Uma análise dos sistemas de galáxias satélites e aglomerados estelares do halo galáctico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Razera, Roberta Ferreira
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/206714
Resumo: Neste trabalho, atualizamos o censo de galáxias anãs e aglomerados fracos do halo da Via Láctea com base nas descobertas mais recentes e revisamos aspectos relacionados a este sistema, incluindo (a) as limitações do modelo padrão cosmológico e o papel crucial dos satélites da Via Láctea neste contexto (b) distribuição espacial e no espaço de fase (c) sua função de luminosidade (d) análise comparativa com a galáxia de Andrômeda. Para isso foi feita uma extensa busca na literatura por novos objetos e suas propriedades físicas. Dentre os aspectos estudados, um dos principais é a confirmação de que existe uma falta de objetos no limite de baixas luminosidades (devido aos limites de detecção dos grandes levantamentos de dados), o que fica evidenciado em gráficos de magnitude absoluta na banda V em função da distância Galactocêntrica. Vimos a relação do tamanho dos satélites em função da sua distância ao centro da Galáxia (MW), mostrando que os objetos mais compactos são aqueles mais próximos de nós, remetendo a efeitos de maré da Galáxia. Também estudamos a estrutura planar em que se encontram as anãs da MW (estrutura VPOS) e observamos que até mesmo os aglomerados fracos do halo se situam nesta estrutura. Analisando a função de luminosidade de satélites da MW, vimos que os satélites variam bastante em luminosidade e estão perto dos limites de detecção de diversos surveys com que foram descobertos, de forma que a função de luminosidade destes objetos não pode ser calculada com grande confiabilidade no domínio de baixas luminosidades. Também fizemos uma análise comparativa entre MW e a galáxia de Andrômeda (M31), e vimos que, em M31, objetos com magnitudes MV > −4 ainda não foram descobertos. A comparação no espaço de metalicidade por magnitude absoluta V mostrou que M31 possui um halo mais rico em metais e, portanto, isso indica que sua massa seja maior em comparação à da MW. Por fim, vimos também que os satélites de M31 (assim como na MW) não se encontram distribuídos aleatoriamente pelo halo, conforme predito pelo modelo cosmológico ΛCDM, mas sim orbitam em planos preferenciais que se estendem por ≈ 200kpc no caso da M31 e ≈ 400 kpc no caso da MW.
id UFRGS-2_cc56471ae7948f2c798b0e0558a1cd12
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/206714
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Razera, Roberta FerreiraSantiago, Basilio Xavier2020-03-12T04:14:18Z2020http://hdl.handle.net/10183/206714001112834Neste trabalho, atualizamos o censo de galáxias anãs e aglomerados fracos do halo da Via Láctea com base nas descobertas mais recentes e revisamos aspectos relacionados a este sistema, incluindo (a) as limitações do modelo padrão cosmológico e o papel crucial dos satélites da Via Láctea neste contexto (b) distribuição espacial e no espaço de fase (c) sua função de luminosidade (d) análise comparativa com a galáxia de Andrômeda. Para isso foi feita uma extensa busca na literatura por novos objetos e suas propriedades físicas. Dentre os aspectos estudados, um dos principais é a confirmação de que existe uma falta de objetos no limite de baixas luminosidades (devido aos limites de detecção dos grandes levantamentos de dados), o que fica evidenciado em gráficos de magnitude absoluta na banda V em função da distância Galactocêntrica. Vimos a relação do tamanho dos satélites em função da sua distância ao centro da Galáxia (MW), mostrando que os objetos mais compactos são aqueles mais próximos de nós, remetendo a efeitos de maré da Galáxia. Também estudamos a estrutura planar em que se encontram as anãs da MW (estrutura VPOS) e observamos que até mesmo os aglomerados fracos do halo se situam nesta estrutura. Analisando a função de luminosidade de satélites da MW, vimos que os satélites variam bastante em luminosidade e estão perto dos limites de detecção de diversos surveys com que foram descobertos, de forma que a função de luminosidade destes objetos não pode ser calculada com grande confiabilidade no domínio de baixas luminosidades. Também fizemos uma análise comparativa entre MW e a galáxia de Andrômeda (M31), e vimos que, em M31, objetos com magnitudes MV > −4 ainda não foram descobertos. A comparação no espaço de metalicidade por magnitude absoluta V mostrou que M31 possui um halo mais rico em metais e, portanto, isso indica que sua massa seja maior em comparação à da MW. Por fim, vimos também que os satélites de M31 (assim como na MW) não se encontram distribuídos aleatoriamente pelo halo, conforme predito pelo modelo cosmológico ΛCDM, mas sim orbitam em planos preferenciais que se estendem por ≈ 200kpc no caso da M31 e ≈ 400 kpc no caso da MW.In this paper, we update the census of Milky Way dwarf galaxies and faint halo clusters based on the latest findings, and review aspects related to this system, including (a) the limitations of the standard cosmological model and the crucial role of Milky Way satellites in this context (b) spatial and phase space distribution (c) its luminosity function (d) comparative analysis with the Andromeda galaxy. For that purpose we have made an extensive literature search for newly discovered objects and their physical properties. One of the main issues found is the evidence of a lack of objects in the faint luminosity regime (due to the surveys detection limitations), which we can clearly see in the plot of visual absolute magnitude as a function of the Galactocentric distance. We investigated the relationship between size of the satellites and their distance to the center of the Galaxy (MW), showing that the most compact objects are those closest to us, which we is the expected result of Galactic tidal effects. We also studied the planar structure of the MW dwarfs (VPOS) and found that even the faint halo clusters are preferentially found in this structure. Analyzing the luminosity function of the MW, we have seen that satellites vary over a large range