Avaliação do conhecimento sobre criptosporidiose em uma amostra de médicos de Porto Alegre, Rio Grande do Sul
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/52369 |
Resumo: | Introdução: A criptosporidiose, parasitose intestinal causada pelo protozoário Cryptosporidium parvum, foi descrita pela primeira vez em 1976. Desde então já houve relatos em diversos países, inclusive no Brasil. Usualmente manifesta-se com episódio agudo de diarréia aquosa prolongada, dor abdominal, náuseas e vômitos, afetando imunocomprometidos, crianças em creches e aqueles que entram em contato com água contaminada. O diagnóstico pode ser realizado com um exame parasitológico de fezes através de coloração específica, desde que seja solicitada a pesquisa do protozoário. Objetivo: Testar o grau de conhecimento sobre a doença em uma amostra de médicos de Porto Alegre (RS). Material e métodos: Contataram-se 92 médicos de um total de 411 vinculados a dois hospitais universitários de Porto Alegre, 173 da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA) e 238 do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (HSLPUC/RS), no período de julho de 1999 a agosto de 2000. A amostra abrangeu 91 especialistas: 41 da medicina interna, 11 da gastroenterologia, seis das doenças infecto-parasitárias, 18 da pediatria, oito da medicina comunitária e sete da ginecologia e obstetrícia. Os médicos foram selecionados randomicamente, e a amostra, estratificada de acordo com a quantidade de médicos por especialidade, visto que este número era significativamente diferente. Como instrumento utilizou-se um questionário (Anexo) com questões de escolha simples e múltipla, aplicado como entrevista por um dos autores (ESB), de acordo com normatizações estabelecidas. Os dados coletados foram analisados estatisticamente através do Microsoft Excel®97. Resultados: O grupo de risco mais lembrado foi o de imunocomprometidos (88/91). No entanto apenas 33/91 consideraram grupo de risco crianças em creches. O sintoma mais referido foi diarréia aquosa prolongada (70/91), seguida por dor abdominal (59/91), náuseas e vômitos (19/91). Cinqüenta e três dos entrevistados disseram que solicitariam algum teste caso suspeitassem da doença. Entretanto 33 acham que um exame parasitológico de fezes comum pode diagnosticar a doença. Entre os 91 entrevistados, somente 37 relataram não haver tratamento para a doença, e 83 admitiram que precisam de mais informações sobre a mesma. Conclusão: A criptosporidiose é uma doença pouco conhecida pelos médicos. Com isso, há o risco de sua prevalência ser subestimada em nosso meio. |
id |
UFRGS-2_c8c3a8abf58daea4f95e9efd851a4704 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/52369 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Richter, Vinícius TorresMezzari, AdelinaWiebbelling, Adilia Maria PereiraBisch, Letícia Krause SchenatoBohme, Eduardo Siaim2012-07-06T01:33:05Z20021676-2444http://hdl.handle.net/10183/52369000337693Introdução: A criptosporidiose, parasitose intestinal causada pelo protozoário Cryptosporidium parvum, foi descrita pela primeira vez em 1976. Desde então já houve relatos em diversos países, inclusive no Brasil. Usualmente manifesta-se com episódio agudo de diarréia aquosa prolongada, dor abdominal, náuseas e vômitos, afetando imunocomprometidos, crianças em creches e aqueles que entram em contato com água contaminada. O diagnóstico pode ser realizado com um exame parasitológico de fezes através de coloração específica, desde que seja solicitada a pesquisa do protozoário. Objetivo: Testar o grau de conhecimento sobre a doença em uma amostra de médicos de Porto Alegre (RS). Material e métodos: Contataram-se 92 médicos de um total de 411 vinculados a dois hospitais universitários de Porto Alegre, 173 da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA) e 238 do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (HSLPUC/RS), no período de julho de 1999 a agosto de 2000. A amostra abrangeu 91 especialistas: 41 da medicina interna, 11 da gastroenterologia, seis das doenças infecto-parasitárias, 18 da pediatria, oito da medicina comunitária e sete da ginecologia e obstetrícia. Os médicos foram selecionados randomicamente, e a amostra, estratificada de acordo com a quantidade de médicos por especialidade, visto que este número era significativamente diferente. Como instrumento utilizou-se um questionário (Anexo) com questões de escolha simples e múltipla, aplicado como entrevista por um dos autores (ESB), de acordo com normatizações estabelecidas. Os dados coletados foram analisados estatisticamente através do Microsoft Excel®97. Resultados: O grupo de risco mais lembrado foi o de imunocomprometidos (88/91). No entanto apenas 33/91 consideraram grupo de risco crianças em creches. O sintoma mais referido foi diarréia aquosa prolongada (70/91), seguida por dor abdominal (59/91), náuseas e