Influência da quantidade de ração ofertada no final da gestação de matrizes suínas sobre o peso ao nascimento dos leitões
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/239364 |
Resumo: | Com a seleção genética para maior prolificidade, houve um impacto negativo no peso ao nascimento e a uniformidade dos leitões. Especificamente, leitões considerados leves ao nascer têm menores chances de sobrevivência, menor peso ao desmame, necessitando assim de um período maior para atingir o peso de abate. O terço final de gestação corresponde ao período em que ocorre 60% do crescimento fetal. Devido a este fato, o aumento do fornecimento de ração durante esta fase gestacional, pode ser uma estratégia eficaz para atenuar esse problema. O objetivo deste trabalho foi investigar se o peso ao nascimento de leitões é influenciado pelo aumento da ingestão de ração durante o final da gestação de fêmeas suínas. Nulíparas (n=110) e pluríparas (n=297) da linhagem Camborough®, com ECV de 2,5-3,5, em boas condições de saúde, foram selecionadas para formar dois grupos experimentais de dois diferentes níveis nutricionais: Tratamento 1,8 (1,8 kg/d – 5765 kcal e 14 g Lisina) e Tratamento 2,2 (2,2 kg/d – 7047 kcal e 17 g Lisina) a partir do 90º dia de gestação até o momento do parto. O período médio de tratamento foi de 25,3 dias, sem diferença entre os grupos. O acesso à água foi ad libitum. Ao parto, os leitões nascidos vivos e natimortos foram contabilizados e pesados individualmente em até 12 horas pós-parto. Os leitões mumificados foram somente contabilizados. Não foi observada diferença significativa (P>0,05) no somatório do número de leitões nascidos vivos e de natimortos das nulíparas entre os tratamentos. Todavia, em pluríparas, o somatório no Tratamento 1,8 foi de 14,75 ± 0,26 e no Tratamento 2,2 foi de 15,53 ±0,25 (P<0,05). O percentual de natimortos e mumificados não diferiu significativamente entre os grupos em fêmeas nulíparas e pluríparas (P>0,05). O peso médio individual dos leitões não foi influenciado pelo nível de alimento fornecido no terço final da gestação (P>0,05). No entanto, o peso da leitegada (leitões vivos e natimortos) foi superior no Tratamento 2,2 quando comparado ao Tratamento 1,8 (P<0,01) nas pluríparas. Não foram observadas diferenças entre os tratamentos no coeficiente de variação de peso ao nascimento e no percentual de leitões nascidos com peso inferior a 1100g (P>0,05) em ambas as categorias de ordem de parto. O maior fornecimento de ração no terço final de gestação resultou em maior ganho de peso das fêmeas, sem influenciar, no entanto, o peso médio dos leitões, o coeficiente de variação de peso dentro da leitegada, a ocorrência de natimortalidade e de leitões com baixo peso ao nascimento |
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Betiolo, Felipe BasqueraMellagi, Ana Paula GonçalvesBortolozzo, Fernando Pandolfo2022-05-27T04:36:59Z2016http://hdl.handle.net/10183/239364001000948Com a seleção genética para maior prolificidade, houve um impacto negativo no peso ao nascimento e a uniformidade dos leitões. Especificamente, leitões considerados leves ao nascer têm menores chances de sobrevivência, menor peso ao desmame, necessitando assim de um período maior para atingir o peso de abate. O terço final de gestação corresponde ao período em que ocorre 60% do crescimento fetal. Devido a este fato, o aumento do fornecimento de ração durante esta fase gestacional, pode ser uma estratégia eficaz para atenuar esse problema. O objetivo deste trabalho foi investigar se o peso ao nascimento de leitões é influenciado pelo aumento da ingestão de ração durante o final da gestação de fêmeas suínas. Nulíparas (n=110) e pluríparas (n=297) da linhagem Camborough®, com ECV de 2,5-3,5, em boas condições de saúde, foram selecionadas para formar dois grupos experimentais de dois diferentes níveis nutricionais: Tratamento 1,8 (1,8 kg/d – 5765 kcal e 14 g Lisina) e Tratamento 2,2 (2,2 kg/d – 7047 kcal e 17 g Lisina) a partir do 90º dia de gestação até o momento do parto. O período médio de tratamento foi de 25,3 dias, sem diferença entre os grupos. O acesso à água foi ad libitum. Ao parto, os leitões nascidos vivos e natimortos foram contabilizados e pesados individualmente em até 12 horas pós-parto. Os leitões mumificados foram somente contabilizados. Não foi observada diferença significativa (P>0,05) no somatório do número de leitões nascidos vivos e de natimortos das nulíparas entre os tratamentos. Todavia, em pluríparas, o somatório no Tratamento 1,8 foi de 14,75 ± 0,26 e no Tratamento 2,2 foi de 15,53 ±0,25 (P<0,05). O percentual de natimortos e mumificados não diferiu significativamente entre os grupos em fêmeas nulíparas e pluríparas (P>0,05). O peso médio individual dos leitões não foi influenciado pelo nível de alimento fornecido no terço final da gestação (P>0,05). No entanto, o peso da leitegada (leitões vivos e natimortos) foi superior no Tratamento 2,2 quando comparado ao Tratamento 1,8 (P<0,01) nas pluríparas. Não foram observadas diferenças entre os tratamentos no coeficiente de variação de peso ao nascimento e no percentual de leitões nascidos com peso inferior a 1100g (P>0,05) em ambas as categorias de ordem de parto. O maior fornecimento de ração no terço final de gestação resultou em maior ganho de peso das fêmeas, sem influenciar, no entanto, o peso médio dos leitões, o coeficiente de variação de peso dentro da leitegada, a ocorrência de natimortalidade e de leitões com baixo peso ao nascimentoThe genetic selection for improving prolificacy in swine has been associated with a negative impact on piglet birth weight and within-litter variation . Specifically, low-birth weight piglets may have low survival rate and postnatal growth performance, resulting in more days necessary to reach market weight. Late gestation corresponds to sixty percent of total fetal development. Due to this fact, increase the amount of feed during this period may be a strategy to help mitigate this problem. The aim of this study was to investigate if piglet`s birth weight is affected by an increase in feed intake during the last third of gestation of gilts and sows. Gilts (n=110) and sows (n=1297) (Camborough®), with a body condition score between 2.5-3.5, without any health issues, were allocated into 2 experimental groups according to the nutritional level: Treatment 1.8 (1.8 kg/d – 5765 kcal and 14g lysine) and Treatment 2.2 (2.2 kg/d – 7047 kcal and 17 g lysine) from d90 of gestation until farrowing. The treatment length was 25.3 with no difference between the groups. All females had ad libitum access to water. At farrowing, piglets born alive and stillbirth were recorded and weighed individually within 12 h after farrowing. Mummified fetuses were only recorded. There was no difference (P>0.05) for born alive and stillbirth sum in gilts between both groups. However, among sows, the sum for Treatment 1.8 was 14.75 ± 0.26 and for Treatment 2.2 was 15.53 ± 0.25 (P<0.05). Stillbirth piglets and mummified fetuses percentages was similar between the groups in both gilts and sows (P>0.05). Individual birth weight was not influenced by the amount of feed given during late gestation (P>0.05). Nevertheless, litter birth weight (piglets born alive and stillbirth) was greater on Treatment 2.2 when compared to Treatment 1.8 (P<0.01), in sows. No differences were found between the groups for within-litter variation for birth weight and for the percentage of piglets lighter than 1100 g (P>0.05) in both gilts and sows. Higher feed consumption during late gestation increased females’ weight gain but did not show any effect on piglet weight, within-litter variation, stillbirth and occurrence of low-birth weight piglets.application/pdfporDieta : Avaliacao nutricionalNutricao animal : SuinosLeitegadaPeso ao nascerAnimal nutritionDietPigletInfluência da quantidade de ração ofertada no final da gestação de matrizes suínas sobre o peso ao nascimento dos leitõesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do sulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2016/1Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001000948.pdf.txt001000948.pdf.txtExtracted Texttext/plain76256http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/239364/2/001000948.pdf.txt470b609170da54849d62f2753dc34646MD52ORIGINAL001000948.pdfTexto completoapplication/pdf579910http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/239364/1/001000948.pdffcfb7ee29777c17d60a5d01f2b034317MD5110183/2393642022-05-28 04:48:02.232512oai:www.lume.ufrgs.br:10183/239364Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-05-28T07:48:02Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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