of luminosities, and are close to the detection limits of the surveys that led to their discovery, meaning that the luminosity function of these objects cannot yet be reliably inferred at the faint end. We also did a comparative analysis between MW and the Andromeda galaxy (M31). We were able to see that in M31 objects with magnitudes MV > −4 are yet to be discovered. By analysing the plots in metallicity vs. absolute magnitude V space, we conclude that M31 has a metal richer halo, which is an indication that M31 is more massive than the the MW. Finally, we also observed that M31 (as well as MW) satellites are not randomly distributed around the halo, as predicted by the cosmological model Λ CDM. Instead, they orbit within a preferential plane that extends for ≈ 200 kpc for the M31, while that of the MW reaches as far as and ≈ 400 kpc.application/pdfporGaláxias anãsAglomerados globularesVia lácteaDwarf galaxiesSatellite galaxiesGlobular clustersFaint halo clustersUma análise dos sistemas de galáxias satélites e aglomerados estelares do halo galácticoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de FísicaPorto Alegre, BR-RS2020Astrofísica: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001112834.pdf.txt001112834.pdf.txtExtracted Texttext/plain98170http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/206714/2/001112834.pdf.txt104818a4fd5b2410c6a2695eac593143MD52ORIGINAL001112834.pdfTexto completoapplication/pdf2978349http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/206714/1/001112834.pdf5841a4210a73d36353f298fa67cecf0cMD5110183/2067142020-03-13 04:16:53.994665oai:www.lume.ufrgs.br:10183/206714Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2020-03-13T07:16:53Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Uma análise dos sistemas de galáxias satélites e aglomerados estelares do halo galáctico
title Uma análise dos sistemas de galáxias satélites e aglomerados estelares do halo galáctico
spellingShingle Uma análise dos sistemas de galáxias satélites e aglomerados estelares do halo galáctico
Razera, Roberta Ferreira
Galáxias anãs
Aglomerados globulares
Via láctea
Dwarf galaxies
Satellite galaxies
Globular clusters
Faint halo clusters
title_short Uma análise dos sistemas de galáxias satélites e aglomerados estelares do halo galáctico
title_full Uma análise dos sistemas de galáxias satélites e aglomerados estelares do halo galáctico
title_fullStr Uma análise dos sistemas de galáxias satélites e aglomerados estelares do halo galáctico
title_full_unstemmed Uma análise dos sistemas de galáxias satélites e aglomerados estelares do halo galáctico
title_sort Uma análise dos sistemas de galáxias satélites e aglomerados estelares do halo galáctico
author Razera, Roberta Ferreira
author_facet Razera, Roberta Ferreira
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Razera, Roberta Ferreira
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Santiago, Basilio Xavier
contributor_str_mv Santiago, Basilio Xavier
dc.subject.por.fl_str_mv Galáxias anãs
Aglomerados globulares
Via láctea
topic Galáxias anãs
Aglomerados globulares
Via láctea
Dwarf galaxies
Satellite galaxies
Globular clusters
Faint halo clusters
dc.subject.eng.fl_str_mv Dwarf galaxies
Satellite galaxies
Globular clusters
Faint halo clusters
description Neste trabalho, atualizamos o censo de galáxias anãs e aglomerados fracos do halo da Via Láctea com base nas descobertas mais recentes e revisamos aspectos relacionados a este sistema, incluindo (a) as limitações do modelo padrão cosmológico e o papel crucial dos satélites da Via Láctea neste contexto (b) distribuição espacial e no espaço de fase (c) sua função de luminosidade (d) análise comparativa com a galáxia de Andrômeda. Para isso foi feita uma extensa busca na literatura por novos objetos e suas propriedades físicas. Dentre os aspectos estudados, um dos principais é a confirmação de que existe uma falta de objetos no limite de baixas luminosidades (devido aos limites de detecção dos grandes levantamentos de dados), o que fica evidenciado em gráficos de magnitude absoluta na banda V em função da distância Galactocêntrica. Vimos a relação do tamanho dos satélites em função da sua distância ao centro da Galáxia (MW), mostrando que os objetos mais compactos são aqueles mais próximos de nós, remetendo a efeitos de maré da Galáxia. Também estudamos a estrutura planar em que se encontram as anãs da MW (estrutura VPOS) e observamos que até mesmo os aglomerados fracos do halo se situam nesta estrutura. Analisando a função de luminosidade de satélites da MW, vimos que os satélites variam bastante em luminosidade e estão perto dos limites de detecção de diversos surveys com que foram descobertos, de forma que a função de luminosidade destes objetos não pode ser calculada com grande confiabilidade no domínio de baixas luminosidades. Também fizemos uma análise comparativa entre MW e a galáxia de Andrômeda (M31), e vimos que, em M31, objetos com magnitudes MV > −4 ainda não foram descobertos. A comparação no espaço de metalicidade por magnitude absoluta V mostrou que M31 possui um halo mais rico em metais e, portanto, isso indica que sua massa seja maior em comparação à da MW. Por fim, vimos também que os satélites de M31 (assim como na MW) não se encontram distribuídos aleatoriamente pelo halo, conforme predito pelo modelo cosmológico ΛCDM, mas sim orbitam em planos preferenciais que se estendem por ≈ 200kpc no caso da M31 e ≈ 400 kpc no caso da MW.
publishDate 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-03-12T04:14:18Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2020
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/206714
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001112834
url http://hdl.handle.net/10183/206714
identifier_str_mv 001112834
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/206714/2/001112834.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/206714/1/001112834.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 104818a4fd5b2410c6a2695eac593143
5841a4210a73d36353f298fa67cecf0c
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224594512674816