Achados neurológicos em crianças internadas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre por meningococcemia : estudo de 34 casos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castilhos, Kelli Ferreira
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Santos, Luciane Oliveira dos, Silva, Alexandre Rodrigues da, Ohlweiler, Lygia, Rotta, Newra Tellechea
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/255419
Resumo: O objetivo deste trabalho é relatar os principais sintomas neurológicos ocorridos no momento da admissão no hospital, bem como nas seqüelas neurológicas durante o seguimento ambulatorial, correlacionando com dados demográficos, radiológicos e eletrencefalográficos em crianças que tiveram diagnóstico clínico de meningococcemia. Os pacientes foram acompanhados no Ambulatório de Neurologia Infantil do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Resultados: Foram revisados os registros médicos de 34 crianças entre janeiro de 1997 e junho de 2000. Em 11 casos foi isolado Neisseria meningitis nos exames culturais, sendo em 3 deles do sorotipo B. Vinte e três pacientes apresentaram sintomas neurológicos .(68% dos casos). Ocorreram 3 óbitos; nenhum paciente com sintomas neurológicos foi a óbito (P = 0,04). No seguimento ambulatorial encontraram-se alterações neurológicas (um caso de hiperatividade, um de convulsões e um de lesão auditiva neurosensorial) em pacientes que não tiveram sintomas neurológicos. Conclusões: a menor mortalidade e o melhor prognóstico neurológico visto durante o seguimento ambulatorial reforçam a idéia de que a localização da meningococcemia é fator de melhor prognóstico, não só quanto à mortalidade como também quanto à morbidade. Estudos prospectivos com maior número de pacientes são necessários para validar esta observação. Aliada às estratégias de imunização, a busca de fatores de pior prognóstico abre margem para uma melhor compreensão da fisiopatologia dessa doença, bem como para investigação mais pormenorizada e tratamento adequado capaz de evitar intercorrências neurológicas a curto prazo e seqüelas tardias.
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