Necessidades de cuidado à saúde de mulheres transexuais após a cirurgia de redesignação sexual

• Autor(a) principal: Silva, Hiago Rocha da
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/239542
• topic: Cirurgia de readequação sexual; Pessoas transgênero; Necessidades e demandas de serviços de saúde; Identidade de gênero; Cuidados de enfermagem

INTRODUÇÃO: Enquanto "transgênero" refere-se ao indivíduo que vivencia a incongruência entre o gênero designado e o expressado, “transexual” é aquele que especificamente passa por uma transição social. No Brasil, o Processo Transexualizador (PT) do SUS visa à garantia do direito à saúde dessa população e da passagem para a vivência social no gênero expressado, incluindo a cirurgia de redesignação sexual (CRS) para as mulheres transexuais. Tendo em vista que o enfermeiro atua em todas as etapas do PT como membro da equipe interdisciplinar, é necessário reconhecer as necessidades de cuidado à saúde dessas pessoas. OBJETIVO: Identificar as necessidades de cuidado à saúde de mulheres transexuais após a CRS. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa (RI), baseado em Whittemore e Knafl (2005). Buscou-se por estudos sobre a temática publicados no período de 2009 a 2019, nas bases de dados BDENF, CINAHL, Cochrane Library, LILACS, MEDLINE, Scopus e Web of Science, nos idiomas português, inglês e espanhol. Da seleção de estudos, 18 atenderam aos critérios de inclusão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da análise dos dados, emergiram quatro categorias temáticas: (I) cuidados pós-operatórios relacionados à região geniturinária, (II) cuidados pós-operatórios relacionados à prevenção do tromboembolismo venoso, (III) tempo de internação e (IV) acompanhamento pós-alta hospitalar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os profissionais da equipe de enfermagem são os que mantêm maior contato com essas pacientes durante a internação hospitalar e os enfermeiros participam de todas as etapas do PT, embora a participação destes na produção de conhecimentos científicos acerca dos cuidados à saúde dessas mulheres seja escassa, o que exige a união da prática à pesquisa. Foram limitações deste estudo: a predominância de estudos estrangeiros, baseados em realidades distintas da brasileira; e o foco da amostra em aspectos cirúrgicos e clínicos em detrimento das demais necessidades de cuidado e apoio emocional.