Internações na rede pública por dependência química de residentes na região metropolitana de Porto Alegre,RS (2008-2012)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Pamella Paiva
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/131214
Resumo: Introdução: A dependência química apresenta implicações sociais, psicológicas e políticas em diversos segmentos da sociedade. Além disso, aumenta gastos em tratamentos de saúde, provoca internações hospitalares e eleva índices de acidente de trabalho, de violência urbana e de mortes prematuras. Objetivo: Caracterizar as internações no SUS por dependência química, de residentes da Região Metropolitana de Porto Alegre/RS (RMPOA/RS), no período de 2008 a 2012. Metodologia: Análise das hospitalizações de diagnóstico principal CID-10 com códigos F10 a F19 referentes à dependência química na RMPOA/RS a partir dos arquivos públicos do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS). Cálculo de indicadores por sexo, faixas etárias, utilização de UTI e gastos por internação. Trabalho realizado no âmbito do projeto aprovado pelo CEP/Hospital de Clínicas de Porto Alegre sob nº 10056. Resultados: Foram identificadas 19.505 internações por dependência química de residentes na RMPA/RS entre 2008-2012, das quais 19.498 (99.9%) ocorreram em hospitais da RMPOA/RS (3.901/ano; 9.8/10.000hab./ano). O resultado foi expressivo para o sexo masculino (79,7%). A faixa etária de 20-24 anos concentrou 3.149 casos (16,3%;18,81/10.000hab./ano) e a de 25-29 anos 3.321 (17%; 18,83/10.000hab./ano), em ambos os sexos. Ocorreram 66 óbitos (0,3%). Necessitaram de UTI 11 (0,06%) pacientes. Houve apenas uma morte na UTI, do sexo feminino, entre 15-19 anos (0,6%). A média de permanência foi de 15,4 dias. Em ambos os sexos, destacaram-se as hospitalizações por transtornos mentais comportamentais devido ao uso de cocaína (homens 42,7%; mulheres 41,5%). A internação por álcool respondeu por 30,8% na população masculina e 15,9% para mulheres. O gasto médio anual do SUS foi de R$ 3,2 milhões e o valor médio por internação R$ 815,75 (R$53,03/dia). Foram gastos R$ 12,5 milhões (78,8%) com as hospitalizações do sexo masculino. Conclusões: As internações por dependência química destacam-se em adultos jovens do sexo masculino, muito raramente com utilização de UTI e baixa letalidade hospitalar geral. A dependência por cocaína é a causa de maior número de internações.
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