Ruptura do ligamento cruzado cranial em cães : estudo retrospectivo (2014 – 2016)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/178228 |
Resumo: | A ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCCr) é uma das lesões mais comuns nos membros pélvicos da espécie canina. Pode ser completa com visível instabilidade ou parcial com instabilidade em menor grau. A instabilidade da articulação do joelho surge em decorrência da ruptura do ligamento, causando uma cascata inflamatória, alterações degenerativas e claudicação nos cães. A gravidade da degeneração parece ser diretamente proporcional ao porte e a idade. Anormalidades de conformação e as artropatias imunomediadas são associadas com a ruptura deste ligamento. O objetivo do estudo foi caracterizar o perfil da população de cães acometidos por RLCCr atendidos pelo Serviço de Ortopedia e Traumatologia Veterinária do Hospital de Clínicas Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul no período compreendido entre outubro de 2014 e outubro de 2016. Sendo considerados os seguintes fatores: ruptura ligamentar uni ou bilateral, raça, idade, gênero, estado reprodutivo, escore de condição corporal, peso corporal, ambiente, presença concomitante de luxação de patela e/ou displasia coxofemoral. A base dos dados foi a análise de prontuários de 104 cães com diagnóstico clínico de RLCCr. Os resultados mostraram que a RLCCr unilateral foi a mais frequente (89,42%) e que 6,73% desses casos apresentaram RLCCr no membro contralateral, após um período médio de 5 meses. Presença de luxação de patela ou displasia coxofemoral concomitante a RLCCr foram identificadas em 25% e 22,11% dos casos, respectivamente. Os animais sem raça definida foram os de maior ocorrência, com 42,31% dos casos, seguidos da raça Poodle (9,62%), Labrador (6,85%), Pitbull (6,85%), Yorkshire (4,81%), Boxer (3,85%), Bulldog inglês (3,85%), Lhasa apso (3,85%) e Chow-chow (3,85%). A média de idade que ocorreu a ruptura foi de 6,78 anos. As fêmeas (54,81%) foram mais acometidas. Com relação ao estado reprodutivo a maior prevalência foi em fêmeas castradas (45,19%). Quanto ao ambiente, 64,42% dos cães residiam em casa. Em relação ao porte, 58,93% dos cães de grande porte tinham menos de sete anos e 48,89% dos de pequeno porte apresentavam mais de sete anos. Cães com escore corporal acima do ideal (ECC>5) representaram 54,65% dos animais do estudo. O aumento de peso e da idade são fatores que favorecem o desenvolvimento da degeneração ligamentar, levando a ruptura do ligamento cruzado. |
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Corrêa, Luis Alan ZambranoAlievi, Marcelo Meller2018-05-16T02:27:31Z2017http://hdl.handle.net/10183/178228001066700A ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCCr) é uma das lesões mais comuns nos membros pélvicos da espécie canina. Pode ser completa com visível instabilidade ou parcial com instabilidade em menor grau. A instabilidade da articulação do joelho surge em decorrência da ruptura do ligamento, causando uma cascata inflamatória, alterações degenerativas e claudicação nos cães. A gravidade da degeneração parece ser diretamente proporcional ao porte e a idade. Anormalidades de conformação e as artropatias imunomediadas são associadas com a ruptura deste ligamento. O objetivo do estudo foi caracterizar o perfil da população de cães acometidos por RLCCr atendidos pelo Serviço de Ortopedia e Traumatologia Veterinária do Hospital de Clínicas Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul no período compreendido entre outubro de 2014 e outubro de 2016. Sendo considerados os seguintes fatores: ruptura ligamentar uni ou bilateral, raça, idade, gênero, estado reprodutivo, escore de condição corporal, peso corporal, ambiente, presença concomitante de luxação de patela e/ou displasia coxofemoral. A base dos dados foi a análise de prontuários de 104 cães com diagnóstico clínico de RLCCr. Os resultados mostraram que a RLCCr unilateral foi a mais frequente (89,42%) e que 6,73% desses casos apresentaram RLCCr no membro contralateral, após um período médio de 5 meses. Presença de luxação de patela ou displasia coxofemoral concomitante a RLCCr foram identificadas em 25% e 22,11% dos casos, respectivamente. Os animais sem raça definida