Níveis plasmáticos de cafeína no cordão umbilical e apneia da prematuridade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hentges, Cláudia Regina
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Guedes, Renato Rostirola, Silveira, Rita de Cássia dos Santos, Procianoy, Renato Soibelmann
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/56442
Resumo: Objetivo: Determinar a influência da presença de cafeína no sangue de cordão umbilical na ocorrência de apneia. Métodos: Estudo de coorte prospectivo de recém-nascidos pré-termo com peso de nascimento menor que 2.000 g. Os critérios de exclusão foram: mães que receberam opioides; ventilação mecânica durante os primeiros 4 dias de vida; malformações cerebrais e cardíacas maiores; asfixia perinatal; hemorragia peri-intraventricular grave; exsanguineotransfusão antes do quarto dia de vida; e uso de metilxantina antes da extubação. Os recém-nascidos foram divididos em com e sem cafeína detectável no sangue de cordão umbilical, sendo acompanhados nos primeiros 4 dias para verificar ocorrência de apneia. Resultados: Oitenta e sete recém-nascidos com e 40 sem cafeína detectável no sangue de cordão umbilical foram estudados. A mediana da concentração de cafeína dos 87 pacientes com cafeína detectável no sangue de cordão umbilical foi 2,3 μg/mL (0,2-9,4 μg/mL). Não houve associação entre ocorrência de apneia e presença de cafeína no sangue de cordão umbilical. Recém-nascidos com cafeína detectável no cordão umbilical tiveram tendência a apresentar apneia mais tardiamente (66,3±4,14 horas) do que aqueles com níveis indetectáveis (54,2±6,26 horas).Conclusão: A detecção de níveis de cafeína no sangue de cordão umbilical não diminuiu a ocorrência de apneia da prematuridade, mas teve um efeito limítrofe atrasando sua ocorrência, o que sugere que mesmo um nível baixo de cafeína no sangue de cordão umbilical pode retardar a ocorrência de apneia.
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Resultados: Oitenta e sete recém-nascidos com e 40 sem cafeína detectável no sangue de cordão umbilical foram estudados. A mediana da concentração de cafeína dos 87 pacientes com cafeína detectável no sangue de cordão umbilical foi 2,3 μg/mL (0,2-9,4 μg/mL). Não houve associação entre ocorrência de apneia e presença de cafeína no sangue de cordão umbilical. Recém-nascidos com cafeína detectável no cordão umbilical tiveram tendência a apresentar apneia mais tardiamente (66,3±4,14 horas) do que aqueles com níveis indetectáveis (54,2±6,26 horas).Conclusão: A detecção de níveis de cafeína no sangue de cordão umbilical não diminuiu a ocorrência de apneia da prematuridade, mas teve um efeito limítrofe atrasando sua ocorrência, o que sugere que mesmo um nível baixo de cafeína no sangue de cordão umbilical pode retardar a ocorrência de apneia.Objective: To determine the influence of presence of caffeine in umbilical cord blood on apnea occurrence. Methods: A prospective cohort study with preterm newborns with birth weight lower than 2,000 g was undertaken. Exclusion criteria were: mothers who received opioids; mechanical ventilation during the first 4 days of life; cerebral and major cardiac malformations; perinatal asphyxia; severe periintraventricular hemorrhage; exchange transfusion before the fourth day of life; and those who received methylxantine prior to extubation. Neonates were divided into detectable and undetectable caffeine in umbilical cord blood. Newborns were followed for the first 4 days for occurrence of apnea spells. Results: Eighty-seven newborns with and 40 without detectable caffeine in umbilical cord blood were studied. Median caffeine concentration of the 87 patients with detectable caffeine in umbilical blood was 2.3 μg mL (0.2-9.4 μg/mL). There was no association between occurrence of apnea spells and presence of caffeine in umbilical cord blood. Neonates with detectable caffeine in umbilical blood had borderline later apnea (66.3±4.14 hours) than those with undetectable levels (54.2±6.26 hours). Conclusion: Detected levels of caffeine in umbilical cord blood did not decrease occurrence of apnea of prematurity, but it had a borderline effect delaying its occurrence, suggesting that even a low level of caffeine in umbilical cord blood might delay occurrence of apnea spells.application/pdfporJornal de Pediatria. Rio de Janeiro. Vol. 86, no. 2 (mar.-abr. 2010), p. 137-142ApnéiaCafeínaRecém-nascido de baixo pesoPrematurityApneaCaffeineLow-birth-weight infantNíveis plasmáticos de cafeína no cordão umbilical e apneia da prematuridadeSerum levels of caffeine in umbilical cord and apnea of prematurity info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000761331.pdf000761331.pdfTexto completoapplication/pdf201995http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56442/1/000761331.pdf5cd3174629b1f96cf1fc377b0e0a03edMD51000761331-02.pdf000761331-02.pdfTexto completo (inglês)application/pdf214725http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56442/2/000761331-02.pdfdda2721cf32303a85785fedfc5e7ccebMD52TEXT000761331-02.pdf.txt000761331-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain24761http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56442/3/000761331-02.pdf.txtac48147c96924bbb508b590a07c591d1MD53000761331.pdf.txt000761331.pdf.txtExtracted Texttext/plain28090http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56442/4/000761331.pdf.txtf45341405d5a9cbcca59df61c527bf6fMD54THUMBNAIL000761331.pdf.jpg000761331.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1899http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56442/5/000761331.pdf.jpgb9aa861af71fd9c59e7cbf16cd66dabfMD55000761331-02.pdf.jpg000761331-02.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1747http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56442/6/000761331-02.pdf.jpg5cf65c289d00d6b8abb1d5d54dd2d080MD5610183/564422018-10-26 09:29:27.374oai:www.lume.ufrgs.br:10183/56442Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-26T12:29:27Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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