vômitos (19/91). Cinqüenta e três dos entrevistados disseram que solicitariam algum teste caso suspeitassem da doença. Entretanto 33 acham que um exame parasitológico de fezes comum pode diagnosticar a doença. Entre os 91 entrevistados, somente 37 relataram não haver tratamento para a doença, e 83 admitiram que precisam de mais informações sobre a mesma. Conclusão: A criptosporidiose é uma doença pouco conhecida pelos médicos. Com isso, há o risco de sua prevalência ser subestimada em nosso meio.Background: Cryptosporidiosis is an intestinal parasitosis, caused by the Cryptosporidium parvum protozoa, was described, by the first time, in 1976. Since then, there already had several reports, including in Brazil. In general, it appears with a severe episode of watery diarrhea, prolonged abdomen pain, nausea and vomit, affecting immunocompromised, nursery children and people contacting contaminated water. The diagnosis can be done with a parasitological stool test with specific stain, since the protozoa search is required. Objective: The goal of this work was to test the knowledge degree on the disease in a Porto Alegre physician’s sample. In two university hospitals of Porto Alegre, the Irmandade Santa Casa de Misericórdia (ISCMPA) and St’Lucas Hospital of Pontifícia Universidade Católica of Rio Grande do Sul (HSLPUC-RS), there are 411 physicians that work on those hospitals, 173 of ISCMPA and 238 HSLPUC-RS. From 411 those, was applied an interview in 92 physicians of different specialities, from July 1999 to August 2000. Ninety one specialist physicians were interviewed: 41 in internal medicine, 11 in gastroenterology, 6 in infections parasitic diseases, 18 in pediatrics, 8 in community medicine and 7 in gynecology and obstetrics. The physicians were randomic select and stratific sample with the number for specialities physicians, since the number was diferent significatly. As an instrument was used a questinare (annex) with single and doble questions, it was applied for author (ESB) followed defined rules. The die was cast in the Microsoft Excel®97 for statistics annalysis. Results: The most remembered risk group was the immunocompromised one (88/91). However, only 33/91 consider the children in nursey as a risk group. The most remembered symptom was the prolonged watery diarrhea (70/91), followed by abdominal pain (59/91) and nausea and vomiting (19/91). Fifty three interviewed said that they would request some test if the disease were suspected. However, 33/91 they believe that a common parasitological stool test can diagnose the disease. Among 91 of the interviewed, only 37 reported that there is not a treatment for the disease and 83 admitted that they need more information about the disease. It was verified that cryptosporidiosis is a disease not well-known by the physicians, and, togheter there is the risk of its prevalence being underestimated in our environment.application/pdfporJornal brasileiro de patologia e medicina laboratorial. Rio de Janeiro. Vol. 38, n. 2 (2002), p. 119-123CriptosporidioseParasitoses intestinaisCryptosporidiosisImmunodeficiencyParasitological stool testAvaliação do conhecimento sobre criptosporidiose em uma amostra de médicos de Porto Alegre, Rio Grande do SulEvaluation of knowledge about cryptosporidiosis in a sample of physichians from Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000337693.pdf000337693.pdfTexto completoapplication/pdf159864http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/52369/1/000337693.pdffb681b3e0af52cb8e601abbd74361eb6MD51TEXT000337693.pdf.txt000337693.pdf.txtExtracted Texttext/plain22162http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/52369/2/000337693.pdf.txt4ec836828eb4f2c13fc36698e254efd0MD52THUMBNAIL000337693.pdf.jpg000337693.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2054http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/52369/3/000337693.pdf.jpgf8305c881d15f483c8683c39fd2e8865MD5310183/523692019-06-21 02:34:19.950449oai:www.lume.ufrgs.br:10183/52369Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-06-21T05:34:19Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Avaliação do conhecimento sobre criptosporidiose em uma amostra de médicos de Porto Alegre, Rio Grande do Sul |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Evaluation of knowledge about cryptosporidiosis in a sample of physichians from Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil |
title |
Avaliação do conhecimento sobre criptosporidiose em uma amostra de médicos de Porto Alegre, Rio Grande do Sul |
spellingShingle |
Avaliação do conhecimento sobre criptosporidiose em uma amostra de médicos de Porto Alegre, Rio Grande do Sul Richter, Vinícius Torres Criptosporidiose Parasitoses intestinais Cryptosporidiosis Immunodeficiency Parasitological stool test |
title_short |
