Associação entre consumo de frutose, resistência à insulina e diabetes mellitus 2

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caglioni, Jordana Alves
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/108995
Resumo: Introdução: O consumo de frutose tem aumentado significativamente nos últimos anos, em grande parte devido a um aumento no consumo de refrigerantes, outras bebidas adoçadas com frutose e alimentos industrializados que contém grande quantidade de sacarose e xarope de milho rico em frutose (High Fructose Corn Syrup - HFCS). Evidências recentes têm sugerido que uma alta ingestão de frutose na dieta pode estar relacionada ao desenvolvimento de síndrome metabólica e resistência insulínica. No entanto, esta relação não está ainda completamente elucidada. Métodos: Foram revisados artigos originais, publicados de 1994 até agosto/2014, pesquisados através do PubMed, que relatavam a associação entre o consumo de frutose e resistência à insulina e/ou diabetes tipo 2 em humanos. Resultados: Inicialmente a busca retornou 669 artigos, sendo que 19 preencheram os critérios de elegibilidade para esta revisão. Dos 19 artigos selecionados, 4 mostravam associação inversa entre frutose e DM2, HOMA-IR e ácido úrico, 12 relataram uma associação positiva entre frutose e os desfechos de interesse, e em 3 estudos não houve associação significativa. Conclusões: A literatura reforça a dieta como um dos fatores modificáveis envolvidos no desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, entre elas o diabetes tipo 2. Efeitos potenciais da alta ingestão de frutose sobre parâmetros clínicos que podem culminar em resistência à insulina e DM2 têm sido demonstrados. No entanto, tais evidências ainda são controversas e possuem limitações. Estudos de intervenção bem controlados, com seguimento de médio a longo prazo, com quantidades de frutose que se assemelhem nas quantidades e nas formas como encontradas na ingestão habitual da população são ainda necessários para produzir conclusões mais consistentes sobre a contribuição do consumo de frutose na causalidade da crescente epidemia de diabetes.
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