Atividade anti-inflamatória in vitro de Palhinhaea cernua (L.) Franco & Vasc. (Lycopodiaceae) em linhagem celular J774A1
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/238535 |
Resumo: | Introdução: Palhinhaea cernua (L.) Franco & Vasc. (Lycopodiaceae) é uma espécie rica em produtos químicos, como triterpenos e alcaloides, amplamente distribuída e reconhecida por vários usos na medicina tradicional, mas principalmente na forma de decocção no tratamento de doenças reumáticas. Embora relativamente comum na natureza, a ausência de informações relevantes e a busca constante por novos compostos que possuam potencial anti-inflamatório fez com que o objetivo do presente estudo fosse validar o uso etnofarmacológico de P. cernua e avaliar o potencial anti-inflamatório a partir de uma decocção (DEC) da planta, assim como avaliar o potencial de um extrato de dois alcaloides (EAT) já relatados em sua composição: cernuína e licocernuína. Materiais e Métodos: Foi realizada maceração de partes aéreas de P. cernua em etanol, o extrato etanólico acidificado foi purificado e ficado com HCl 5%, a fração ácida alcalinizada foi particionada com CH2Cl2, para obtenção do EAT. Para a decocção, a planta foi fervida com água por 20 minutos, posteriormente filtrada e liofilizada. Os extratos foram analisados por cromatografia a gás equipada com espectrômetro de massas (CG-EM) quanto a presença dos alcaloides cernuína e licocernuína, para posterior avaliação in vitro utilizando macrófagos de murino J774A1. A citotoxicidade foi medida pelos ensaios de citotoxicidade (MTT e vermelho neutro), o potencial de membrana mitocondrial foi medido através da captação de TMRE, a produção de radicais livres foi determinada através da oxidação do DCFH-DA e o potencial anti-inflamatório foi medido através da quantificação do óxido nítrico pela reação de Griess na presença de lipopolissacarídeos (LPS). Resultados e Discussão: Cernuína (DEC: 46,89%; EAT: 44,05%) e licocernuína (DEC: 32,89%; EAT: 42,93%) foram detectadas em ambos os extratos. DEC não demonstrou citotoxicidade em células J774A1, entretanto o EAT demonstrou-se tóxico a partir de 250 μg/mL. Nenhum dos extratos apresentaram dano mitocondrial, nem alteração na produção de radicais livres. DEC não demonstrou potencial anti-inflamatório, no entanto, o EAT diminuiu a produção de óxido nítrico na presença do LPS em todas as concentrações usadas. Conclusão: P. cernua usada popularmente não é tóxica, mas aparentemente não possui atividade anti-inflamatória, ao contrário do EAT, que demonstrou resultados representativos na inibição da inflamação, o que pode estar relacionado com a diferença na concentração de alcaloides em ambos extratos. |
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