foram os de maior ocorrência, com 42,31% dos casos, seguidos da raça Poodle (9,62%), Labrador (6,85%), Pitbull (6,85%), Yorkshire (4,81%), Boxer (3,85%), Bulldog inglês (3,85%), Lhasa apso (3,85%) e Chow-chow (3,85%). A média de idade que ocorreu a ruptura foi de 6,78 anos. As fêmeas (54,81%) foram mais acometidas. Com relação ao estado reprodutivo a maior prevalência foi em fêmeas castradas (45,19%). Quanto ao ambiente, 64,42% dos cães residiam em casa. Em relação ao porte, 58,93% dos cães de grande porte tinham menos de sete anos e 48,89% dos de pequeno porte apresentavam mais de sete anos. Cães com escore corporal acima do ideal (ECC>5) representaram 54,65% dos animais do estudo. O aumento de peso e da idade são fatores que favorecem o desenvolvimento da degeneração ligamentar, levando a ruptura do ligamento cruzado.The rupture of the cranial cruciate ligament is one of the most commom injuries in the pelvic limb of canine species. It can be complete with visible instability or partial instability to a lesser extent. The instability of the knee joint emerges from the rupture of the ligament, causing na inflammatory cascade, degenerative changes and claudication in dogs. The severity of the degeneration seems to be directly proportional to size and age. Conformation abnormalities and the immune-mediated arthropathies are associated with rupture of this ligament. The aim of this study is to characterize the profile of the population of dogs affected by cranial cruciate ligament rupture attended by the Orthopedic and Traumatology Service of the Veterinary Teaching Hospital at Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) in a period between October 2014 and October 2016. Considering the following factors: bilateral or unilateral ligament rupture, breed, age, gender, reproductive status, body condition score, environment, presence of patellar dislocation and/or hip dysplasia. The data base was the analysis was the medical records of 104 dogs diagnosed with rupture of the cranial cruciate ligament. The results demonstrated that the unilateral rupture of the cranial cruciate ligament was more frequent (89,42%) and that 6,73% of cases presented rupture of the cranial cruciate ligament in the contralateral limb after a average period of 5 months. The presence of concomitant patellar dislocation and hip dysplasia were identified in 25% and 22,11%, respectively. The undefined breed animals were the most frequent, 43,31% of cases, followed by Poodle (9,62%), Labrador (6,85%), Pitbull (6,85%), Yorkshire (4,81%), Boxer (3,85%), Bulldog (3,85%), Lhasa Apso (3,85%) and Chow-chow (3,85%). The average age that the rupture occured was 6,78 years old. The females (54,81%) were the most affected. Regarding the reproductive status, the highest prevalence was in castrated females (45,19%). Dogs with na average weight of eight kilos (21,78%) were more diagnosed. Considering the environment, 64,42% of dogs lived in a house. In relation to the size, 58,93% of the dogs were large, aged under 7 years old and 48,89% of small size dogs were older than 7 years old. Dogs overweight (body condition score>5) represented 54,65% of animals of this study. The overweight and gthe older age are factors that favor the development of the ligament degeneration, leading to the rupture of the cruciate ligament.application/pdfporOrtopedia animalTraumatismos do joelhoLigamento cruzado cranialCãesDegenerative joint diseaseDogsKneeCruciate ligamentRuptura do ligamento cruzado cranial em cães : estudo retrospectivo (2014 – 2016)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2017/2Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001066700.pdf001066700.pdfTexto completoapplication/pdf708659http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/178228/1/001066700.pdf24dafeba1a22421171aafbf01b9a97d8MD51TEXT001066700.pdf.txt001066700.pdf.txtExtracted Texttext/plain75012http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/178228/2/001066700.pdf.txt072a2d9dcbb0b558877c482b558bf557MD5210183/1782282018-05-17 02:26:00.71474oai:www.lume.ufrgs.br:10183/178228Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-05-17T05:26Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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