36%. O sucesso radiográfico foi significativamente maior em dentes com condição inicial adequada da obturação endodôntica (75%) comparados aqueles com obturação inadequada (14%) (p=0,03). Não foram observadas diferenças significativas na taxa de sucesso radiográfico de acordo com o diagnóstico inicial da condição pulpar, número de sessões para a realização do tratamento endodôntico e número de faces da restauração. O sucesso clínico ao final de 12 meses foi de 62%, sendo significativamente maior em dentes com condição inicial adequada da obturação endodôntica. Não foram observadas diferenças significativas na taxa de sucesso clínico de acordo com a condição pulpar inicial, número de sessões e número de faces da restauração. Conclui-se que as pulpectomias realizadas no Curso de Graduação da FO-UFRGS são pouco eficazes para controlar a lesão inter-radicular em molares decíduos. É recomendável que exames de acompanhamento sejam feitos após seis meses da intervenção endodôntico. |
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Pacheco, Natália DelfinoMariath, Adriela Azevedo Souza2016-06-22T02:10:40Z2012http://hdl.handle.net/10183/142890000899587O presente estudo observacional longitudinal objetivou estimar a taxa de sucesso das pulpectomias realizadas pelos alunos de graduação da Faculdade de Odontologia da UFRGS (FO-UFRGS) após 12 meses de acompanhamento e relacionar características clínicas e radiográficas. A amostra constituiu-se de 40 crianças (entre 4 e 11 anos de idade) portadoras de molares decíduos com indicação de pulpectomia pelos alunos da Clínica Infanto-Juvenil. Imagens radiográficas foram obtidas ao final da pulpectomia, 3, 6 e 12 meses após. Um examinador treinado registrou a presença ou ausência de rarefação na área interradicular no exame inicial. Durante os tempos de acompanhamento, o examinador registrou se a lesão regrediu, manteve-se ou progrediu. Os exames clínicos contemplaram a presença de sinais de processo agudo (fístula, edema e mobilidade), bem como a qualidade do selamento restaurador. Para determinar as taxas de sucesso radiográfico e clínico foram geradas curvas de sobrevida com o estimador Kaplan-Meyer. Dos 21 dentes avaliados, 7 (33,3%) demonstraram regressão da lesão radiográfica, 5 (23,8%) mantiveram-se inalterados e 9 (42,9%) demonstraram progressão. O sucesso radiográfico após 12 meses foi de 36%. O sucesso radiográfico foi significativamente maior em dentes com condição inicial adequada da obturação endodôntica (75%) comparados aqueles com obturação inadequada (14%) (p=0,03). Não foram observadas diferenças significativas na taxa de sucesso radiográfico de acordo com o diagnóstico inicial da condição pulpar, número de sessões para a realização do tratamento endodôntico e número de faces da restauração. O sucesso clínico ao final de 12 meses foi de 62%, sendo significativamente maior em dentes com condição inicial adequada da obturação endodôntica. Não foram observadas diferenças significativas na taxa de sucesso clínico de acordo com a condição pulpar inicial, número de sessões e número de faces da restauração. Conclui-se que as pulpectomias realizadas no Curso de Graduação da FO-UFRGS são pouco eficazes para controlar a lesão inter-radicular em molares decíduos. É recomendável que exames de acompanhamento sejam feitos após seis meses da intervenção endodôntico.The present longitudinal study aimed to estimate the success rate of pulpectomy carried out by the undergraduate students of the Faculty of Dentistry at the Federal University of Rio Grande do Sul (FD-FURGS) after a twelve-month follow up period and to correlate clinical and radiographic characteristics. The sample was comprised by 40 children (between 4 and 11 years old), presenting deciduous molars with indication of pulpectomy by the students of the Pedaitric Dentistry Clinic. Radiographic images were taken at the end of the pulpectomy, and 3, 6 and 12 months later. A trained examiner recorded the presence or absence of radiolucency at the furcation at baseline. At each follow-up, the examiner recorded if the lesion had regressed, maintained or progressed. The clinical examinations included signs of acute process (fistulae, edema e mobility), as well as the quality of the restorative material. In order to determine the radiographic and clinical success rate survival curves were generated using the Kaplan-Meyer estimator. Among the 21 teeth that were assessed, 7 (33.3%) demonstrated regression of radiographic lesion, 5 (23.8%) kept unchanged and 9 (42.9%) presented progression. The radiographic success after 12 months was 36%. The radiographic success was significantly greater in teeth with adequate baseline condition of the endodontic filling (75%) when compared to those with inadequate obturation (14%) (p=0.03). There were no significant differences in the radiographic success rate according to the initial diagnostic of the pulp condition, number of sessions for endodontic treatment, and number of restoration surfaces. The clinical success after 12 months was 62%, being significantly higher in teeth with adequate baseline condition of the endodontic filling. There were also no significant differences in the clinical success rate according to the initial diagnostic of the pulp condition, number of sessions for endodontic treatment, and number of restoration surfaces. In conclusion, pulpectomies performed at the undergraduation course of the FD-FURGS have low efficacy in controlling endodontic disease in deciduous molars. It is advisable that follow-up examinations be performed six months after the endodontic treatment.application/pdfporPulpectomiaDentes decíduosRadiografiaPulpectomyDeciduous teethSucesso clínico e radiográfico de pulpectomias em molares decíduos no Curso de Odontologia da UFRGS : análise preliminar de 12 meses de acompanhamentoClinical and radiographic success of pulpectomias in primary molars in dentistry course at UFRGS : preliminary results of 12 months follow up 2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de OdontologiaPorto Alegre, BR-RS2012Odontologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000899587.pdf000899587.pdfTexto completoapplication/pdf581681http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142890/1/000899587.pdf08a454bac4adab8f90b0e48072f76ce0MD51TEXT000899587.pdf.txt000899587.pdf.txtExtracted Texttext/plain37344http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142890/2/000899587.pdf.txte20c5f892025fbea5cec85cd022517abMD52THUMBNAIL000899587.pdf.jpg000899587.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg992http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142890/3/000899587.pdf.jpg8cca9443538b68848442a2a40b19aadfMD5310183/1428902018-10-26 10:03:32.445oai:www.lume.ufrgs.br:10183/142890Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2018-10-26T13:03:32Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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