Influência do índice glicêmico das refeições pré-exercício no desempenho : uma revisão sistemática

• Autor(a) principal: Ferrugem, Laura Camargo
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/184752
• topic: Índice glicêmico; Exercício; Metabolismo dos carboidratos

No exercício físico o carboidrato é essencial para o fornecimento energético ao cérebro e como substrato para o trabalho muscular. Neste sentido, algumas estratégias para melhorar o desempenho no exercício são baseadas na manipulação do carboidrato ingerido e no seu índice glicêmico, do qual tem sido investigada a influência da refeição pré-exercício. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar o impacto do índice glicêmico da refeição pré-treino no desempenho físico. Para isto, foi conduzida uma revisão sistemática realizada nas bases de dados Pubmed e Biblioteca Virtual em Saúde, sendo incluídos ensaios clínicos randomizados, realizados com indivíduos saudáveis, entre 2006 e 2016, considerando o desempenho físico como desfecho obrigatório. Foram incluídos 22 estudos, os quais tiveram médias de uso de 1-2 g/kg de carboidrato nas refeições de intervenção e de oferta 2 horas antes do exercício. Dos estudos avaliados apenas seis encontraram diferença no desempenho, medido por meio do tempo para completar o exercício, tempo até exaustão, número de sprints ou distância do mesmo e potência, sendo que destes quatro trabalhos foram com ingestão de refeição com baixo índice glicêmico e apenas dois com alto índice glicêmico. O principal achado desta revisão foi de que o índice glicêmico da refeição pré-exercício não promoveu melhora no desempenho do indivíduo ao realizar o esporte, visto que uma minoria dos trabalhos avaliados mostrou diferenças neste parâmetro seja com alto ou baixo IG. Os resultados encontrados foram mistos e contraditórios, além dos estudos utilizarem metodologias e práticas esportivas muito heterogêneas. Conclui-se então que não há vantagens claras na determinação de um IG específico para esta refeição, sendo necessários mais estudos para produzir conclusões robustas e com maiores embasamentos.