Tratamento cirúrgico de um caso raro de cisto ósseo aneurismático associado a fibroma ossificante trabecular juvenil : relato de caso

• Autor(a) principal: Lima, Alana Gonçalves de
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/205713
• topic: Patologia; Fibroma ossificante; Cirurgia; Pathology; Fibroma, Ossifying; /surgery

O cisto ósseo aneurismático não é um achado comum nos ossos da face e o mesmo pode ser encontrado secundariamente associado a outras lesões como o Fibroma Ossificante Trabecular Juvenil. A associação de ambas as condições é um achado raro na literatura. Neste trabalho visamos relatar e discutir, por meio de um caso cirúrgico, o tratamento de um Cisto Ósseo Aneurismático associado a Fibroma Ossificante Trabecular Juvenil. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 9 anos de idade, procurou o serviço devido a aumento de volume com sintomatologia dolorosa na região de corpo de mandíbula lado esquerdo, sem histórico de trauma em face. Os exames de imagens evidenciaram lesão expansiva em corpo de mandíbula, apresentando múltiplas lojas, estendendo-se de canino decíduo (73) até distal do primeiro molar permanente do lado esquerdo (36). Além disso, foi possível observar ruptura da cortical vestibular e lingual e comprometimento da basilar. O tratamento proposto foi remoção cirúrgica da lesão por meio do debridamento do leito, através de acesso cirúrgico intraoral, tendo sido colocado placa de fixação, de forma a garantir a resistência do remanescente ósseo. No entanto, após 9 meses do procedimento cirúrgico, foi possível observar novo aumento de volume na mesma região. Exames complementares confirmaram a recidiva da lesão e, devido a isso, optou-se pela remoção cirúrgica radical da lesão, através de acesso extraoral, seguido novamente de fixação da placa de titânio. O tratamento do Cisto Ósseo Aneurismático é por si só controverso, porém há uma tendência à escolha da ressecção com margem de segurança, possibilitando um tratamento adequado, reduzindo a possibilidade de recidiva. Sendo assim, este parece ser o padrão de escolha para casos com lesões associadas com o Fibroma Ossificante Trabecular Juvenil.