Avaliação do conhecimento sobre criptosporidiose em uma amostra de médicos de Porto Alegre, Rio Grande do Sul |
title_full |
Avaliação do conhecimento sobre criptosporidiose em uma amostra de médicos de Porto Alegre, Rio Grande do Sul |
title_fullStr |
Avaliação do conhecimento sobre criptosporidiose em uma amostra de médicos de Porto Alegre, Rio Grande do Sul |
title_full_unstemmed |
Avaliação do conhecimento sobre criptosporidiose em uma amostra de médicos de Porto Alegre, Rio Grande do Sul |
title_sort |
Avaliação do conhecimento sobre criptosporidiose em uma amostra de médicos de Porto Alegre, Rio Grande do Sul |
author |
Richter, Vinícius Torres |
author_facet |
Richter, Vinícius Torres Mezzari, Adelina Wiebbelling, Adilia Maria Pereira Bisch, Letícia Krause Schenato Bohme, Eduardo Siaim |
author_role |
author |
author2 |
Mezzari, Adelina Wiebbelling, Adilia Maria Pereira Bisch, Letícia Krause Schenato Bohme, Eduardo Siaim |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Richter, Vinícius Torres Mezzari, Adelina Wiebbelling, Adilia Maria Pereira Bisch, Letícia Krause Schenato Bohme, Eduardo Siaim |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Criptosporidiose Parasitoses intestinais |
topic |
Criptosporidiose Parasitoses intestinais Cryptosporidiosis Immunodeficiency Parasitological stool test |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Cryptosporidiosis Immunodeficiency Parasitological stool test |
description |
Introdução: A criptosporidiose, parasitose intestinal causada pelo protozoário Cryptosporidium parvum, foi descrita pela primeira vez em 1976. Desde então já houve relatos em diversos países, inclusive no Brasil. Usualmente manifesta-se com episódio agudo de diarréia aquosa prolongada, dor abdominal, náuseas e vômitos, afetando imunocomprometidos, crianças em creches e aqueles que entram em contato com água contaminada. O diagnóstico pode ser realizado com um exame parasitológico de fezes através de coloração específica, desde que seja solicitada a pesquisa do protozoário. Objetivo: Testar o grau de conhecimento sobre a doença em uma amostra de médicos de Porto Alegre (RS). Material e métodos: Contataram-se 92 médicos de um total de 411 vinculados a dois hospitais universitários de Porto Alegre, 173 da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA) e 238 do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (HSLPUC/RS), no período de julho de 1999 a agosto de 2000. A amostra abrangeu 91 especialistas: 41 da medicina interna, 11 da gastroenterologia, seis das doenças infecto-parasitárias, 18 da pediatria, oito da medicina comunitária e sete da ginecologia e obstetrícia. Os médicos foram selecionados randomicamente, e a amostra, estratificada de acordo com a quantidade de médicos por especialidade, visto que este número era significativamente diferente. Como instrumento utilizou-se um questionário (Anexo) com questões de escolha simples e múltipla, aplicado como entrevista por um dos autores (ESB), de acordo com normatizações estabelecidas. Os dados coletados foram analisados estatisticamente através do Microsoft Excel®97. Resultados: O grupo de risco mais lembrado foi o de imunocomprometidos (88/91). No entanto apenas 33/91 consideraram grupo de risco crianças em creches. O sintoma mais referido foi diarréia aquosa prolongada (70/91), seguida por dor abdominal (59/91), náuseas e vômitos (19/91). Cinqüenta e três dos entrevistados disseram que solicitariam algum teste caso suspeitassem da doença. Entretanto 33 acham que um exame parasitológico de fezes comum pode diagnosticar a doença. Entre os 91 entrevistados, somente 37 relataram não haver tratamento para a doença, e 83 admitiram que precisam de mais informações sobre a mesma. Conclusão: A criptosporidiose é uma doença pouco conhecida pelos médicos. Com isso, há o risco de sua prevalência ser subestimada em nosso meio. |
publishDate |
2002 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2002 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2012-07-06T01:33:05Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/52369 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
1676-2444 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000337693 |
identifier_str_mv |
1676-2444 000337693 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/52369 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Jornal brasileiro de patologia e medicina laboratorial. Rio de Janeiro. Vol. 38, n. 2 (2002), p. 119-123 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/52369/1/000337693.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/52369/2/000337693.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/52369/3/000337693.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
fb681b3e0af52cb8e601abbd74361eb6 4ec836828eb4f2c13fc36698e254efd0 f8305c881d15f483c8683c39fd2e8865 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1815447462941294592 |