Luiz Leon Petit : um ousider no meio intelectual porto-alegrense (1945-51)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/37067 |
Resumo: | Luiz Leon Petit – farmacêutico, homem politicamente conservador, “conhecido anticomunista” – poderia ser apenas mais um entre tantos leitores de jornais durante o período da redemocratização, com o fim do Estado Novo. Contudo, o que mais chama atenção na trajetória do Sr. Petit não é o exercício da sua atividade profissional, mas seus escritos. O dono de um pequeno laboratório possuía um “estranho capricho”: escrever e publicar, às suas expensas, análises sobre política, economia e sociedade nos maiores jornais de Porto Alegre. Mais do que manipular remédios, Petit participava ativamente dos principais debates políticos de seu tempo, emitindo suas opiniões e fazendo denúncias, acusando autoridades e se intrometendo em polêmicas alheias, sempre invocando seu direito de cidadão ao pedir esclarecimentos. As estratégias empregadas por este outsider, com o objetivo de se inserir num lugar onde não era reconhecido por aqueles que detinham a posse dos instrumentos legítimos de discurso público – o meio intelectual porto-alegrense – são analisadas no presente trabalho. O objetivo é compreender a trajetória “intelectual” do Sr. Petit, entre os anos de 1945 e 1951, respondendo de que maneira ele atuou na sociedade de Porto Alegre e como se chocou com a intelligentsia local – o grupo de estabelecidos. Para isso, são discutidas as características do universo intelectual brasileiro daquela época, tanto no centro quanto na província; reconstruídas as redes de sociabilidade de Petit, identificando seus principais interlocutores e inimigos a partir das polêmicas em que se envolveu; e, também, são elencados os argumentos mais recorrentes de que se valeu para construiu um argumento de autoridade, na insuficiência de formas mais usuais de legitimação do discurso público. |
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